Capítulo 30

6.8K 539 970
                                    


Tobi

  A guerra seria daqui um mês e algumas semanas...eu não posso mais deixar Sayuri aqui, é perigoso, eles podem supor que ela faz parte do plano, e fazer algo contra ela!

  Mas...ela...ela me odeia! Se eu pudesse voltar no tempo e impedir pelo menos, a morte do Jiraiya...até porque...ele era um grande sogro, mesmo que eu...ainda não tenha nenhum laço firme com Sayuri.

  Me levantei da cama e pus minha máscara, eu estava decidido, aquele seria o último dia de Sayuri por aqui...está na hora de ela voltar para sua verdadeira casa.

   Ao parar na frente da porta de seu quarto, a ouvi cantar.

— Eu sei muito bem como é ser uma piada, quando criança eu só queria me mostrar, muitos achavam que eu não seria nada, não sabiam que um dia isso iria mudar. O grande sábio sonhou com uma profecia, que eu seria um grande ninja no futuro, e que eu teria uma criança como aluno, que iria ou salvar ou acabar com esse mundo. Eu sou Jiraiya, já me chamaram de louco, também chamaram de Monstruoso Sapo do Monte Myoboku... — ao ouvir o nome de seu pai ser dito com voz de choro, em meio sua cantoria melódica, eu soube, ela ainda estava sofrendo...

  A ouvi cantar com atenção, me impressionei quando ela soube algumas coisas à mais...talvez Zetsu? Não...provavelmente Konan...

— Por que não entra logo? — ouvi sua voz, agora mais calma...eu não escondi meu chakra como das outras vezes, suspirei e entrei.

— B-Bom dia...

— Bom dia só se for pra você. — ela se levantou e passou por mim indo para sua estante de livros.

— Sayuri, precisamos conversar...

— Não temos o que conversar.

— Sayuri, por favor...

— De novo com isso? O que foi? O disco arranhou? — ela disse com um riso sem humor.

— Eu vou te libertar. — ela derrubou um livro que segurava, e me olhou surpresa.

— O que?!

— Eu...eu não posso te prender mais, amanhã você estará livre. — seus olhos se iluminaram.

— Mas...por que amanhã?!

— Por que antes, temos que conversar, e nos acertar. — ela riu, dando as costas.

— Acha que o quê você fez, tem perdão? — ela me encarou, vi seus olhos cansados...e pensar que um dia, já foram serenos.

— Eu sei que não, mas eu quero tentar. E acho também que...já passou da hora de você ver meu rosto, não acha? — ela cambaleou para trás, se segurando na estante, surpresa.

— Por que...?! Por que acha que revelando o seu rosto, conseguirá o meu perdão?! — ela gritou, estupefacta.

— Talvez, por que... — me aproximei, e, lentamente, retirei minha máscara, abro meu olho vendo sua expressão de choque — Por que eu sou a pessoa que você ama eternamente. — eu sorri, um sorriso melancólico.

A Filha do Jiraya - [Terminado] #Wattys2022Onde histórias criam vida. Descubra agora