Cap 49

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Brenda;

Eu realmente não faço idéia alguma, da onde nós estamos.

Ninguém fez questão de dizer.

Brenda: Psiu. - chamei o Pedro pela milésima vez - Vem cá, é rápido eu juro.

Ele suspirou e caminhou com calma, sentou no braço do sofá e colocou o fuzil entre as pernas.

Pl: Manda teu papo. - todo grosso esse filho da puta.

Brenda: Quanto tempo vamos ficar nesse fim de mundo? - encostei minha cabeça no braço dele.

Pl: Se der tudo certo, amanhã de manhã nós vai pra Espanha. - levantei a cabeça encarando ele.

Brenda: Espanha? - ele assentiu - Não é nenhuma favela daqui né?

Ele riu levantando.

Pl: Não pô. - segurei o braço dele - Qual foi Brenda? Tô trabalhando.

Brenda: Desculpa? - suspirei - Eu sei que sou muito imatura, mas é que do mesmo jeito que tu não gosta que eu fale com o Miguel. Eu odeio que você converse com aquela vaca.. E eu me exaltei um pouco em dizer que tinha acabado.

Eu nem acredito, que tô falando isso. Tô literalmente me declarando pra alguém.

Pl: Desculpada. - balançou a cabeça - Foi mal pô, eu não devia nem tá falando com a Annika..

Brenda: Um beijinho? - dei risada puxando ele que me deu um selinho demorado - Te amo.

Pl: Também pô, te amo. - riu se afastando - Tenho que ir lá pra fora, mais tarde venho ficar com tu.

Concordei e observei ele se afastando, até sumir de vez da minha vista.

E talvez, essa seja a última vez..

Acho que eu acabei fodendo a vida da minha família inteira, de uma só vez. Coloquei um alvo milionário na cabeça de todos nós.

E agora eu tô com um puta medo.

Pelo menos meu vô, minha vó, o meu tio e o meu biso já estão bem longe daqui.

Minha mãe preferiu assim, eles são os mais velhos e não é bom ficar no meio disso tudo.

Escutei um estrondo enorme vir de longe, uma explosão ou algo do tipo.

Meus pais entraram no quarto indo direto em uma caixa enorme. Cheia de coletes, munição e as armas.

Gw: Escuta e faz o que tua mãe mandar, eu amo tu pra porra em. - deu uma tapa na minha cabeça e beijou minha testa.

Não tive tempo de responder, ele saiu correndo e gritando com os soldados.

Rafa: Olha pra mim, tu vai ficar aqui dentro e não vai sair por nada. Vai trancar essa porta e só vai abrir, pra mim ou pro seu pai. Tá entendo? - assenti - Eu amo você.

Brenda: Eu amo vocês, tomem cuidado por favor. - pedi e ela saiu correndo.

Levantei rápido e fui trancar a porta, com o coração na mão.

Me abaixei no canto da sala vazia, mas bem longe das janelas. E não demorou muito tempo para o tiroteio começar.

Tiros, gritos e o meu medo só crescendo.

Brenda: Creio em Deus pai todo poderoso.. - começei a rezar baixo observando o céu.

A cada segundo, os tiros apenas aumentavam e não cessaram de jeito nenhum.

Gritei um tanto alto quando uma das janelas quebrou. E logo em seguida, as outras quebraram e os pedaços se espalharam por tudo.

E aí eu só vi o fogo e senti o impacto do meu corpo contra a parede. E até mesmo senti algo batendo contra meu corpo e rosto.

Um assobio horrível tomou conta da minha audição, as vozes e os tiros ficaram distantes.

Demorou um pouco até eu me recuperar e entender, que se tratava de uma explosão.

Sentei apoiando minhas mãos no chão e foquei em um barulho alto vindo da porta.

Balançei minha cabeça e finalmente a minha audição voltou ao normal.

Então a porta foi derrubada no chão e um policial, obviamente bem mais velho e em boa forma.

É agora que eu morro.

Mas por incrível que pareça, ele estendeu a mão e me ajudou a levantar.

Xxx: Respira fundo e inspira. Tu sabe usar uma arma né porra? Se o otário do seu pai não ensinou, quem mata ele sou eu. Comandante Guimarães, satisfação.

Eu não entendi absolutamente nada do que ele disse. E muito menos o porque ele tá me ajudando.

E para piorar tudo, um rosto muito bem conhecido por mim. Entrou sangrando na sala e pedindo ajuda.

...
NÃO REVISADO.

Pecado Capital  - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora