Ruínas

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Balder: A neve acabou da noite para o dia, certeza que é o inverno?

Tralfagir: Há algo errado, deveria ter durado mais, muito mais.

Balder: Precisamos nos preocupar?

Tralfagir: Não, vamos nós preocuparmos com aqui primeiro, chegamos.

A cidade estava domada pela flora do local, as construções pareciam ter existindo a muitos anos atrás, pedaços das casas faltando, pilares caídos e algumas partes do chão que havia piso de pedra estava com elas soltas pelas plantas que ali nasceram.

Balder: Parece muito antigo para mim.

Tralfagir: E é, criada bem no inicio do tempo, bem antes do primeiro rei.

Balder: Ela resistiu bem ao tempo.

Tralfagir: Sim, precisamos chegar ao centro, a uma grande construção lá, como se fosse uma casa, o escudo deve estar lá.

Balder: Como ele é?

Tralfagir: Não sei, mas não devem existir muitos escudos por aqui.

Balder: Então vamos lá.

Ambos seguiram ao centro da cidade, atravessando as construções destruídas e antigas, as árvores e o matagal que havia ali. Quando chegaram, era uma construção maior que as outras, como se fosse uma casa mais elevada.

Balder: Como sabe que está ai?

Tralfagir: Histórias. Os antigos moradores daqui adquiriram uma doença que devastou toda a cidade. O guerreiro dono do escudo foi para o lar dos guerreiros lendários e nunca mais saiu, presumo que morreu aqui dentro.

Balder: Não tem perigo de pegarmos essa doença?

Tralfagir: Não. Eram as pessoas que viviam aqui, eram de uma raça diferente, pele avermelhada, cabelos vermelhos e olhos vermelhos. Outras pessoas vieram aqui ou passaram por aqui, mas não contraíram nada, pode ser algo que afetavam apenas eles.

Balder: Eles não existem mais?

Tralfagir: Todos foram extintos.

Entraram na casa e desceram as escadas ate o subsolo e encontraram vários escudos de várias maneiras.

Balder: O que você disse de não ter tantos escudos por aqui?

Tralfagir: Vamos testar eles. Dê-me aquele.

Balder: Como testaremos?

Tralfagir: Acerte o escudo com força, se a força que você usou repelir contra você é este o escudo.

Testaram cada um dos escudos que tinham ali, mas nenhum deles havia o efeito que Tralfagir havia dito.

Balder: Tem certeza que este escudo existiu?

Tralfagir: Sim, ele é feito do mesmo material destas espadas.

Balder: Mas pode ser que criaram apenas as espadas com o osso celestial.

Tralfagir: Tinha muitos, poderiam criar muitas armas.

Balder: Como sabe disso?

Tralfagir: É o que diz a história.

Balder: Vou lá fora, preciso de ar.

Balder sobe as escadas e sai da casa, mal a porta havia se fechado e Tralfagir escutou o grito de Balder. Subiu correndo e viu Balder com uma faca apontada para o seu pescoço e um homem que escondia atrás dele, usava uma máscara com cifres, dentes afiados, cheia de penas e com diversas marcas de tintas.

Segredos da Guerra TrípliceOnde histórias criam vida. Descubra agora