- Não deu tempo de eu comprar algo para a gente, tipo um anel ou coisa do tipo, porque eu decidi vir de última hora. Mas...a gente pode comprar um sorvete...! Mas você quer?
- A....
- Não me mata de ansiedade, Catarina! – Falou ofegante.
- Mas...você nem deixou eu falar ainda...!
- Então diz logo!
- Eu...eu....
- Catarina...? – Ele me olhou aflito.
- Mas é claro que sim! É óbvio!
- Jura? – Ele sorriu, respirando novamente.
- Sim!
- Ah, graças a Deus. – Ele suspirou. – Valeu muito a pena! – Ele voou em cima de mim me abraçando forte. – Há muito tempo queria te chamar de minha...minha namorada.
Essa frase fez-me arrepiar inteira. Sinceramente, nunca achei que namoraria alguém...principalmente tão cedo. Mas era compreensível, quem iria me querer na verdade?
- Eu fico tão feliz de você ter sido o meu primeiro beijo e a minha primeira namorada! – Falou sorrindo. – Vamos. – Ele se levantou de um dos degraus da escada, e deu leves tapas na sua calça para sair a sujeira.
- Para aonde? – Perguntei. Em Santos Dumont não tinha absolutamente nada. E se fossemos para minha casa, eu teria que encarar minha mãe e contar para ela.
- Sei lá. – Deu de ombros com um sorriso fofo. – Para qualquer lugar, só vamos aproveitar um tempo só...nós dois....
- É tudo que eu mais quero. – Levantei rapidamente da escada com um sorriso de lado, e limpei a minha calça. Na hora que me curvei para pegar a minha mochila do chão, Noah a pegou rapidamente.
- Eu levo para você. – Ele a colocou nas costas e acho que bateu um arrependimento. – O que tem nessa mochila?! – Perguntou indignado, a apontando com o polegar.
- Livros, cadernos, meu casaco, minha garrafinha, duas bolsinhas.... – Falei enquanto contava nos dedos.
- Tudo bem, pode parar. – Ele sorriu fraco.
- Eu posso levar.... – Avancei um passo, e ele recuou. – Qual é Noah?
- Eu posso levar.
- Noah, não estamos no século passado.... Nós mulheres podemos carregar nossas próprias coisas e pagar também...! – Sorri arqueando as sobrancelhas.
- Eu só quero ser educado. – Ele sorriu.
Inesperadamente, ele me puxou pela mão, fazendo me parar ao seu lado. Ele posicionou minha mão em sua cintura, e passou o braço por cima dos meus ombros.
- Sabe? Eu já imaginei isso antes.... – Comentei enquanto caminhávamos.
- O que? – Perguntou me olhando.
- A gente andando dessa maneira. Mas...eram só pensamentos. E geralmente vinham seguidos de lágrimas.... – Falei olhando para o chão. Me deixava triste lembrar disso.
- Ei.... – Ele me olhou com ternura. – Isso é passado. Foca no presente, em nós....
- E tem como desfocar de você? – Soltamos uma risada anasalada e desviamos o olhar para o chão. – Acho que a gente pode deixar essa mochila lá em casa.
- Como? – Ele me olhou confuso.
- A gente não precisa entrar, mas podemos deixar na porta da minha casa.
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Efeito Borboleta - Noah Schnapp
FanficCatarina tentava fugir de seus demônios que a devorava por dentro. Ela gostaria de ser mais forte ou menos sensível, mas ela falhava. E tudo isso aconteceu por conta de uma pessoa. E o nome dela era: Noah Schnapp. Mesmo ela sabendo que nunca iria co...