44. Recomeço.

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Com um movimento rápido e involuntário eu retorno de volta pra ela, e ela faz o mesmo com um movimento brusco. Nos agarramos pela gola do nosso moletom e fazemos nossas bocas colidirem.

Eu queimo ao sentir seus lábios macios, tão bons nos meus. Ela desliza sua língua dentro de mim com ânsia enquanto agarro seu rosto com posse. Ela me envolve pelas pernas em sua cintura com violência, eu entrelaço forte meu corpo no dela, ofegante.

M: Eu te amo. - Sussurro em sua boca, em meio as lágrimas, enquanto as presidiárias gritam e aplaudem o espetáculo.

Zulema me olha mordendo o lábio com um sorriso, visivelmente feliz. 

R: Você está de brincadeira comigo? - Rizos diz andando em nossa direção em um ritmo acelerado, com os braços estendidos de raiva.

G: Acabou a palhaçada. Todas voltando para suas celas. - Um guarda impede que ela se aproxime, e me afasta do corpo de Zulema com violência. 

Z: Supera que você perdeu e que ela gosta mais de mim, e para de passar vergonha. - Zulema provoca.

M: Zulema, cala boca! - Eu repreendo-a. 

S: Não acredito que ela disse isso. - Ouço Saray sussurrando, atrás de mim. 

Goya ri com vontade, enquanto Tere se aproxima para tentar acalmar Rizos. Mas agora Kabila tem os olhos negros de raiva.

R: Eu juro que agora eu vou te matar! - Ela afirma, antes de empurrar Tere, e correr em direção a Zulema e então, atingi-la com um soco no rosto. 

O guarda que está disponível na cantina, é nitidamente inexperiente. Ele chama por ajuda no rádio, com a voz tremula, e os olhos assustados. 

Eu suspiro ao ver meu escorpião no chão com a mão no lábio ensanguentado. Tento ajuda-lá mas Rizos me agarra e me empurra para trás. Saray entra na frente e agora parece ser a única com força suficiente para segurar a morena. 

R: Se tem uma coisa que eu odeio é gente ingrata e traidora. Eu fiz tudo por você e é isso que eu ganho em troca? - Ela diz para mim magoada e com raiva. 

M: S-Sinto muito, Rizos. Eu deveria ter te contado antes, mas eu não queria te deixar sozinha... - Digo com a voz tremula, com dificuldade em olhar nos olhos dela. 

R: Há quanto tempo isso está acontecendo, hein? Desde que ela voltou? - Ela pergunta revoltada. 

S: Meninas, esse não é o melhor momento de vocês conversarem sobre isso, acalmem os hormônios primeiro... - Saray intervém amortecendo a situação com um sorriso tenso. 

Zulema se levanta do chão fazendo uma careta de dor. Helena oferece a mão para ajuda-la, mas ela recusa. Eu bufo de raiva, antes de voltar atenção para cacheada. 

R: Ela vai te fazer sofrer. Não hesitará em abandona-la novamente. Ela é uma psicopata, e sua cabeça está mais lá fora do que aqui dentro. Você realmente acha que pode construir um relacionamento com ela? - Ela me pergunta aflita, apontando para Zulema, enquanto Saray ainda está na distância entre nós.

Z: A loira é minha prioridade agora. - Zulema diz seriamente, eu olho em seus olhos e sinto algo dentro de mim se mover com essas palavras. 

Rizos ri irônica, olha para mim, e depois se vira para caminhar em direção a árabe. Saray interfere, mas ela levanta os braços em um sinal de paz, mesmo assim, a cigana acompanha cada movimento. 

R: Você nem sabe o que significa cuidar de outro ser humano. Você é um maldito demônio que só sabe acabar com a vida dos outros. Olha o que você com sua própria filha...

Me apaixonei pela minha inimiga - ZURENA.Onde histórias criam vida. Descubra agora