Pequenas vitórias

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Guzlin estava no seu limite, não podia fazer mais nada, alguns dos seus homens morreram e os que sobraram não seriam o suficiente para segurar os guardas. Quando notou a movimentação dos guardas que aproximavam sabia que era o seu fim. Quando menos esperava os portões abriram lentamente e foram entrando os escravos, portando qualquer tipo de arma em mãos. Eles foram avançando nos guardas que também avançavam e por estarem em maior número fizeram com que os guardas perdessem.

Guzlin olha para os escravos e vê Balder entrando junto com eles.

Guzlin: Balder! Aqui.

Balder: Guzlin!

Balder passa em meio à multidão dificilmente, mas consegue chegar ate Guzlin.

Guzlin: Você chegou bem a tempo.

Balder: Não foi fácil passar todos por aquele caminho apertado.

Guzlin: Não importa quanto demorou, você chegou.

Balder: Como estão os outros?

Guzlin: Não tenho informação nenhuma sobre eles.

Balder: O que vamos fazer agora?

Guzlin: Vamos invadir a central de inteligência, assim já vamos parar os guardas.

Balder: Apenas me mostre o caminho.

A guarda real era habilidosa, mas não conseguiam combater o grande número de pessoas que entravam. Estavam tentando transmitir mensagens para soldados fora da muralha interna, mas alguns dos homens de Daivock ficaram em cima da muralha vigiando tudo, qualquer coisa que tentava sair das muralhas internas era atingido por uma flecha. Com isso a comunicação e os soldados que Nistroir tinha estavam tudo dentro do castelo que estava pressionado.

Soldado: Nistroir, os escravos invadiram o castelo. O que vamos fazer?

Nistroir: Quantos?

Soldado: Parece-me que todos que estavam nas minas.

Nistroir: Como todos fugiram?

Soldado: Não sabemos de nada, estamos sem comunicação com o externo. Todos que mandamos foram mortos antes mesmo de chegar na muralha.

Nistroir: Mande todos os soldados que temos, até os mais fortes da guarda real para lutar contra eles.

Soldado: Sim senhor.

O soldado sai correndo às pressas e Nistroir se aproxima de um dos majores sentados à mesa.

Nistroir: Vou procurar Saultese, fique no comando até lá.

Major: Mas não tenho capacidade para isso.

Nistroir: É apenas momentâneo, logo voltarei com Saultese.

Nistroir sai da sala e segue pelo corredor e escuta sons de passos subindo as escadas. Apressa seus passos e entra numa sala próxima e deixa a porta apenas um pouco aberta. Quando os passos chegam próximo dele percebe-se que é Guzlin trazendo como refém o soldado que acabará de sair da sala e mais outra pessoa que ele não conhece, era jovem com um bastão em suas costas. Os três entraram na central de inteligência, quando a porta havia se fechado Nistroir abriu rapidamente a porta e saiu correndo.

Nistroir: Preciso encontrar Saultese rápido.

**

Daivock avança em Saultese que coloca o escudo a frente e prepara o machado. Daivock se aproxima e salta pisando em cima do escudo, Saultese tenta jogá-lo para cima, mas ele aproveita o impulso que ela dá e salta para suas costas e tenta perfurar com uma das adagas. Saultese percebe e reage rapidamente girando com o machado para trás e Daivock desvia dando um pulo para trás. Daivock joga uma das adagas em Saultese que levanta o escudo na direção do rosto para se defender, sente uma adaga batendo no escudo e começa o abaixar e vê que Daivock não está mais no lugar de antes, seu olhar vai rapidamente para baixo e percebe Daivock bem próximo e em um movimento instintivo tenta chutar com sua perna esquerda, mas Daivock desvia e a adaga desliza sobre a sua armadura e corta um pouco sua pele. Daivock joga a adaga que estava em sua mão esquerda para cima e levanta rapidamente pegando a adaga no ar com a mão direita e levando em direção ao rosto de Saultese que bate o escudo com força do lado de Daivock o fazendo cair. Daivock se levanta rapidamente e usa a parte de metal de sua braçadeira para se defender do machado de Saultese que estava vindo em sua direção. A braçadeira de metal teve um pequeno corte que alcançou o braço de Daivock e fez um corte fundo que começou a sangrar. Saultese puxou seu machado, o levantou e desceu com toda a força. Daivock girou para a direita e levantou sentindo dor por seu braço. Ainda não havia desistido, segurou a adaga firmemente e partiu para cima de Saultese que ficou em posição de defesa e correu em direção à Daivock. Saultese percebe que Daivock vai desviar para a sua esquerda para tentar acertar sua adaga na brecha lateral da armadura, ela manda o escudo para a esquerda com força acertando Daivock e o derrubando novamente. Já aproveitando o impulso gira com seu machado vindo na direção do rosto de Daivock. Ele vira para a direita e desvia do machado que entra no chão. Daivock vira para a posição anterior chutando o antebraço de Saultese a fazendo soltar o machado. Saultese tira o escudo de seu braço girando o local de apoio do braço fazendo surgir metais pontiagudos em várias extremidades do escudo. Segura o escudo nas laterais sem pontas e cai de joelhos e sentada em cima de Daivock forçando uma das pontas contra o pescoço de Daivock que segura o escudo com ambas as mãos. O lado esquerdo de Daivock, por estar ferido, está segurando com muita dificuldade e começa a fraquejar deixando a ponta mais próxima. Daivock começa a forçar para jogar o escudo para o lado esquerdo. Saultese percebe isso e puxa o escudo com tudo para a esquerda desarmando a defesa de Daivock que fica com aberturar para Saultese acerta-lo. Saultese volta com o escudo na direção do pescoço de Daivock, mas sente uma tontura e erra o alvo passando o escudo no ar, perdendo a força nos braços o escudo salta de sua mão e ela tomba para a sua direita e tenta se apoiar no machado que estava no chão, o qual não aguenta o peso e se solta com um pedaço do chão e Saultese cai. Ela tenta se levantar, mas cai novamente.

Segredos da Guerra TrípliceOnde histórias criam vida. Descubra agora