Capítulo 15

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E como previ minha noite foi longa e maravilhosa. Nós transamos feito dois selvagens, na cama, no chão, no banheiro. Cheguei a pensar que tinha algo no que comemos, até comentei com Christopher e caímos na risada. Talvez fosse a abstinência de sexo, ou a saudade dele junto com a saudade de fazer sexo com ele. Enfim, a questão agora é que estávamos deitados e eu não tinha a menor idéia do que falar. Mas alguém tinha que falar primeiro, e pelo jeito seria eu.

Não acha isso estranho?

Ouvi ele puxar o ar e soltar devagar, então se virou para mim me puxando pra perto.

Não vou mentir porque é sim... Más não significa que não é bom, porque ficar assim com você é bom demais. — Sorri para ele e ganhei um beijo na testa.

Sim, é bom. Não tinha noção da saudade que tinha de você até hoje... — Ele riu. — Não é isso que está pensando... Como ficamos heim? Vai contar a Ana? — Assim que ele ouviu o nome dela, deu um pulo na cama com a mão na cabeça. Droga. Só o que falta ele vim com "papinho" de que ela não merecia isso.

Nossa ela vai me matar.

Aff. Mas vocês nem estão sério ainda. — Falei irritada já.

Não. Não é isso Candy. É que eu já não tinha desculpas para inventar, aí você começou a tirar a roupa toda sexy que eu acabei falando que ia para a balada só pra poder desligar. — Comecei a rir. Christopher realmente não deve querer nada com ela. Ele se jogou em mim. — Você ri né?— Balanço a cabeça positivamente. — Vai me pagar caro! — Então ele começa a me fazer cócegas 

Mentira... Parei... — Me rendo, sem fôlego já. — Minha barriga está doendo... Para Chris... — Ele finalmente parou. Levei um tempinho para me recompor. — É, você está mesmo ferrado. Vejamos.— Olhei para o relógio que marcava 4hr da manhã. — Ela já deve estar em casa e dormindo. Ou... — Dei uma risadinha. — Ela encontrou um gostosão na balada e está aproveitando com ele. 

Christopher me encarou sério, por um momento achei que ele realmente tinha ficado chateado, até a criatura voltar a me fazer cócegas.

Para Christopher... Eu vou te morder!

Ok. Mas só porque me cansei. — Ele deitou do meu lado rindo. — Respondendo sua pergunta. Sim, vou contar. — Ficamos em silêncio um tempo. — O que você quer Dul?

Como assim. O que eu quero?

— Sei que não está afim de compromisso. Mas é toda ciumentinha. É só dizer o que quer de mim e a resposta é sim.

Engoli em seco, não esperava ouvir isso dele. Não tão rápido.

Bebê. Nem eu sei. — Me virei segurando seu rosto. — Mas eu quero você! Só para mim. — Christopher sorriu pra mim e me beijou.

É tão louco como tudo aconteceu, sei que pode ser um pouco egoísta da minha parte querer que ele de um pé na bunda da Ana Brenda, mas nem ele quer ela. Conheço meu amigo, e talvez eu tenha me insinuado um pouco, mas era nítido que ele queria mais a mim, que a ela.

Então serei seu.

E assim me senti uma adolescente de novo. Se estava insegura? Muito! Não tenho mais 16 anos. Agora temos muitas responsabilidades.

Perfeito. — Subi em cima dele e o beijei. — Vamos comigo na cozinha? Estou com fome. — Fiz bico e ele riu.

Está com medo é? — Fechei a cara e ele riu de novo, me puxando para fora da cama.

Descemos para a cozinha e minha vontade era ascender todos os cômodos. Eu realmente sou meio medrosa, mas estava fingindo não ligar. Fizemos uns sanduíches com peito de peru e creme cheese, e bebemos suco.

Bebê, vamos no shopping comigo de manhã? Podemos almoçar lá e depois preciso comprar uma roupa para o jantar da sua mãe.

Claro, vamos sim. Mas sabe que não tem necessidade de uma roupa nova, não é?

Tem sim! Depois que separei as roupas para doar não tive tempo para repor. Falando nisso, vou falar com a Anahí para nós fazermos isso semana que vem. Falta pouco para o desfile e não dá para deixar para última hora.

Também vou poder assistir a esse desfile?

— É claro que vai, Pollito também vai, só Poncho que não sei. Mas acho que Anahí vai dar um jeito dele ir.

Tá bem. Vamos deitar então minha modelo. — Christopher me estendeu a mão e fomos para o quarto. Depois de fazer minha rotina de limpeza de pele e escovar os dentes, nós deitamos para dormir.

Christopher não demorou muito a pegar no sono, já eu fiquei pensando se não estamos indo rápido. Ele voltou ontem, hoje já transamos e agora estou mais enrolada que a Rapunzel do filme. Só não quero que ele saia machucado por minha culpa.

~~~~~~

Apesar de demorar a pegar no sono, ainda assim acordei antes das dez da manhã. Christopher ainda dormia pesadamente, com um braço envolvendo minha cintura. Me virei e fiquei alguns minutos velando seu sono. Resolvi levantar com cuidado e tomar um banho.

Entrei de baixo da ducha morna e deixei a água caindo na minha cabeça, não sei quanto tempo fiquei assim, mas despertei do transe com braços me envolvendo e um corpo másculo atrás de mim.

Bom dia doce. — Essa voz de manhã enlouquece qualquer uma.
Sorri e me virei para olhar para o monumento que agora era meu.

Bom dia bebê. — Dei  selinho rápido nele pois ainda não tinha escovado o dente.

Sei que está achando tudo isso rápido. — Me espantei, como assim? Será que falei dormindo? — Te conheço muito bem, não precisa fazer essa cara de espanto. — Ele me abraçou e beijou o topo da minha cabeça. — Depois de tantos anos longe e sem contato, na minha opinião, está acontecendo no tempo que tem que acontecer. Vamos só deixar rolar, sim? — Assenti positivamente.

Vamos tomar esse banho rápido para eu poder escovar o dente e dar o beijo que estou doida pra te dar.

Perdão. Mas não vou esperar tudo isso. — Sem esperar qualquer reação minha, ele atacou minha boca. E claro não ficamos só nos beijos e devo dizer que o sexo matinal deixa qualquer dia muito mais alegre.

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