Capítulo 27

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Tobi

  Duas semanas se passaram desde aquela discussão, eu não venho saído do quarto, Zetsu faz e leva as refeições para Sayuri, eu estava praticamente em depressão, só saio do quarto para comer e usar o banheiro.

— Vai ficar nessa até quando? — Zetsu pergunta com cara de tédio.

— O que quer que eu faça?

— Que se levante e faça o que tem que fazer, usar aquela garota.

— Eu não quero mais isso... — ele me olha surpreso.

— Pretende trair o Madara e esquecer a Rin?!

— Não! Apenas estou pensando em libertá-la e usar outra pessoa... — ele riu.

— Está maluco?! Ela sabe demais, mate-a então!

— Eu não posso, e nem quero.

— Não vai me dizer que...?! Você se apaixonou por ela?! — senti meu rosto queimar — Você é idiota?! — eu ri sem humor.

— Eu sou idiota por não ter notado antes, e ter feito-a sofrer...

— Você estava fazendo a coisa certa! — o olhei curioso, ele estava alterado.

— Por que está tão alterado? Você tem algo contra Sayuri? — ele arregalou os olhos.

— É-é claro que n-não!

— Não é o que parece.

— Nunca julgue um livro pela capa!

— Você está certo. — falei encerrando o assunto, mas eu ainda estava desconfiado. — Vou conversar com Sayuri.

— Acabe com ela de uma vez. — ele diz, coloco minha máscara e saio do quarto.

  Respiro fundo três vezes ao ficar de frente à porta de seu quarto, suspirei e girei a maçaneta, entrando no quarto e vendo-a deitada de barriga pra baixo, com o rosto enfiado no travesseiro, estremeci.

— Sayuri...

— O que você quer? Veio me matar?

— O que?

— Zetsu me disse que não sou mais útil, e que você me mataria. — ela se senta, vejo seus olhos vermelhos e seu rosto inchado, ela chorava sem pausa. — O que está esperando? Me mate!

— O que?! — eu senti raiva me tomar, fiquei de frente a ela e agarrei seus ombros — Eu não vou te matar! Eu não seria louco de matar a mulher que eu amo! — ela me olhou surpresa.

— O...que? — suspirei.

— Eu te amo...Sayuri. — ela fica estática, com uma expressão de surpresa.

— Não...não é possível, você...você não ama ninguém!

— Eu amo! E essa pessoa é você! — antes que ela falasse alguma coisa, afastei minha máscara para o lado e tomei seus lábios em um beijo calmo, cheio de saudade.

— Nhm...! — ela se debate, até que se rendeu e retribuiu o beijo.

  Me arrepiei ao sentir o toque de suas mãos em minha nuca, mas eu sabia que ela não havia me perdoado, estava apenas cedendo aos desejos do seu corpo.

— Me...me solta... — ela disse ofegante quando separei nossos lábios pela ausência de ar.

— Eu não posso...e nem quero... — falei desejando estar sem a máscara e revelar de vez quem eu sou, e encarar seu rosto naquele momento. — Eu te amo...Sayuri!

A Filha do Jiraya - [Terminado] #Wattys2022Onde histórias criam vida. Descubra agora