Não acredito nisso!
Dois anos vivendo em paz com Duca, planejando o nosso futuro, pra essa lutadora maldita reaparecer do nada e pior dentro da academia do meu pai.Já não foi o suficiente ela ter levado o meu namorado na academia daquele desalmado do Lobão pra morrer? Ela planejou toda aquela armadilha dos infernos e depois vem com a cara mais lisa do mundo dizendo que não fez por mal.
Eu precisava dar um jeito de convencer meu pai a expulsa-lá. Mas como? Odiava adimitir mas Nat era boa lutadora e cumpria direitinho todos os mandamentos do Muay Thai.
Talvez a K me ajudasse. Ela conhecia bem a Nat já que elas passaram um tempo morando juntas. Ah não! Ela não jamais iria me ajudar, por que era certinha demais para isso. Odiava armações, ainda mais depois de eu ter pago para que Pedro namorasse com ela.
Que inferno! A única pessoa que seria excelente pra me ajudar seria a Jade. Porém, ela ficou boazinha por causa da Lucrécia e aí pronto! Perdi uma aliada.
Sem uma estratégia traçada, o jeito era demarcar território mantendo o Duca na corda curta. Se ele estava achando que eu iria deixar ele solto pra ficar de gracinha com Nat, aquele lutador safado estava muito enganado. Ele e ela jamais me fariam de trouxa.
— Bianca! Quantas vezes vou ter que falar pra não mexer nas minhas coisas? Eu larguei a minha luva aqui na sala e você pegou de novo! Que merda!
— Em primeiro lugar, Cobra abaixa seu tom pra falar comigo e em segundo eu não peguei nada. Eu sou lutadora por um acaso?
— Lutadora não mas chata isso é e muito. Além do mais, quem vive metendo o nariz aonde não é chamada é você e pega as coisas dos outros e "esconde".
—Garoto, a sua luva maravilhosa deve está com a Karina. Ela que usa esse treco e outra coisa a chata mora aqui e você está aqui de favor.
— Ele não mora aqui de favor. Ele é nosso irmão!
Era Karina! Se era uma coisa que eu odiava na K, era esse amor cego que ela tinha por Cobra. Era uma conexão única como uma vez João mencionara, uma coisa que só pertencia aos dois, o que pra mim era uma maravilha por que assim não tinha que bancar a irmãzinha legal com ele já que ela supria tudo.
— Ai Karina, não me enche. Desculpa tá bom, Cobrinha meu amor. É que a vinda da Nat pra cá não está me descendo nada bem.
—Nada desce bem nessa sua garganta fresca, Bianquinha.
—Cobra, você também, hein? — Karina o repreendeu. — Eu também fiquei balançada quando papai falou que Nat viria pra cá. Eu morei com ela mas não gosto dela não.
— Ah, já eu adoro ela!— Cobra sorriu maliciosamente.
— A Jade vai amar saber o quanto você acha a Nat gostosa irmãozinho. Aliás por que não ligar pra ela e perguntar o que a sua esposa pensa?
— Irmãzinha do meu coração, o que a Jade vai pensar ou não é lance nosso. Já em achar a Nat gostosa eu não sei, pois eu nunca provei, ao contrário do Duca, não é?
Não pensei muito, apenas parti pra cima dele usando todas as minhas unhas. Karina a essa altura já me arrancava de cima dele enquanto ele não reagia. Só ria feito louco da minha cara. Argh! Como aquele idiota me deixava irada.
— Mas que fuzuê é esse aqui, pelo amor de Deus? Dá pra ouvir os gritos de vocês lá de baixo! — era o meu pai e estava bem irritado.
— A culpa é dele, pai! Desde que ele veio pra cá que minha vida está uma droga.
— E vai ficar pior com a chegada da lutadora! — Cobra mesmo com o braço sangrando não parava de me sacanear.
—Parou! Não quero os dois brigando. Cobra para de pertubar a sua irmã, Bianca seja mais flexível e Karina seja mais... Mais pontual! Vai já pra faculdade, você está atrasada.
—Ai que saco! Já vou! Fica aí com esses malucos.
—Comigo mesmo não, pequena! Vem, vou te levar.
—Aproveita e faz umas aulinhas pra aprender a ser gente, Cobra! —esbravejei antes que eles saíssem.
Meu pai se aproximou, abraçando a minha cintura me obrigando a me sentar no sofá e pousar a cabeça em seu ombro.
—Filha, pelo amor de Deus! O seu irmão já não é moleza e você não facilita, poxa!
— E quem facilita pra mim pai? É Cobra me irritando, Karina que me perdoou mas não volta a ser a mesma comigo e você agora, mantendo aquela lutadora perto do Duca.
—Já disse que a culpa não é minha! Foi um sorteio, meu amor. Agora é papel do Duca se comportar. Bianca, a Nat é muito bonita, já deve está com outro cara, quem sabe até casada. Vai saber?
Meu pai estava certo! Talvez eu estivesse fazendo uma tempestade em copo d'água. Nat a essa altura já devia está feliz com outro e nem se lembrasse mais do Duca. Em todo o caso, ficaria colada no meu namorado o tempo todo, ia mostrar pra essa lutadora que eu sou uma rival tão forte quanto ela... ou até mais!
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The True Story Of Nat [ Rewrite ]
Teen Fiction[ Eu perdi a minha outra conta. Por isso, resolvi repostar a história aqui. Capa ilustrativa.] Essa história que vou lhes contar meus caros amigos, não é sobre o amor mas sim sobre o ódio. Dois anos se passaram desde que Nat decidira abandonar seu p...