𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐯𝐢𝐧𝐭𝐞 𝐞 𝐪𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 - 𝐭𝐫𝐞̂𝐬 𝐦𝐞𝐬𝐞𝐬 𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬

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𝐋𝐚𝐥𝐢𝐬𝐚

-- Parabéns Liz, mais um 10. - o professor sorri orgulhoso me olhando, e sorrio com toda a sinceridade, mesmo não estando sincera.

Volto ao meu lugar, sinto uma mão em meu ombro, percebo que é Jungkook, ele mostra sua prova, e tirou 10 assim como eu, elogio o mesmo, estava ansiosa, mas não afim de conversar, hoje Jungkook me diria sobre seu passado, e eu estava feliz.

Assim que sinal bate, puxo pela mão Jungkook correndo pelos corredores, ouço Jennie, Namjoon e até mesmo Jin me chamar, e eles chamam Jungkook também, mais não ligo, o levo até uma praça meio distante da escola.

Estamos indo rápido demais não é? Bom, quando eu sai do hospital precisei ficar no hospital, Jungkook me passava as matérias em casa, e nada do sinal dos meus pais, nada de mensagens ou ligações, eles sempre depositam uma boa quantia de dinheiro cada semana, mais quer saber? Que se dane eles.

-- Quando você quiser. - falo cruzando minhas pernas. -- De preferência agora.

Jungkook da aquele sorriso que faz meu coração se esquentar e as famosas borboletas se agitarem.

-- Bom, quando eu morava na Coreia do Norte, que já faz 3 meses atrás, eu namorava uma garota há dois anos. O nome dela era Irene, e cara... Eu a amava como nunca amei ninguém. - aceno escutando tudo atentamente. -- Ela tinha um melhor amigo, eu não sei o nome dele, eu nunca perguntei sobre ele, e Irene tinha uma doença.

-- Que doença? - pergunto curiosa.

-- Esquezofrenia, e ela tomava remédio, que na verdade, eu comprava e a dava, bom.. Passou um tempo, e eu fui pra aula. - aceno mais uma vez, ele abaixa o olhar olhando pro chão. -- Eu voltei pra casa mais cedo, eu tinha passado mal, e.. Mais eu fui pra casa dela, eu queria ir pra algum lugar, e... Eu a peguei na cama com o "melhor amigo dela".

-- Filha da.. - quando eu ia falar ele me corta.

-- Eu peguei ele, o joguei no chão, e descontei tudo nele, em seu rosto, na barriga dele, os remédios, o amor que eu tinha por Irene, o ódio, quando eu saia de madrugada pra ir na casa dela que ela não estava bem, eu dei muitos socos. E.. Eu o matei. - Kookie diz com a voz trêmula, o abraço com força.

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Três meses atrás

Jungkook

O dia estava o pior dia de todos, minha cabeça doía muito, muito mesmo, que ódio. Tirando minha barriga que estava embrulhada, acho que foi algo que não caiu bem, sem mais aguentar, levanto minha mão.

-- Sim Jungkook? - o professor leva sua atenção pra mim.

-- Não estou me sentindo muito bem, posso falar com o diretor. - digo com a voz fraca, acho que estou resfriado.

-- Claro, fique a vontade. - ele fala, pego minha mochila saindo da sala de aula.

Ando meio zonzo até a diretoria, bato na porta e ouço um entra, entro na sala e vejo o diretor dando um sorriso.

-- Olá Jungkook, em que posso ser útil? - o diretor pergunta e sorrio.

-- Minha cabeça dói muito, e meu estômago está embrulhado, e minha visão está embaçada. - falo chateado, e ele assente.

-- Vou ligar pra sua mãe pra ver se pode liberar. - assinto e me sento numa cadeira, ele fala com minha mãe pelo telefone, depois de uns minutos ele desliga. -- Pode ir pra casa Jungkook, descanse.

Agradeço e saio de sua sala, saio da escola indo em direção pra minha casa, e penso em ir na casa de Irene, vou chamá-la pra dar um volta já que sai mais cedo, e na hora do almoço vou levá-la no meu restaurante favorito.

Assim que chego na casa dela, toco a campainha, uma, duas, três vezes e nada, abro a porta e está aberta. Ué, Irene nunca deixa a porta aberta. Entro em sua casa a procurando.

-- Irene? - a chamo e sem respostas.

Subo as escadas, e escuto gemidos, engulo seco, toco a maçaneta de seu quarto com minhas mãos suadas, a vi na cama com seu melhor amigo, Irene me olha com os olhos arregalados. Com meus olhos em chamas, pego aquele garoto, o jogo no chão, subo em cima do mesmo dando vários socos em seu rosto e barriga, deixando tudo nele meu amor por Irene, minha confiança, meu carinho, minha atenção, por que isso ele não terá nunca mais.

E por fim, bato a cabeça do moleque várias vezes no chão, se eu não poderá ter ela pra mim, ele também não, percebo que o mesmo está sem pulso, me encosto na parede deixando as lágrimas rolarem, olho pra minha mão onde tinha o sangue do moleque, Irene chorava descontrolamente.

-- Eu te dei de tudo Irene. - sussurro soluçando.

-- Você é um monstro. - ela grita se cobrindo, dou um risada sem humor.

-- Eu? Foi você que me traiu! - Rio ainda mais alto como um verdadeiro psicopata.

-- Não precisava matá-lo. - Irene se veste rapidamente.

-- Você é péssima Irene. - me levanto limpando minhas lágrimas.

-- Nós ainda podemos ficar juntos, prometo não contar pra ninguém. - Irene fala e solto uma risada alta, depois outra, e mais outra.

-- Não.. - digo apenas.

-- Eu sinto muito mesmo. - ela fala com a voz embargada, cerro meus pulsos de olhos fechados, sentindo meu sangue percorrer pelas minhas veias rapidamente, meu corpo ainda tremendo e minhas mãos pingando gotas de sangue.

-- EU TE DEI TUDO! TUDO. AGORA EU QUERO VER VOCÊ ENCONTRAR UM GAROTO QUE DA REMÉDIO NA SUA BOCA, COMO EU DEI! ACEITAR CALADO COMO EU ACEITEI! - grito no rosto da mesma, chuto o corpo já sem vida do garoto, saio de lá o mais rápido que eu conseguia derramando lágrimas no chão, e deixando meu coração lá.

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