Fim

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Ana

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Ana

Jamais imaginei que duas crianças fossem capazes de fazer tanta bagunça. Minha rotina não é nada fácil, manter a casa em ordem, cuidar das crianças e ainda auxiliar na administração do restaurante e nas doações aos moradores de rua. São muitas responsabilidades, mas confesso que nunca fui tão feliz em toda minha vida. 

Há dois anos, larguei meu trabalho como editora no jornal e estou me aventurando como colunista.

O FontanniDuo se tornou um dos pontos fortes da nossa cidade, Marco nunca esteve tão bem. Fico feliz, pois conseguiu superar de vez todos os seus traumas e dores do passado, nem de longe ele é aquele Marco que conheci, primitivo, arisco, mergulhado em sofrimento. Ele também me ajudou a curar algumas feridas, infelizmente adquiri uma ansiedade, por causa de tudo o que aconteceu quando perdi minha mãe. Mas faço os devidos acompanhamentos e, quando necessário, tomo alguns medicamentos. Depois que passei a ter contato com papai, muita coisa mudou em mim, me sinto mais forte, como se ele fosse um suporte, aquela parte vazia que se preencheu.

Observo meu marido incrivelmente lindo em seu avental. Ele retira o assado do forno e, na sequência, confere o molho pela terceira vez. Está bem animado, afinal, toda nossa família está reunida para ceia de natal. Quando ele me nota, nossos olhos se cruzam e vou em sua direção. Deposito minha taça na mesa e abraço-o carinhosamente, me deliciando com o cheiro maravilhoso que invade toda cozinha.

— Caramba! Isso está cheirando bem!— falo em seus braços.

Confesso que não me acostumo com seu dom, todas as vezes que ele cozinha, é como se fosse à primeira vez.

— Está me espionando, senhora, Fontanni?— pergunta roçando sua barba em meu rosto. Adoro quando ele faz isso.

— Gosto de observar você cozinhar, isso é tão...sexy.

Logo, sua boca toca meu pescoço de forma sensual.

— Hummm, posso cozinhar todos os dias se você quiser...

Confesso que adoro a ideia, mas é inviável, levando em conta que ele chega bem tarde para isso. Felizmente aprendi alguns truques de cozinha e, embora as crianças também prefiram a comida dele, sei que não sou tão ruim mais.

— Bem que podia... — respondo, aceitando suas provocações.

Marco me olha nos olhos e enrosca o dedo em um único fio solto do meu cabelo, preso em um coque elegante.

Na sequência, sinto minha boca ser preenchida com sua boca carnuda, ele me beija com paixão, correspondendo na mesma medida, ignorando todo o batom vermelho que estou usando. Quando já estamos quase sem fôlego, percebemos que há pessoas entrando, logo nos afastamos e limpo minha boca toda borrada pelo batom.

O INVERNO ME TROUXE VOCÊ Onde histórias criam vida. Descubra agora