Liberdade

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Balder e mais cinco dos homens de Daivock esperavam próximo à entrada das minas.

Balder: Vamos entrar e imobilizar a todos os guardas. Não matem eles.

Balder deu o sinal e dois soldados avançaram pelas sombras que se levantaram com a noite. Os guardas estavam distraídos com as chamas queimando tudo do lado oposto a sua posição e não perceberam os soldados chegando que os imobilizou. A porta para a entrada da mina estava desprotegida, porém apenas os guardas internos e oficiais de maiores patentes tinham acesso as chaves para abrir. Balder forçou a entrada com o corpo e com o bastão, mas nada surtira efeito. Uma mão toca em seu ombro, ele vira para ver e era um dos soldados que veio com ele. Balder deu espaço para o homem passar que se aproximou da fechadura, agachou e puxou dois equipamentos de uma pequena bolsa em sua cintura. Não passou de um minuto e ele já havia destrancado a porta.

Soldado: Senhor.

Balder: Obrigado, mas ainda há outra.

Soldado: Eu vou à frente e quando eu abrir esteja preparado, pois o inimigo vai escutar e virá atacando.

O soldado chegou à outra porta e se posicionou entre outros dois soldados que prepararam para o golpe. Assim que o portão abriu o guarda escutou um som e virou para verificar, percebendo assim que havia invasores, seu tempo de resposta não foi suficiente para a chegada do golpe. O guarda interno estava desacordado e eles se aproximaram lentamente evitando fazer barulho. Não deu tempo de aumentar a guarda do local, pois, Balder e Tralfagir fugiram dali a algumas horas atrás e com Tralfagir chamando a atenção deles, deram pouca importância para a fuga da mina. Com mais apenas dois guardas e um capataz no primeiro andar finalizaram eles fácil sem chamar a atenção. Desceram por uma escadaria lateral para o andar abaixo, antes Tralfagir não subira por ali porque havia guardas, iria chamar a atenção e assim os trancariam ali em baixo.

No andar mais fundo a quantidade de guardas era um pouco maior, mas nada que o pequeno esquadrão bem treinado pudesse fazer. Com toda a guarda e os capatazes derrotados Balder sobe na rampa de acesso ao elevador de descarga.

Balder: A quanto tempo vocês estão aqui? Cinco anos? Dez? Hoje não importa quanto tempo vocês ficaram, porque hoje vocês estão livres, livres para ficar, para voltar às suas casas, livres para fazer o que quiserem. Nós estamos fazendo uma revolução, uma revolução contra o rei que aprisionou vocês aqui. Quem quiser lutar ao nosso lado que venha, vamos fazer com que essa cidade lembre-se do dia que aqueles que ficavam sob os seus pés um dia a dominaram e trouxeram de volta a liberdade que foi tirada dos outros. Para aqueles que querem lutar e estar neste momento histórico, vamos para as muralhas internas, vamos obter a liberdade que foi tirada.

Os escravos permaneceram em silêncio, Balder achou que não foi o suficiente para trazer a eles a força de lutar. Do fundo da mina podia ouvir um escravo gritando levantando a picareta.

Escravo: Vamos! Vamos!

A multidão foi aumentando seu som aos poucos até se tornar um único grito de esperança que ecoou por toda a mina conseguindo até a alcançar o andar mais acima deles. Balder pulou em meio a multidão e os guiou para as escadas, apesar de o espaço ser um pouco estreito todos começaram a subir as escadas e aproximando do andar acima os escravos que estavam nele ficaram assustados com o grande som de pessoas que dali vinha. Balder alcançando a porta para sair das escadas subiu novamente a rampa de acesso ao elevador e repetiu o seu discurso que teve uma resposta rápida dos escravos que já estavam exaltados.

Guiou todos pelas escadas e ao chegar lá fora designou para cada um dos soldados que estava com ele para levar aqueles que querem lutar para cada uma das entradas do castelo e os que queriam fugir a um outro local seguro.

Segredos da Guerra TrípliceOnde histórias criam vida. Descubra agora