Efeito Borboleta - Noah Schnapp

Chapter thirty-nine

Eu estava perdida em meus pensamentos, até um barulho de notificação chegar.

Inicialmente, pensei que fosse Noah pelo celular da Chloe. Mas não, era outra pessoa:

ChadHoov: Catarina? É o Chad.

Eu: Oi! Como foi o dia na escola?

ChadHoov: Foi normal, eu acho.

Eu: Não foi não.

ChadHoov: Que?

Eu: Noah me falou que você estava mais animado, e conversou bastante com a Chloe.

ChadHoov: Ah sim...a gente conversou bastante. Ela até preferiu passar o horário do almoço comigo, ao invés de passar com seus amigos.

Eu: E você contou para ela?

ChadHoov: Contar o que?

Eu: Sobre o que você tá passando.

ChadHoov: Não. Eu não consegui.

Eu: Tá tudo bem. No início vai ser um pouco complicado, mas depois você consegue se abrir com ela.

ChadHoov: Ehrr...talvez. Catarina?

Eu: O que foi?

ChadHoov: Não conta para ninguém, tá legal? Sobre a minha família e meus problemas. Não quero encher ninguém com meus problemas.

Eu: Pode deixar, eu não conto para ninguém. E olha...seus problemas não é um peso para quem se preocupa com você, ok?

ChadHoov: Ok.

Eu: Agora eu vou ter que copiar a matéria que passaram ontem. Tchau! J

ChadHoov: Tchau! J

Eu estava feliz por ter Chad. Ele é o tipo de garoto adorável que as pessoas gostam de ter por perto. Eu sempre senti um vazio em mim, não sabia o que era. Mas depois de conhece-lo, eu percebi, que eu precisava de um melhor amigo. Alguém que batesse com a minha personalidade. E eu acho que encontrei essa pessoa no Chad.

Agora não é mais só pelo Noah. Eu queria viver em Scarsdale por vários motivos. Pelas pessoas principalmente, mas também porque eu sou mais feliz lá. Aqui eu me sinto horrível. Me sinto presa a um lugar onde nada se encaixa no meu gosto. Mas lá, tem tudo o que eu sempre quis. Amigos brincalhões, fazer besteiras na escola, saídas noturnas para fazer coisas idiotas. Era isso que eu queria, e era isso que eu não tinha. Eu só queria que acontecesse igual nas fanfics, do nada minha mãe aparece e fala: Catarina, nós vamos nos mudar para os Estados Unidos amanhã. Mas não. Não é assim que as coisas funcionam.

Eu não tenho muito o que reclamar na verdade. Eu sou bem privilegiada por poder conversar com Noah quando eu quiser, por ter o abraçado, por ter o beijado. E também eu sou a única entre sete bilhões de pessoas que pode voltar no tempo e refazer as minhas escolhas. Então sim, eu sou privilegiada. Me sentindo num vídeo de "nice mendingos".

Eu tinha que copiar as matérias, assim como eu havia dito ao Chad. Mas a preguiça reinava dentro de mim. Como já tinha tanta matéria na segunda semana de aula?

Mas enfim. Na força do ódio, eu me levantei e fui copiar a matéria.

Encontro consonantal;

Dígrafos vocálicos;

Fonema;

Conotativo e denotativo;

Ambiguidade;
Sério? Pra que tudo isso? Eu sei escrever, e muito bem. Pra quê fazer essas atividades voltadas para a inutilidade? Essas merdas não vão acrescentar nada na minha vida.

Mesmo tendo chorado fazendo os exercícios, eu os completei (ou quase isso).
Eu estava pronta para enfiar a cara no travesseiro e ficar sem fazer nada até o sono chegar. Mas uma ligação interrompe minha ação.
Era Chloe, o que ela queria?
- Oi?
- Hey, Cat. É o Noah. – Me arrepiei ao ouvir sua voz.
- Oi!
- Eu falei que ia manter contato com o celular da Chloe.
- Não demora muito não. – Ouvi a voz de Chloe mais distante.
- Tá legal.... – Se eu estivesse na frente dele agora, eu podia apostar que ele rolou os olhos.
- E sai de cima da minha cama!
- Ai! Para de me bater! – Ouvi um estalo da cama, provavelmente Noah saiu correndo dela.
- Ai, meu Deus.... – Ri imaginando a cena.
- Para de rir. – Ele falou ofegante. – Isso não é engraçado.
- Na verdade, é sim. – Sorri.
- Para você, né? É muito chato ter irmã. – Resmungou.
- É que você nunca dividiu quarto com ela, porque assim você veria o que realmente é chato.
- Tá legal...! Me fale sobre você, estou com saudades.
- Ah...eu não tenho nada para falar.
- Como não? – Perguntou indignado. – Você não levou nenhuma bronca por fugir de casa?
- Minha mãe só falou que ficou preocupada e que estava brava. Mas eu não liguei muito.
- Só isso? Ela não tirou seu celular ou seu computador? Te proibiu de sair ou de fazer algo? Ou sei lá, te obrigou a estudar mais?
- Não....
- Como não? Acho que nossas mães precisam conversar. Você foge do país e só leva uma simples bronca. Já eu fujo de casa e fico sem celular, computador e videogame durante uma semana. Tirando que eu não posso sair com meus amigos e vou ter que estudar mais! – Bufou. – Sua mãe precisa falar com a minha para pegar mais leve comigo!
- Não. Se elas conversarem, é capaz da sua mãe convencer a minha de pegar mais pesado.
- Então é melhor não. Porque senão a gente pode ficar sem se falar se sua mãe fosse mais severa. Então, como você está?
- Bem...eu tô normal....
- Normal? Como assim normal? – Falou num tom de indignação.
- Eu só estou decepcionada comigo mesma.
- Por que?
- Eu não me sinto tão bem quanto antes. Parece que não tem nada em mim que eu goste...sabe? Me dê orgulho...! Sei lá.... Ah...deixa para lá. Esquece.
- Não. Por que você tá assim? E ser a melhor amiga do mundo? Não conta?
- Noah....
- Sério? Isso não te dá orgulho? Você é incrível. É esperta, é bonita, é talentosa. Meu dia melhora mil por cento, apenas ouvindo sua voz. Ninguém tem esse efeito sob mim. Você conseguiu me fazer feliz em um dos piores momentos da minh.... – O interrompi.
- Não era eu! Noah, qual sua dificuldade de entender isso? Aquela Catarina morreu. Eu não faço ideia do que "a gente" viveu naqueles cinco anos! Sei que vai ser difícil, mas por favor, tenta esquecer ela!
- Ehrr...quando eu disse "um dos piores momentos da minha vida", eu me referia quando a gente brigou. Aquela madrugada quando você chegou aqui.
- Mas...foi por causa de mim que a gente brigou. Aonde exatamente eu te ajudei? – Perguntei confusa.
- Cat, se fosse qualquer outra pessoa, eu não teria ficado tão mal daquele jeito. – Explicou. – Você acha mesmo que ninguém nunca falou para mim que eu não tento notar meus fãs?
- Ehrr....
- Claro que as pessoas falaram. Mas apenas você me abalou tanto. Porque você é uma das pessoas mais importantes da minha vida, qualquer decisão que você toma, atinge em muito em mim.
- Ah...Noah...! Você é incrível. Eu te....
- Noah! Já chega! Já ficou tempo demais com meu celular. Eu preciso falar com alguém! – A voz de Chloe me interrompeu.
- Espera! Deixa a Cat terminar de falar...!
- Eu...já terminei. – Falei. – Devolve o celular para a Chloe. Ela já foi gentil demais te emprestando ele.
- Realmente. – Concordou Chloe. – Eu fui gentil demais!
- Tem certeza que você não quer falar mais nada?
- Tchau...? Até amanhã. Eu estou com muitas saudades.
- Eu também sinto muito a sua falta e....
- Ai chega de melação! – Falou Chloe sem paciência.
- Devolve meu celular! – Noah gritou.
- Seu? Tchau Catarina. Amanhã vocês se falam. – Chloe desligou a chamada.
- Tchau.... – Encarei a parede do meu quarto. – O que eu ia falar?
- Catarina! – Minha mãe apareceu na porta do quarto.
- Vai dormir. Você deve tá cansada.
- É. Eu já vou....
Ela saiu andando pelo corredor.
...

~-~

Ok, eu odiei esse capítulo. Me desculpem por fazerem vocês lerem isso. É que minha mente está uma bagunça. Eu odiei como desenvolvi a história e como eu escrevi. Senti que estava errando um bando de coisa.
Mas mesmo assim, eu espero que vocês tenham gostado, ao menos entendido o que eu quis passar.
Comentem o que acharam.
Votem
E até quarta!