Surpresa.

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Seria um dia de cão!

Ex alunos da Khan na minha academia e eu teria que manter a calma e ser um bom mestre para cada um deles.

Quem diria? Eu mestre dos alunos do Lobão? Sempre sonhara com isso. Ter ele como sócio e a gente ensinando os nossos alunos. Mas o destino não quis e eu perdi meu irmão pra sempre. Ele morrera no dia daquela discussão que acabou com anos de carinho e amizade.

— Duca? Algum sinal dos novos alunos? — perguntei já apreensivo.

—Nada ainda, Mestre! Será que eles vem?

—Não fala besteira! É obvio que sim! Eles jamais perderiam uma chance de ouro dessas, até porque...

Não completaria a frase. Nesse exato segundo já avistei Luís adentrando a academia.

Meus alunos se enrijeceram com a presença dele. Uns cochichavam outros fecharam a cara e eu decidi comprimentar.

—Luís. — disse lhe estendendo a mão a contra gosto.

Ele analisara a minha mão estendida, se decidindo se apertaria ou não.

—Mestre! — pra minha imensa surpresa ele fez os comprimentos de honra de aluno para seu mestre. — Tudo bem com o senhor? — disse finalmente apertando minha mão.

— O quê!? - perguntei atônito. Ah sim, claro! Comigo está tudo bem. Seja bem vindo.

A atitude dele não causou surpresa apenas a mim. A academia inteira se impressionou e aí que o falatório foi total.

—Yoh! Que barulho é esse? Os outros alunos ainda não chegaram.

—Mestre? Que atitude foi essa do Luis?

—Também fiquei chocado Duca. Nunca pensei que ele fosse me tratar como Mestre.

—Ih! Olha lá. Está chegando a tal da Cléo.

Era verdade!

A Cléo parecia uma garotinha.Tinha olhos negros e bem espertos, um cabelo longo preto com mechas verdes e com o corpo bem definido pelos anos de Muay Thai.

Automaticamente os garotos da academia esticaram os olhos ao vê-la passar. Cléo era realmente muito bonita.

— Oi, Gael? — ela  disse abrindo um grande sorriso.

— Oi, Cleonice. — decidi chama-la sem apelidos para ser mais formal.

—Gael. — ela sussurou. — Se você me chamar de Cléo eu te chamo de Mestre, ok?

—Tudo bem, então! — fiz força pra não sorrir.

—Viu só ? Não é tão difícil. A gente já está até se entendendo.

Ela foi pra perto de Luís e comprimentou a todos na academia.
Percebi quando ela sorriu de forma diferente para a Pri que respondeu da mesma maneira.

Agora só faltava a Nat. Só de pensar na reação de todos principalmente a do Duca já doía nos nervos.

—Pai! Vou lá fora ver se a Nat já está chegando.

—Está bem filho, eu já quero começar a falar. Quanto mais cedo a gente começar é melhor.

—A Nat deve saber o caminho da entrada vagabundo e por sinal eu vim de lá agora e ela não chegou.

Jade aparecera do nada. Estava tão atordoado que nem a vi chegar e sua cara não estava nada boa.

— Mas isso não me impede de querer fazer as honras da academia, minha dama. — Cobra sorriu irônico. A crise com Jade estava feia.

The True Story Of Nat [ Rewrite ]Onde histórias criam vida. Descubra agora