Inesquecível (Liskook)

𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐯𝐢𝐧𝐭𝐞 - 𝐚 𝐟𝐞𝐬𝐭𝐚

𝐋𝐚𝐥𝐢𝐬𝐚

Finalmente mais uma semana se passou, confesso que ela passou bem rápido, e eu agradeço por isso. Pelo menos, eu e Jungkook não se esbarramos, eu estava torcendo por isso, o que ele disse segunda feira me deixou frustrada, chateada, irritada e vários tipo de outros humores, eu estou sensível demais. Tenho que falar pra mamãe, pra ela me levar no médico e o médico consultar uma nova medicação, viu? Enquanto estava falando com vocês, não ouvi o que o corno do Hoseok disse.

-- QUE FOI HOSEOK?! - grito irritada, e todos me olham com caras assustadas.

-- Nossa garota, não sou surdo. - J-Hope reclama.

-- Liz, o que estávamos falando, é que abriu uma balada aqui nova. Vamos? - Jin fala abraçado com Jisoo e fico pensativa.

Olho pra Jungkook que conversava com Sana animadamente e distraído, tão lindo, mas ao mesmo tempo me machuca, olho pra Jin que ainda espera minha resposta.

-- Claro, que dia? - sorrio amargamente, gente como sou falsa, nunca fiz isso por orgulho ou vingança.

-- Hoje mesmo, as 21:00 se vemos lá. - Jisoo me dá um beijo no rosto, e começa a andar com Jin, Suga e Namjoon em direção do carro.

-- Você já bebeu Liz? - Suga pergunta me olhando.

-- Não, porquê? - digo o olhando.

-- Você só vai nesta balada pra esquecer ele. - Suga aponta pra Jungkook que estava praticamente engolindo Sana pelos lábios, sinto meus olhos se encherem de lágrimas. Por que me incomoda tanto.

-- Talvez, mas edai? Você se importa? - pergunto tentando não deixar as lágrimas caírem.

-- Lisa, lógico que me importo, você é minha amiga, eu sempre me importei. - Yoongi segura meu rosto com as duas mãos mantendo nossos lábios perto do outro.

Talvez seja carência, ou quero vingança, eu senti desejo de beijá-lo, porém, eu não podia, não queria brincar com os sentimentos de Suga, ele era um amigo e tanto. Apenas suspiro, me afasto e dou um sorriso.

-- Até mais tarde Suga. - Não espero ele responder, apenas começo andar em direção da minha casa.

Ver Jungkook beijando a Sana, aumentou minha vontade de sair pra aquela balada, colocar a bebida mais forte em minha boca, beber uma, duas, vinte vezes, pra eu esquecer pelo menos seu sorriso, seus lábios, sua língua em contato com a minha, os momentos no Havai, aquela noite fria, ele me abraçando, esquecer quando o professor pediu pra mim apresentar a escola, quando nós tocamos nossas mãos e senti a eletricidade, naquela noite chuvosa, quando eu me virei pra trás eu pedi a maldita bala de menta.

Sem ao menos perceber, estou sentada na calçada chorando descontroladamente, não entendia o motivo por eu estar me sentindo traída, usada, iludida, eu só chorava, chorava. E o peito doía, doía e doía. Eu não entendia o porquê. Eu não podia pedir ajuda pra Jisoo, ela é igual minha mãe, não podia pedir pra Tae, ele iria mais uma vez quebrar a cara de Jungkook. Limpo minhas lágrimas decidida.

Jungkook nunca mais, NUNCA mais, vai pisar em mim desse jeito, eu irei pisar nele, se ele quer jogar, vamos jogar.

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Termino de passar meu batom vermelho, me olho no espelho e estou mais linda do que antes.

-- Oh bitch, I am perfect. - mando um beijo pra mim mesma pelo espelho.

Coloquei vários tipos de colares, coloquei uma saia rosada, acompanhada com um cropped preto, e uma bela bota de cabo curto, meus fios lisos soltos, e com uma argola linda. Pego minha bolsa preta com umas pedrinhas, guardo celular, dinheiro e identidade falsa, provavelmente seria maior de 18 anos. Quando eu estava retocando meu batom, meu pai entra no meu quarto.

-- Vai sair? - meu pai senta na cama, pegando uns dos meus ursinhos e os olhando.

-- Vou. - digo dando uns toques finais.

-- Com quem? - ele me olha através do espelho e o olho.

-- Os meus amigos ué. Taehyung, Jennie, Jisoo, Jin, Jimin, J-Hope, Rose, Suga e Namjoon. - dou de ombros passando hm perfume horrorosamente caro.

-- Que horas vai chegar? - ele pergunta e respiro fundo pra eu não explodir de raiva.

-- Eu não sei pai. - digo, e ouço o barulho da buzina, saio do quarto, desço as escadas, vendo o carro de Tae parado.

Entro na parte de trás e sorrio pra eles.

-- Tá cheirosa em Linda. - Jen fala sorrindo me olhando.

-- Eu nasci cheirosa. - falo e Tae ri.

Tae começa a dirigir, depois de uns 20 minutos já estamos em frente da boate, Suga pega na minha mão quando entramos dentro da mesa, o olho e ele aponta pra esquerda, vejo Jungkook beijando uma garota ruiva. Respiro fundo andando até o bar.

-- A bebida mais forte que você tiver. - digo me sentando em uns dos bancos.

-- Liz, você nunca bebeu, você não deveria beber assim. - Yoongi brota do meu lado e reviro os olhos.

-- Suga, eu não sei o que está acontecendo com minha bipolaridade, ela está por aqui de explodir, eu não quero explodir com você. - digo o olhando, ele apenas assente e sai.

Bebo o líquido vermelho que tinha no copo, hmm. Morango, peço mais outra, essa primeira machucou minha garganta, que coisa ardente.

Bebo duas, três, quatro vezes e já vejo tudo rodar, sinto alguém puxando meu braço direito, e olho o dono do toque e é um ser humano que não queria ver.

-- Que merda você quer Jeon Jungkook? - pergunto atropelando nas palavras.

-- Que você está fazendo Lalisa? - Jungkook cruza os braços.

-- Tô comprando galinha pra fazer sopa, se eu tô n bar é por que eu tô bebendo. - caio na risada com minha própria frase.

-- Você está bêbada, vamos pra casa. - Jungkooke puxa pelo braço, e o puxo com tanta força que caio de bunda no chão, ele ri alto, me levanto meio zonza.

-- Ri mesmo seu idiota. - passo por ele indo em direção da saída, vou pra um bar de verdade.

Que bebidas toscas, nem me deixar com dor de cabeça não deixou. Trombo em uma idiota.

-- Sai garota feia. - falo irritada, e vejo que é a ruiva que o Jungkook estava engolindo.

-- Parece uma criança. - a babosa diz, isso mesmo, BA - BO - SA.

Apenas ignoro aquilo, saio da balada respirando o ar poluído da cidade, ouço umas pessoas me chamar, só que ignoro, quando vou atravessar a rua, ouço uma buzina e um carro em minha direção.

Sinto uma pancada forte em minha cabeça, merda, minha cabeça, tento me levantar, mais o corpo não responde, vejo Kookie do meu lado com lágrimas nos olhos e pedindo pra eu ficar com ele, apenas fecho os olhos sentindo meu corpo bem mole.