Capítulo 22

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Sayuri

  Já era de manhã no dia seguinte, já eram umas seis da manhã, saio do banho e visto meu traje ninja.

— Vai ver a Kurenai, assim tão cedo? — Rin perguntou levantando da minha cama, ela havia dormido aqui ontem.

— Não quis te acordar. — falei prendendo meus cabelos.

— Tá de boa, eu precisava acordar cedo mesmo. — ela disse sorrindo enquanto se espreguiça.

— Eu não vou demorar, te vejo depois.

— Até.

  Saí de casa, o movimento pelas ruas de Konoha já começava, os feirantes montavam suas tendas, os lojistas abriam suas lojas...tudo normal, eu sorri cumprimentando algumas pessoas enquanto eu passava.

  Logo saí pelos portões de Konoha e fui à caminho da floresta.

Tobi

  Chego no local em que Zetsu me falou, fico no galho de uma árvore, ocultando meu chakra.

— Parece ancioso.

— Cala a boca, Zetsu!

— Ela está vindo! — olhei para o noroeste e vi Sayuri se aproximando, ela estava sorrindo...um sorriso sincero e tranquilo, aquilo mexeu comigo.

Sayuri

— Kurenai? — gritei seu nome ao chegar no local de encontro — Onde ela está? — coloquei a mão no queixo, confusa.

— Deveria prestar atenção no chakra, Sayuri. — senti um arrepio correr por minha nuca ao ouvir essa voz, me virei lentamente arregalando meus olhos — Foram dias longos, espero que tenha gostado de suas férias. — o brilho escarlate do seu Sharingan, me fez estremecer.

— T-Tobi...!

— Está na hora de voltar pra casa, não acha?

— Não... — me afastei alguns passos, acabei esbarrando em Zetsu — Não! — saí correndo para longe deles, sem olhar para trás.

  Quando pensei que estava longe, alguém pulou em minhas costas, me derrubando de cara no chão, identifiquei o chakra, era Tobi.

— Sai de cima de mim! — comecei a me debater, ele puxou meus cabelos — Me solta, Tobi! — gritei, ele riu.

— Não adianta gritar, essa é a clareira mais afastada de Konoha, e mais próxima da nossa casa. — senti meu couro cabeludo arder quando ele puxou meus cabelos com mais força, engoli o choro.

— Eu mandei me soltar! — usei uma corrente de chakra para o empurrar de cima de mim, voltei a correr, mas acabei tropeçando e caindo de cara no chão, né levantei e continuei correndo. Até que Zetsu aparece na minha frente — Sai da minha frente! — falei me posicionando em pose de ataque.

— Você deveria se manter em alerta, gracinha. — senti um golpe em minha nuca, logo depois minha visão fica turva e vejo tudo escurecer, sinto alguém me pegar nos braços, e depois, perdi a consciência.

Tobi

  Eu sorri encarando seu corpo desacordado em meus braços.

— Eu falei que você seria minha, Sayuri. — sussurrei vendo Zetsu vindo até mim.

— Agora, podemos ir. — ele diz sorrindo, o encarei.

— Vamos, antes que alguém desconfie e nos encontre!

  Usamos o meu Kamui e voltamos para o esconderijo, a deixei em seu quarto e tranquei a porta, me aproximei de sua cama e a observei, lembrei então de sua face enquanto Kakashi a tocava.

— Quero que faça essas expressões para mim... — coloquei minha máscara de lado e peguei sua mão a passando pela pele exposta do meu rosto, sentindo seu calor e me arrepiando — Ah...tão macias, quentes e delicadas... — sorri sentindo sua mão quente em meu rosto.

  Eu me sentia estranho com isso, eu gostava disso, então, decidi não reagir contra, mas apenas aceitar e me entregar à esses desejos loucos e estranhos que venho sentindo.

— Tobi... — ouço sua voz sussurrar, soltei sua mão e a observei acordar, ela me olha chorosa — Tobi...por favor, me leve de volta... — ajeitei minha máscara e a encarei. — Me leve de volta pra casa...o meu pai...!

— Não me importa o seu pai, seu lugar é aqui, comigo!

— Como...? — ela se senta na cama, e me encara, indignada — Com você?! Tobi, você é um maluco! Tudo que você faz é me usar e me machucar! — ela gritou, suas palavras foram como uma kunai em meu peito. — Eu não quero mais fazer parte disso...eu quero estar livre...

— Você não sabe o que diz!

— Não sei o que digo?! — nos levantamos, ela me encarava furiosa — Você que não sabe o que quer, uma hora diz que sou um sacrifício, depois me diz que me quer com você, se decida Tobi! Eu não quero mais ser o seu joguinho, seu brinquedo, eu sou uma pessoa! — ela gritava irritada enquanto chorava — Eu tenho minha família, meus amigos, minha casa, eu tenho minha vida para seguir, e tudo o que você...! — a interrompi, arrastando minha máscara para o lado e tomei seus lábios em um beijo necessitado. Ela não retribuiu, começou a se debater até conseguir me empurrar. — Eu já falei, não quero fazer parte do seu jogo.

— Você...! — ela me encara, soluçando enquanto chora — Você não é meu brinquedo... — ela riu.

— Não sou?! Fala sério, você não sabe o que quer, mas sabe que quer me fazer sofrer! Você apenas me usa, brinca comigo, acaba com meu psicológico! Eu te odeio Tobi! — ela gritou a última frase, que me fez cambaleando um pouco para trás, sentindo meu peito apertar.

— Você não me odeia...!

— Eu te odeio com todas as letras! Te odeio, te odeio, te odeio, te odeio, te odeio, te odeio, te odeio! — ela gritou repetidas vezes, batendo no meu peito enquanto chorava irritado.

— Você não...

— Eu te odeio...! — ela caiu sobre meus pés, soluçando em meio as lágrimas — Eu te odeio...! — senti uma lágrima escorrer por meu rosto.

— Não fale como se eu te amasse.  — falei frio e saí do quarto, a trancando novamente. Deslizei minhas costas pela porta, tirei minha máscara e a ouvi gritar com raiva.

— Eu te odeio, seu desgraçado! — passei minha mão por meus cabelos e comecei a chorar em silêncio...aquilo me destruiu.

Continua...

Perdão pelo capítulo curto, espero que gostem!

A Filha do Jiraya - [Terminado] #Wattys2022Onde histórias criam vida. Descubra agora