chapter fifty

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(POV) Catarina
- Não! Não! Não! NÃO! De novo não. – Eu estava novamente naquela rua desconhecida, vendo aquela tempestade destruir tudo.
Com o vento, um jornal voou e parou nos meus pés. E o pegando, aparecia a notícia: “Sejam bem-vindos ao caos! Hoje, dia 13 junho, a cidade irá acabar. Não precisam culpar Deus, apenas culpe a Catarina Carter, por ter destruído a cidade. Mudou tanto o destino, que no final criou apenas caos e destruição. Então parabéns, Catarina. Você matou todos nós!”.
- Eu...eu...não fui eu! – Sussurrei e o vento levou o jornal embora. Levantando a cabeça, vi que várias pessoas se aproximavam de mim.
- A gente vai morrer e a culpa é toda sua! – Falou um colega de sala.
- Viu? Nos trocou por ele, e agora vai nos matar. – Falou Daniela, uma das minhas melhores amigas da outra realidade, apontando para algo atrás de mim.
- Eu...eu...eu não tive culpa...!
- Não teve? – Perguntou Sabrina, outra amiga. – Você só está destruindo tudo.
- Ainda há tempo de consertar. – Disse Augusto, um dos meus amigos de escola.
- Mas senão, você irá acabar com a vida de milhares de pessoas por causa dele! – Ela apontou para alguém atrás de mim.
- Noah...? – Me virei e o vi lá. – Noah...não é culpa minha! Eu...eu só tinha um sonho...!
- Um sonho que vai destruir todos nós. – Falou com as mãos atrás das costas, ele caminhava de um lado para o outro. – Eu vim parar aqui por causa de você. – Ele chegou até a beira da rua. – E agora, eu vou morrer por causa de você. – Ele moveu um pé para o lado e um carro em alta velocidade passou por cima do mesmo, o levando para longe.
- NOAH! – Gritei o mais forte que pude.

- AAAAAAAH! – Eu gritei enquanto segurava minha cabeça no chão do meu quarto.
- CATARINA! O que tá acontecendo? – Ouvi a voz de Noah. – Por favor! Me responde! O que tá acontecendo?
- Isso não é real...não real! – Afundei minha cabeça entre meus joelhos. – Não pode ser....
- Catarina, me reponde...! – Noah falou. Sua voz meia que falhava por causa da ligação.
- Noah...não pode ser real...eu...não é verdade. Não é!
- Do que você está falando? O que não é real?
- A...a....
- Está tudo bem? Eu estou agoniado, eu só consigo ver o seu teto.
Quando localizei meu celular, vi que ele estava em cima da cama, com a câmera virada para cima. Por isso ele não via nada.
- Oi...está tudo bem.... – Forcei um sorriso.
- O que aconteceu? Foi a visão novamente? – Perguntou.
- Não...! Não é uma visão...é um pesadelo, que...vai acabar...em breve....
- Tem certeza?
- Sim...eles estão vindo com cada vez menos frequência....
Bem...eu estava errada. Nessa semana, eu tive três vezes aquele mesmo pesadelo, aquelas mesmas falas e aquelas mesmas situações. E hoje, foi um dia desses. Eu acordei e tive uma crise, mal conseguia respirar, e eu tive que lidar com isso sozinha. Minha irmã estava dormindo, minha mãe não estava em casa e o Noah havia sumido.
Foi uma sensação horrível. Eu chorava compulsivamente, minhas mãos tremiam, minha cabeça doía, minha pressão caiu, o ar me faltava, minhas pernas tremiam e um vazio no meu peito se expandia.... Eu não queria continuar tendo aquilo, quando ia parar?
- Hey, Cat. Tô aqui! – Noah me ligou. – Por que você me mandou tantas mensagens e me ligou tantas vezes?
- Onde você estava? – Perguntei desesperada, tentando conter o choro. – Sumiu durante o dia todo!
- Está tudo bem? Por que você está falando assim?
- Noah...tá tudo bem...eu só não estava me sentindo muito bem.... – Menti.
- Eu sei que você está mentindo, eu te conheço....
- Eu...eu...me desculpa...! É que...eu não quero ocupar sua cabeça.
- Você nunca ocupa.... O que houve?
- Eu...acho que tive uma crise de ansiedade. – Falei deixando meus ombros caírem enquanto eu me largava na cama.
- O que? – Exclamou elo celular. – Mas...mas...você nem tem ansiedade! Como isso?!
- Eu não sei! Eu tive falta de ar, de choro, minhas pernas e mãos tremiam...foi horrível!
- E não tinha ninguém aí para te ajudar?! – Perguntou indignado.
- Não...minha irmã tava dormindo.... E minha mãe sumiu, não apareceu ainda.... – Distanciei o celular da minha orelha e olhei as horas. – São oito horas.
- Como assim?! Catarina! Sua mãe devia estar aí. Ela não deixou nem um bilhete...?
- Não....
Desde que eu, minha mãe e minha irmã brigamos, ela tem se distanciado de nós. Ela passa muito tempo fora de casa, ás vezes só aparece para dormir, e ás vezes nem isso. E quando ela está aqui, nos encara feio, como se nós que estivemos erradas.
- Catarina, sua mãe precisa...de alguém para abrir os olhos dela!
Eu sei, Noah. Mas quando eu fui falar com ela, ela me disse que já ficou mais de quinze anos com a gente, e agora queria passar mais tempo com o seu namorado e não com nós.
Bem, era isso que eu queria ter falado, mas se eu dissesse isso, o Noah ficaria com mais raiva da minha mãe.
- Eu sei...mas ela não quer nos ouvir....
- Catarina, eu posso falar com meus pais sobre isso? Como eles são mais velhos eles poderão auxiliar sua mãe. O que ele está fazendo não é certo.
- Eu sei, Noah. Mas e se ela ficar brava comigo porque eu estou envolvendo outras pessoas nisso?
- É por uma boa causa.... Por favor, deixe eles ajudarem....
- Tudo bem.... – Apertei meus olhos para falar.
- Eu vou conversar com eles...depois de eu te contar o porquê de eu ter sumido...! – Falou mais animado.
- É um bom motivo? – Não pude conter o sorriso.
- Sim! – Concordou. – Eu fui à Norwalk.
Fiquei uns segundos em silêncio até falar:
- ...E daí?
- Sabe quem mora lá?
- Para de suspense, Noah! Fala logo.
- Tá...a Charli D’amelio mora lá.
- Espera...acho que sei quem é.... Não fala ainda!
- Tudo bem. – Concordou rindo.
- É a garota do tiktok? – Perguntei incerta.
- Sim. A gente foi gravar vídeo.
- Que vídeo vocês gravaram? – Perguntei interessada.
- Para o canal dela, eu a ensinei a atuar. – Falou. – E para o meu...ela...me ensinou...a dançar...! – Disse relutante.
- O QUE?! – Me levantei indignada da cama. – Isso é contra as regras da nossa competição!
- A gente nem fez nenhuma regra! – Argumentou.
- Achei que era óbvio! Não pensei que eu tinha que falar que era proibido fazer aula de dança com a maior dançarina do tikok!
- É, mas eu não sabia. – Falou soltando pequenos risos.
- Noah, isso é tão injusto! – Bufei.
- Olha, eu ainda tive que ir para outro estado para poder fazer isso! Então não tem tanto problema assim....
- Tá de sacanagem? – Rolei os olhos. – Scarsdale fica a trinta minutos de Norwalk.
- Que? Não! Como você sabe disso?
- Quando a gente estava procurando uma pista de patinação aquele dia, eu vi que a pista que ficava em Norwalk, era a meia hora de onde a gente estava.
- Ah.... Eu acho que não tenho mais argumentos....
- É você não tem!
- Tá, o que você quer?
- O que...?
- Eu sei que agora você vai querer alguma coisa porque eu trapaceei.
- É...eu quero sim.
- O que?
- Não sei.
- Que? Eu hein Catarina.
- Noah, eu sou indecisa.
- Eu sei.... Então eu posso te contar outra novidade!
- Conte-me. – Sorri esperando a resposta.

...

~-~


Já estava bem óbvio o que havia acontecido com a Catarina né? KKKKK
Galeris, em breve teremos um corte no tempo relativamente grande...? E pularemos pra última semana da fanfic (Mas não se preocupem, ainda terá bastantes capítulos KKK).
Mas galera, visão ou pesadelo?
O que vocês acham sobre as atitudes da mãe da Cat?
Vocês acham que os pais do Noah vão poder ajudar?
Vocês lembram de quando o Noah encontrou com a Charli? Foi um surto coletivo KKKK (lembro que eu tinha pego um ódio dela KKK mas hoje em dia amo a Charli K)
Acho que vocês também já sabem a novidade né? KKKK (essa fic tá muito óbvia).
Acho que é só isso.
Espero que tenham gostado.
Deixe sua opinião aí embaixo nos comentário.
E até sexta!
:)

Efeito Borboleta - Noah SchnappOnde histórias criam vida. Descubra agora