Sala do diretor

1.3K 80 1
                                        

Fui caminhando para a sala do diretor, alguns alunos olhavam para mim, inclusive a Laura com um sorriso maldoso. Subi as escadas lentamente. O que será que o diretor quer comigo? Será que já contaram da luta? Por mim tanto faz, até porque eu não me arrependo de nada. Parei já em frente à porta, onde tinha uma placa com a palavra diretor. Coloquei a mão na maçaneta ainda a pensar se entrava ou se não. Decidi bater à porta, mandaram me entrar e assim o fiz.

- Mandou me chamar diretor?

- Claro. Senta te.- apontou para uma cadeira que estava à frente da sua secretária.

- Acho que prefiro ficar de pé.

- Como tu preferires.- aceitou.- Chamei te aqui, porque queria saber como é que correu o teu primeiro dia de aulas.

- Só isso?- perguntei estranhando.

- Claro ou haverá mais alguma coisa para eu saber?- perguntou desconfiado.

- Que eu saiba não.- respondi cinicamente.- E o meu dia correu lindamente, acho que não podia ter sido melhor.

- Ainda bem.- sorriu.- Se quiseres já podes ir.

- Claro.- acenei e saí da sala do diretor.

Uau, afinal ninguém lhe contou. Ai estou tão aliviada. Olhei para o meu relógio já eram 19h em ponto, logo estava na hora de ir jantar. Desci as escadas indo em direção do refeitório. Encontrei a Rute e a Maria.

- Então como foi com o diretor?- perguntou Rute curiosa.

- Nada demais.- respondi sem entrar em detalhes. Olhei ao meu redor, vi o tal de Joel que estava com o olho negro e com o lábio inchado. Pegamos os tabuleiros e fomos sentar.

- Alice, tu deixaste o Joel todo marcado.- comentou Maria preocupada.

- Mas o diretor não te falou da luta?- perguntou Rute dando uma garfada.

- O tal de Joel não contou. O diretor chamou me só para saber se o meu primeiro dia de aulas tinha corrido bem.- esclareci levando uma colher de sopa à boca.

- A sério que o Joel não contou.- comentou Rute espantada.- Já sei porque é que ele não contou, devia estar com vergonha de dizer que levou de uma rapariga.- disse a rir.

- Será?- perguntou Maria duvidando.

- Acho que a Rute deve ter razão.- concordei com ela.

- Se vocês dizem.- falou Maria e começou a comer.

A Maria é daquelas raparigas também cromas mas um pouco diferentes. Bem digamos que ela é das cromas religiosas se é que isso existe. Ela tem cabelo castanho escuro comprido até o meio das costas, anda sempre com uma trança. Usa uns óculos quadrados e enfim veste se tipo uma freira. Não conseguia entender como é que ela e a Rute andavam juntas. Até porque acho que a Rute não faz o seu tipo. Esqueci de referir que a Maria anda sempre com um terço. Com certeza ela deve rezar por todos. Já tínhamos acabado de comer por isso estávamos no bar com mais alguns alunos. O Joel e o Gustavo também se encontravam no bar. Reparei que o Joel tentava à força toda não cruzar o seu olhar com o meu.

- Sabem estava aqui a perguntar me como é que vocês as duas dão se bem?- elas as duas entre olharam se.

- Dando.- respondeu Rute a rir.- Também nós não andamos sempre juntas. E no dormitório eu dou me mais com a Maria do que com as outras.

- É verdade.- concordou Maria.- Bem se não se importam eu vou ter com os rapazes.- levantou se e foi embora.

- Com que rapazes é que ela foi ter?- perguntei curiosa.

O ColégioOnde histórias criam vida. Descubra agora