O treino começara puxado na academia de Gael. O suor e o cansaço já pareciam me abater e era a melhor sensação do universo.
— Mestre? —perguntei a Gael. —Posso ir ao banheiro?
—Pode sim, Nat! — ele sempre evitava sempre me olhar nos olhos.
Mesmo após uma semana, todas as pessoas ali me olhavam como se eu fosse pular no pescoço do Duca a qualquer minuto ou como se eu estivesse em algum plano maligno bolado pelo Lobão para prejudicar alguém. Ódio era o que eu sentia.
Estava tão absorvida em meus pensamentos, que nem vi Duca saindo pela porta do banheiro, quando levamos um choque. Apesar do meu equilíbrio de lutadora, cai por cima dele batendo de cara no chão.
O estrondo chamou a atenção da academia inteira. Uma dor terrível no meu braço me deixou em pânico. Não podia ter nenhuma lesão.
—Nat, você está bem? — Duca tentara me levantar mas não conseguiu. também estava sentindo dor, só que na mão. — Consegue ficar em pé?
—O que é isso aqui, Duca? — Gael nos olhou como se estivéssemos nos pegando em plena academia.
—Eu não vi o Duca e acabei chocando com ele na porta do banheiro e sim eu consigo ficar em pé. Só o meu braço que está doendo muito.
— Eu devo ter caído em cima dele. Vou tentar te levantar.
— Você vai tentar pegar um gelo pra ela, isso sim! — Gael disse frio.
Duca saíra atrás de gelo, enquanto Gael me levantava com cuidado, para não me machucar ainda mais.
—Deixa eu ver. Talvez precise de um médico.
Médico! Ao ouvir aquela palavra meu coração se apertou. E se eu perdesse a vaga na liga de ouro por um esbarrão em Duca? Eu não iria me perdoar.
—O gelo, Mestre! — Duca ficou parado com uma cara de grande preocupação. — Nat, me desculpa? Eu abri a porta com tudo e nem olhei.
—Eu que esbarrei em você. E a sua mão? — eu podia ter prejudicado ele também.
— Está tudo bem. É só uma luxação. O seu braço é que está me preocupando. Eu posso olhar?
— Claro! Assim que você me mostrar seu diploma de médico, Duca! — Gael o olhou zangado.
—Eu sou formado em educação fisica, Mestre. Eu vou saber se é uma luxação ou algo mais grave.
Mesmo a contra gosto, Gael cedeu.
Duca acariciou meu braço com cuidado e um leve arrepio subiu pelo meu corpo. O seu toque ainda mexia comigo.—Respira aliviada, marrenta! Nem é uma luxação. É só dor muscular. Amanhã mesmo você já vai poder treinar.
—Jura?! Que alívio! Fiquei com medo de ter fraturado. Preciso muito desse campeonato.
—Todo mundo precisa! Inclusive o distraído aqui. Coloca gelo na sua mão e vai pra casa e você também Nat. Vai cuidar desse braço.
— Você quer que eu te leve, Nat? — Duca perguntou com uma cara que eu não soube identificar.
—Aonde você acha que vai levar essa garota?
Era Bianca. Ainda estava usando a roupa da Ribalta e não estava com a cara nada boa.
— Pra casa. A Nat machucou o braço, porque...
—Porque ela estava distraída, pensando em sabe Deus o que e você não tem nada haver com isso. — Bianca finjia ter calma.
— Se eu tivesse olhado para os lados ela não teria caído e já te falaram o que aconteceu? —Duca perguntou zangado.
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The True Story Of Nat [ Rewrite ]
Novela Juvenil[ Eu perdi a minha outra conta. Por isso, resolvi repostar a história aqui. Capa ilustrativa.] Essa história que vou lhes contar meus caros amigos, não é sobre o amor mas sim sobre o ódio. Dois anos se passaram desde que Nat decidira abandonar seu p...