O destino dos derrotados

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Mais ao norte de Riosmar, um homem caminhava lentamente em uma relva longa e com alguns buracos no chão. Estava muito cansado após ter andado tanto carregando uma grande mochila.

Linquins: Por que peguei logo um flutuador quebrado? Tantos ali e tive que pegar logo este.

Linquins estava fugindo para Talfstar, onde a tecnologia era mais avançada e assim ele pudesse sentir-se mais confortável e valorizado. Como Linquins era um homem racional a magia não tem sentido para ele. Ele havia fugido do reino de Riosmar aquela noite e viajou ao norte com forçando o flutuador ao máximo, mas cometeu um erro de levar equipamentos e planos a mais do que conseguia carregar e assim o flutuador estragou cedo e ele apenas levou equipamentos de potencial bélico.

Depois de muito caminhar o sol havia começado a se pôr no horizonte e ele avista uma caverna próxima e resolve entrar nela. Tira um pedaço de uma arma da grande mochila que carregava nas costas e junta duas pedras. Ativa o mecanismo e passa uma pedra na outra que faz sair uma faísca que cai no mecanismo que surge o fogo. Ele gira a manivela mais abaixo do botão e a chama diminui. Ele coloca a mochila nas costas e entra na caverna.

Linquins: Não queria ficar aqui, mas não tenho alternativa.

Ele caminha cada vez mais fundo na caverna ate chegar a um local plano sem muitas rochas próximas, julgou ser um bom lugar para acampar a noite, coloca o saco no chão e tira alguns pedaços de madeira.

Linquins: Achei que iria usar para outra coisa, mas vai ajudar agora.

Empilha-os e redireciona o mecanismo para eles, gira a válvula aumentando a chama ate pegar fogo na madeira. Aciona o botão que faz a chama cessar do mecanismo. Vira para a mochila tirando uma peça e começa a martelar ela para desamassar. Começa a escutar o som de algo rachando e para de martelar, pega uma das madeiras em chama e olha para os lados tentando ver algo. Não vê nada e escuta nada, começa a crer que eram sons dentro de sua cabeça e coloca a madeira de volta junto às outras e pega seu martelo e inicia o mesmo processo de antes. Sua cabeça volta os pensamentos de como era em Riosmar e das últimas palavras de Litius e começa a questionar a sua fuga. Com sua mente tão distraída não percebeu que martelando o equipamento amassado o chão em baixo dele estava rachando. O chão se abre em baixo dele e o faz cair em queda livre junto com o saco e as madeiras em chamas. Caiu em cima de uma pedra com formato de rampa e rolou ate seu final. Chegando ao final sentiu uma intensa dor nas costelas e no braço, antes que pudesse fazer algo em relação a dor estavam vindo o saco com algumas ferramentas soltas e as madeiras com fogo. Ele rolou para o lado desviando do saco e depois desviou de algumas ferramentas, mas quando veio à madeira em chamas ele consegui desviar de uma que veio na altura do seu rosto se abaixando e não teve tempo de desviar de uma que veio por baixo que o acertou na cabeça e o lançou para trás o fazendo perder a consciência.

**

Naquele dia, no mesmo sol poente, Balder e Preimor estavam no pátio do castelo novamente.

Preimor: Vai fazer o círculo?

Balder: Acho que agora não precisa. Vamos deixar mais livre.

Preimor: Quando quiser.

Balder coloca seu pé direito à frente e aproxima de Preimor lentamente que permanece mantendo o olhar fixo em Balder. Então Balder avança rapidamente em cima de Preimor que levanta a mão na direção do braço direito de Balder que parou no meio do caminho que o faz dar um passo para trás.

Preimor: Algo de errado?

Balder: Você não está apenas querendo treinar, certo?

Preimor: Tenha calma, eu apenas iria me defender.

Segredos da Guerra TrípliceOnde histórias criam vida. Descubra agora