Efeito Borboleta - Noah Schnapp

Chapter forty-five

(POV) Catarina.
Quando desliguei a chamada, percebi o quanto de sono estava. Então, não perdi tempo em puxar as cobertas e tentar dormir. Sinceramente? Não achei que conseguiria dormir sete e meia da noite, mas consegui.

- Tá de sacanagem? – Encarei o celular. – Cinco da manhã?! – Bufei. Eu já estava tentando dormir novamente, mas já sabia que não iria conseguir. Além disso, eu já havia dormido durante 9 horas, não conseguiria mais que isso. Mas o que eu iria fazer? Eu só teria aula na parte da tarde.
“Eu ainda vou ser uma tiktoker melhor que você!”
“E o que eu ganho se vencer?”.
“Não se preocupe com isso, veocê não vai”.
“Que vença o melhor”.
Por que eu aceitei isso? Sério. Eu nem sei dançar, nunca tentei. Como eu vou aprender isso? Não sei nem quando nós iremos nos ver novamente, mas pelo menos, há tempo de eu treinar.
Fiquei alguns minutos rodando os vídeos do 4u, mas não aparecia nenhuma dança. Como o Noah conseguia achar passos tão facilmente?
Depois de mais alguns minutos, achei uma conta, onde a pessoa fazia várias danças e era boa nisso. Mas ela era boa demais, e eu ruim...então eu teria que arranjar uma maneira de treinar até ficar boa.
Baixei diversas danças no meu celular, para assim não perde-las. Mas assim que entrei na minha galeria, apareceu a seguinte mensagem: “armazenamento cheio”. Minha vontade era de arremessar meu celular na parede, essa mensagem aparecia o tempo todo, e não era de hoje. Mas foi aí que tive a ideia mais genial da minha vida (convenhamos que não sou uma pessoa que costuma ter ideias muito boas), eu iria colocar todos esses vídeos no meu computador, e dividi-los em pastas, que seriam: Danças que já aprendi, que estou quase aprendendo e que falta aprender. E todos os dias eu repassaria essas danças, assim eu poderia melhorar.
E assim eu fiz. Fiquei durante quase uma hora procurando mais danças e passando para o meu computador, e colocando na pasta “falta aprender”.
- Essa é Blueberry Faygo, essa Round of Aplause, american boy e say so. – Eu estava nomeando as músicas, assim seria mais fácil de acha-las na hora de gravar. – Qual que é mais fácil? – Me perguntei enquanto passava as danças. – Acho que essa...tá.... – Me levantei do chão e dei play na música, enquanto tentava copiar os passos. 
Fiquei assim durante um bom tempo, já tinha decorado mais ou menos, mas faltava o mais importante: coordenação motora, que era o que eu não tinha.
- O que você está fazendo? – Perguntou minha mãe enquanto abria a porta de seu quarto, já era hora dela acordar para o trabalho.
- Estou dançando. – Falei dando de ombros.
- Ás sete da manhã? – Perguntou desacreditada.
- Sim. – Me virei para ela. – Estou tentando.
- Mas qual o motivo disso? Digo, você nunca foi de dançar.
- Eu...só tive interesse.
Interesse de ganhar algo que não sei o que é. Mas é melhor eu me matar de dançar do que ficar com orgulho ferido.
- Ah, tá legal.... – Minha mãe saiu do meu quarto e logo escutei a porta do banheiro fechando.

Fiquei a manhã toda dançando, estava exausta. Mas pelo menos, aprendi quatro das coreografias. Era pouco, mas já estava bom para o primeiro dia. O que faltava, era precisão. Coisa que eu teria que aprender sozinha, já que no fim de mundo que moro, não tem nada de aula de dança. Mas é melhor assim, já que minha mãe não pagaria isso para mim.
Quando era umas onze horas, eu coloquei arroz para fazer e fui tomar banho, já estava acostumada com essa rotina.
Depois que troquei de roupa, eu almocei, minha irmã já tinha feito o resto do almoço. Mas isso não iria durar muito tempo, já que era a última semana de férias da minha irmã. Ela iria voltar a morar na cidade vizinha, para terminar o último ano de faculdade.
Agora estou entrando na escola, espero que dessa vez ninguém venha até mim.
- Catarina! – Assim que pisei dentro da escola, alguém já me chamou. Quanto tempo falta para encerrar o ano letivo?
- Oi. – Falei depois de um pequeno suspiro. Nunca havia visto aquela garota antes.
- Como é Nova York?
Esse povo tem o que na cabeça? Nem tentam disfarçar, vem fazendo perguntas afoitamente.
- Como é que é?
- É que...você foi à Nova York, queria saber como é lá.
Ela está falando sério?
- Bem...é que eu não fui à Nova York, tipo, cidade. Eu fui ao estado. A cidade que eu fui, era Scarsdale. Que fica no estado de Nova York. Que é a cidade que o Noah mora.
- Ah....
Eu simplesmente odiava fãs modinhas.
- Catarina, o Noah é mais atraente pessoalmente? – Chegou outra garota.
- Como é que é?
- Vocês dois estão namorando?
- Você vai se mudar para lá?
- Me passa o número dele?
- Ele conhece outros famosos?
Eu só queria sumir dali, era pedir muito? Como eu poderia me livrar desse bando de gente?
De repente, o sinal toca, fazendo a coordenadora mandarem todos para a sala. Só assim para eu conseguir me livrar desse bando de gente. E o pior é que nem são fãs, são só interesseiros e fofoqueiros.
Quando eu estava entrando na sala, chegou uma notificação, era o Chad.
Chad: Hey, Catarina.
Eu: Oi, Chad. Eu precisava mesmo falar com você, tenho uma pergunta.
Chad: Manda.
Eu: Você sabe dançar?
Chad: Não...? Eu...nunca tentei, tenho vergonha. Mas por que a pergunta?
Eu: Eu fiz uma aposta com o Noah, para quem é o melhor tiktoker.
Chad: Nossa...que bobeira....
Eu: Sim. Mas tem um problema, eu não sei dançar e só conheci o tiktok esses dias.
Chad: Então são dois problemas.
Eu: CHAD!
Chad: Foi mal, mas não posso te ajudar. O que eu recomendo, é você treinar todos os dias.
Eu: Uau, obrigada! Vou fingir que essa não é a opção mais óbvia.
Chad: Mas eu preciso falar com você. É sério.
Eu: Tudo bem, pode falar.
Chad: É o seguinte. Eu não sei como te dizer isso, porque é difícil para mim.
Eu: Chad, a professora acabou de chegar na sala, você pode me dizer amis tarde? Não quero que ela tome meu celular.
Chad: Tudo bem:)

Durante a aula, fiquei pensando no que Chad queria dizer, mas eu arranjei uma maneira de convencer o meu cérebro que era nada importante. Quando eu estava quase chegando em casa, Chad me liga. Mas eu apenas desliguei e falei que já retornava a ligação.
Só que eu havia esquecido, então por volta das sete horas, ele ligou novamente.
- Chad, me....
- Me desculpa.... – Sua voz saiu falha, e foi aí que o meu coração gelou.
- O que foi? O que aconteceu? – Perguntei preocupada, já pensando no pior. Além disso, não era a primeira vez que me ligavam pedindo desculpas. – Chad o que aconteceu? – Perguntei já impaciente, já que o mesmo só respirava pesado no outro lado da linha.
- Me desculpa, de verdade. Eu não queria fazer isso....
- Fazer o que?
- Eu não ia te contar, mas eu sei que você confia em mim, e...eu não podia te decepcionar...mas me desculpa ter feito isso.
- Chad, você está me preocupando, o que você fez?
Eu só conseguia pensar no pior.
- Eu tentei.... – Assim que ele sussurrou aquelas duas palavras, já soube tudo que estava acontecendo. – Eu tentei finalizar com tudo isso....

...

~-~
Me desculpem por postar tarde, eu esqueci KKKKK
Esse negócio de ficar treinando todos os dias, funciona sim ok?
Fã modinha devia ser banido do mundo junto com o Bolsonaro K
Galerinha, em breve nocat volta, quem gostou da um berro.
Na hora que eu estava escrevendo, me coloquei na pele da Catarina, e chorei quando o Chad "falou" o que aconteceu.

Espero que tenham gostado
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