capítulo 30 - amor

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Isabelle narrando

Eu juro, que se na próxima vez que Paul se aproximasse de mim eu não teria pena de chutar seus países baixos. Eu quase perdi, quase perdi o cara que me faz bem e me faz feliz por culpa dele.

Parei de pressionar o gelo contra sua pele e retribuí o abraço afundando meu rosto na volta de seu pescoço.

Olhei para o relógio que ficava na parede a minha frente e me assustei quando vi que já era perto da meia noite.

- Eu preciso ir embora - falei quase em susurro sentindo as mãos dele aumentarem o aperto na minha cintura.

- Dorme aqui - pediu quase ronronando - Quero ter certeza que Paul não vai te incomodar.

Balancei a cabeça concordando, não recusaria dormir nos braços dele.

- Vou lá só trancar a casa - ele riu e enfiou a mão no bolso me entregando as chaves.

- Não precisa - ele se levantou ainda comigo no colo e me colocou no chão em seguida - Vem.

Oliver estendeu a mão para mim que a peguei entrelaçando nossos dedos.
Caminhamos até seu quarto e enquanto ele fechava a porta eu me sentei na cama e esperei ele voltar.

Tirei meu chinelo e me encolhi na cama e logo Oliver veio até mim se deitando ao meu lado e me puxando para si. Estava de frente para ele, apoiei as mãos no seu peito enquanto brincava com sua camisa.

- Você está bem? - perguntei colocando a mão sobre sua bochecha - Acho que Paul é mais forte - zombei.

- Se eu fosse pra brigar com ele eu ganharia - disse convencido

- Torceria para você - sorri para ele.

- Acho bom - ele passou a mão em um ponto sensível da minha cintura e eu fugi das cócegas.

- Ainda sente cócegas aqui - ele veio para cima de mim apertando o local me fazendo gargalhar. Odiava sentir cócegas.

- Oliver.. - falei entre gargalhadas - Para, por favor.

Ele parou e me encarou sorrindo, limpei as lágrimas dos cantos dos meus olhos enquanto recuperava o fôlego. Seus olhos brilhavam.

Senti uma coceira no meu coração, uma coceira gostosa de sentir.

Passei meu braços por seu pescoço e deixei um beijinho na ponta de seu nariz.

- Seria loucura falar que te amo? - paralisei.

Então era isso, amor? Ele vinha do nada? Vinha sem avisar e mudava sua vida para melhor, fazendo as melhores lembranças e os melhores sorrisos, traz com ele os suspiros e os sorrisos bobos? Se for isso, eu amava Oliver.

Apesar de sempre o conhecer, nunca trocamos belas palavras um para o outro nem quando éramos bons amigos, éramos aqueles amigos que mal se abraçavam mas sempre fomos ligados de alguma forma.

- Seria loucura se eu falasse que também te amo? - seu sorriso se alargou.

Meu rosto foi mira de vários beijos enquanto eu ria e aproveitava da sensação.

- Nem acredito que amo a garota que tinha cabelo de amoeba - revirei os olhos.

- Nem acredito que amo o garoto que colocou amoeba no meu cabelo - ele riu se jogando em cima de cima.

O abracei e com uma das mãos embolei meus dedos em seus fios castanhos fazendo cafuné. Sua respiração foi ficando mais calma e logo ele havia adormecido em meus braços. Me ajeitei para ficar mais confortável.

- Eu te amo, Oli - susurrei e deixei o sono me consumir.

[...]

Acordar com os braços dele ao meu redor era com certeza a melhor coisa que tinha no mundo. Seus cabelos todo bagunçado, seu rosto pressionado contra o travesseiro fazia seus lábios formarem um biquinho incrivelmente fofo.

Tentei me levantar sem o acordar mas falhei quando senti sua mão me agarrar e me puxar de novo para a cama.

- Fica aqui - pediu me abraçando.

- Não posso, tenho que ir para a faculdade - ele xingou baixinho me fazendo rir.

- Cinco minutos - me apertou sem me dar oportunidade de responder.

O abracei de volta aproveitando os últimos cinco minutos que por um acaso ele havia aproveitado dormindo de volta. Dessa vez, me levantei e ele não acordou.

Deixei uma mensagem avisando que já tinha ido e sai de sua casa indo para a minha e me arrumei.

Ao chegar na faculdade não encontrei Melary nem Brian, fui direto para a sala onde já havia quase a turma toda incluindo Paul que não me olhou em um segundo sequer por toda a aula.

E nem mesmo quando ensaiamos a coreografia ele se deu o trabalho de me olhar ou dirigir a palavra a mim, o agradeci mentalmente por isso

°°°
Continua....

Reta final.

Você De Novo? (Concluída).Onde histórias criam vida. Descubra agora