Entre mãos bobas e investidas, Lobão havia se comportado bem durante a nossa "dormida".
Mas o que me tirou o sono foi a atitude que meu pai havia tomado.
Sim. Eu precisava aprender a chamar Gael de pai e aceita-lo para termos alguma relação.
— A noite já acabou? — Lobão disse bocejando.
— Por sinal, já estou indo embora.
— Ah, não! Hoje você não vai sair daqui.
Lobão fazia cócegas com a barba no meu pescoço. Respirei fundo tentando manter o controle. Não só porque aquilo me excitava mas também porque não podia afasta-lo. Não mais.
— Gael vai bater na porta e eu garanto que esse seu fogo acaba em dois tempos. — disse sorrindo.
— Está pra nascer alguém que me faça não querer você.
Lobão subia a mão pela minhas pernas. Tirei várias vezes mas em vão. Ele estava disposto. Os beijos ficaram mais quentes. Tentei levantar mas a vontade dele era maior. Estávamos quase perdendo o juízo quando ouvimos a campainha.
— O que foi que eu te disse? — levantei tentando recuperar o ar que Lobão havia roubado.
— Está preparada pra ficar órfã de pai? — Lobão disse bufando de ódio.
Não pude conter a risada. Gael havia me salvado. Se ele não chegasse com certeza aconteceria o pior ou o melhor. Ainda não sabia direito.
Abri a porta e me deparei com um belo sorriso do meu pai.
— Bom dia, filha! Se despede dele. Já passa das dez horas da manhã.
— Sabe o que é mais irônico, meu amor? — Lobão disse assim que adentrou na sala. — É que o Gael banca o pai protetor mas quando éramos mais jovens ele saía pela janela da casa das ficantes dele, torcendo pra o pai das meninas não ver.
Gael ficou vermelho. Sem sombras de dúvidas ele e Lobão deixavam as meninas loucas.
— Já que vocês estão falando do passado, quando começa as investigações? — tentei tirar Gael da saia justa.
— Hoje! — disse Gael com firmeza. — Quanto mais rápido resolvermos isso melhor.
— Que esperto? E vamos começar por onde então?
—Por Goiânia. Foi lá que tudo começou.
Percebi que Lobão ficara abalado.
— Não quero ir pra Goiânia com você. —disse finalmente.
Lobão saiu deixando eu e Gael atônitos.
— Eu vou falar com ele.
— Eu falo, filha.
Gael me deixou sentada no sofá totalmente estarrecida. Fiquei atenta a qualquer barulho. Talvez eles saíssem no soco.
Após meia hora de conversa, Gael e Lobão vieram decididos.
— Te espero lá embaixo, filha. Estamos combinados então Lobão. Eu escolho o hotel.
Gael bateu a porta, Lobão já ia saindo quando eu não deixei.
— O que vocês falaram? Vão quando?
— Está se metendo demais, não acha?
Senti um arrepio terrível. Sempre que Lobão falava assim comigo eu me sentia ameaçada.
Sem dar palavra, peguei tudo o que era meu e já ia saindo quando ele me segurou.
— Não vai assim. Você sabe que bancar o bom moço não é a minha praia e essa história está me deixando louco. Não fica com raiva de mim. Eu e Gael vamos ficar em um hotel lá em Goiânia. Não tenho a menor estrutura pra ter ele lá em casa.
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The True Story Of Nat [ Rewrite ]
Teen Fiction[ Eu perdi a minha outra conta. Por isso, resolvi repostar a história aqui. Capa ilustrativa.] Essa história que vou lhes contar meus caros amigos, não é sobre o amor mas sim sobre o ódio. Dois anos se passaram desde que Nat decidira abandonar seu p...