Cap 8

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Pl;

Toma no cu, quando eu penso que vai. Sempre tem alguma coisa pra estragar essa porra.

Tô me fodendo bonito.

Suspirei deitando do lado da Nika que me encarou curiosa.

Nika: E então? - passou a unha na minha nuca.

Pl: Tentativa que deu bem errado, ela cismou pô - bufei - Não vai ter jeito pô, difícil mudar a cabeça da Brenda.

Nika: Ela não gosta de mim por causa da viagem? Sério isso? Acho uma coisa tão boba.

Pl: Também acho pô, uma hora ela tira essa parada da cabeça e vai aceitar.

Nika: Vai aceitar o casamento, mas não vai ser obrigada a gostar de mim - suspirou - Eu realmente não entendo, não fiz absolutamente nada pra todo esse ódio.

Pl: Ela é difícil pô, sempre foi - abraçei ela - É questão de tempo, ela precisa se acostumar com isso tudo.

Nika: Se eu te perguntar uma coisa, você surta? - dei de ombros - Você e ela, sei lá, já ficaram?

Pl: Tá maluca? - encarei ela - Nunca porra, caralho Annika. Vai ficar com essas idéias agora? Se foder.

Levantei puto já. Caralho, Brenda é minha filha, de consideração mas é.

Pl: Tu esqueceu que ela é praticamente minha filha? Nunca nem olhei pra ela na maldade porra, não tenho nem coragem de chegar perto dela na maldade.

Nika: Foi só uma pergunta caralho, não precisava agir assim.

Pl: Uma pergunta sem pé nem cabeça né? Coé mano, tu mais que ninguém sabe do carinho que tenho por essa garota. Ajudei a criar ela e tu vem com essas porra de neurose.

Nika: Tá bom Pedro, não quero brigar por causa disso - virou o rosto negando.

Pl: Nem eu, mas olha as coisas que tu vem perguntar.

Ela levantou e ficou andando pelo quarto, que nem maluca. Tá pior que os pacientes.

Nika: Preciso de pedir uma coisa, que vai ser muito difícil pra você. Mas eu preciso..

Pl: Com a cara que tu tá, coisa boa já sei que não é. Solta o verbo.

Apaguei meu cigarro e ela sentou segurando minhas mãos. Tô entendendo nada.

Já veio logo várias paradas na minha mente. Coisa sem cabimento mesmo.

Nika: Eu sei que você ama essa menina, que você se considera um pai pra ela, que você ajudou a criar, ajudou a dar o que comer e beber..

Pl: Fala de uma vez Annika, fica enrolando e não fala porra.

Odeio essas coisas, a pessoa começa a falar e não fala. Só sabe enrolar, em vez de mandar o papo.

Nika: Eu sou psicóloga Pedro e eu acho que ela não te considera no mesmo nível em que você considera ela - apertou minha mão - Vai ser muito difícil pra você eu sei, mas eu quero e preciso muito que você se afaste dela.

Não entendi nada.

Nika: Só se afasta por favor? - passou a mão no meu rosto.

Pl: Se afastar como? Em que parada?

Nika: Em tudo! Para de ir lá, para de ir atrás e foca na gente. Corta o laço que tem com ela, por mim.

Pl: Tu tá chapada? Tá malucona? Olha a parada que tu tá pedindo. Caralho mano.

Nika: Pedro.. por favor - levantei saindo de perto dela.

Pl: Tu tem noção do que me pediu? Não é qualquer coisa porra! Tu tá me pedindo pra abandonar praticamente uma criança. Porra Annika. Não tem como, tu sabe que ela é quase minha filha.

Nika: Mas não é! Pedro, você não é o pai dela. Você se acostumou com essa idéia mas não é. Tá sendo mais difícil pra mim te pedir isso, do que pra você.

Esfreguei as mãos no rosto sem nem saber o que dizer.

Pl: Tu sabe que eu não posso fazer isso porra. Independente da situação.

Nika: Eu tô disposta a te dar um filho, sangue do seu sangue. Se afasta dela por favor.

Meu coração chegou até a acelerar, um filho pô. Caralho..

Nika: Você sempre quis, é o seu sonho não é? Então.

...
NÃO REVISADO

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