Capítulo 08

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Christopher

Acordei mais cedo que o normal, precisava deixar tudo certo para poder embarcar a noite. Ana era a única que sabia o dia exato que eu viajaria. Precisava deixar meu carro na agência até o meio-dia, não tive outra escolha se não o vender. Ontem passei meu cargo para Pedro. Ainda faltavam umas roupas para organizar na mala, a passagem já estava comprada.

Após deixar o carro na agência, almocei em um restaurante já que não tinha mais mantimentos em casa.
Estava tão ansioso. Passarei um tempo com meu pai primeiro para depois assumir seu lugar.

Dulce me perguntava todo dia se era o dia que eu voltaria e só conseguia rir dela. Até ia contar, mas decidi aparecer na agência que ela trabalha de surpresa, estou doido para ver a reação dela. Nós conversamos muito tanto por mensagem, quanto em ligação, mas estou curioso em como vai ser quando nos encontrarmos frente a frente.

A noite chegou e já tinha tudo pronto.
Às 21 horas já estava no aeroporto fazendo o check-in, despachei as malas e embarquei para longas horas de viagem, coloquei os fones para ouvir música até o sono chegar.

Cheguei no Brasil e já senti o clima gostoso, estava feliz por estar de volta após longos anos no exterior. Chamei um Uber e segui para casa dos meus pais. Havia me esquecido da beleza que é o trânsito aqui, e após um bom tempo cheguei e a cara de espanto da minha mãe foi cômica, fiquei com medo de causar um piripaque na minha velha.

- Christopher eu devia te dar umas palmadas nessa sua bunda gorda.- Mamãe me disse agarrada no meu pescoço.

- Ei Dona Alexandra, isso é jeito de receber seu filho? - Falei rindo dela.

Estava com tanta saudade de minha mãe, não nos víamos a um ano e meio mais ou menos. Depois de se acalmar mamãe me levou para o meu quarto onde tomei banho e resolvi dormir, nem sabia que horas era. Quando acordei fiquei meio perdido, era estranho estar ali. Desci para cozinha e enquanto preparava algo para comer mamãe apareceu, conversamos durante horas, contei que pretendia ir na agência onde Dul trabalha, porém como já era meio tarde deixei para amanhã e mamãe sugeriu que a convidasse para jantar em casa.

- Mamãe, não nos vemos a anos. Nem sei como será a reação dela.

- Querido, tenho certeza que a Dul não vai recusar. Diga que a sogrinha também está com saudade. - Dona Ale e suas brincadeiras, ela sempre adorou a Dul. Neguei com a cabeça rindo.

- Eu convido mamãe, mas sem gracinhas ok? Isso se ela aceitar né.

- Tenho certeza que ela não negaria um pedido meu.

Nós conversamos mais um pouco, Ana me enviou seu endereço. Jantaria lá hoje. Subi para o quarto me arrumar, tomei um banho rápido, minhas roupas já estavam no closet arrumadas. Vesti uma calça jeans azul marinho meio justa, uma camisa preta e um tênis casual, coloquei uns acessórios, deixei o cabelo meio bagunçado e passei perfume. Peguei a carteira e meu celular e avisei que estava a caminho. Chamei um Uber de novo, amanhã vou atrás de um carro urgente.

Fui o primeiro a chegar, já que não jantariamos sozinhos, nos cumprimentamos com um selinho e conversamos um pouco, mas não demorou muito para um casal chegar, a loira não me era estranha e ela me olhou como se também me conhecesse de algum lugar.

- Chris, essa é Anahí e esse é Christian. Gente esse Christopher. - Ana nos apresentou. Anahí, já ouvi esse nome. Mas assim que a ficha cai, não tive tempo para raciocinar ou falar nada quando a vi entrar com um homem do lado, ela estava linda cumprimentando a Ana sorrindo e assim que me viu ficou estática, foi inevitável não sorrir.

Vi seus lábios formarem "Chris" então ela veio rápido na minha direção e nos abraçamos. Ela sussurrou no meu ouvido: " Que saudade bebê " e meu coração acelerou. Segurei seu rosto com as mãos e pude ver seus olhos marejados, dei um beijo em sua testa, respondi: " Também senti muito sua falta Candy ". E voltamos a nos abraçar.

Dulce era muito mais que da família, nós convivemos por três anos sem nos desgrudar, ela me conhecia como minha mãe e era recíproco. Temos um carinho muito grande um pelo outro, dividimos maus momentos juntos, sendo um o alicerce do outro. Hoje ela é forte e toda empoderada, mas eu mais do que ninguém sei o que ela passou para se tornar assim. Ainda sentia a sensação de ter que protege-la. Fomos despertados da nossa bolha com alguém pigarreando e perguntando - Vocês já se conhecem? - Como se não fosse óbvio!

* * *

Eles enfim se encontraram 😍
A amizade desses dois é a coisa mais fofa *-*

Agora a história vai ficar mais interessante 😏

Só tenham paciência comigo 🙃


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