Cap 48

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Brenda;

Me remecho na cama escutando alguém bater na porta do meu quarto.

Rafa: Brenda caralho. - gritou e eu levantei toda monga para abrir a porta.

O problema dos meus pais, é que são dois escandalosos. Qualquer mínima coisa, fazem um escândalo do caralho.

Abri a porta e minha mãe entrou que nem um furacão, falando sozinha e abrindo meu guarda roupas.

Rafa: Escuta bem o que eu vou te falar. - me puxou - Pega a maior mala que você achar, enche ela com tudo o que você precisa. Agora.

Lá vem.

Brenda: Mãe o que tá acontecendo? Não é nem uma da manhã. - reclamei e ela me deixou falando sozinha.

Rafa: Arruma essa merda logo Brenda Rafaelly, agora! - gritou saindo do quarto.

Respirei fundo e fui pegar uma das minhas malas no meu guarda roupas.

Só parei pra dar uma olhada lá em baixo, pela janela.

Meu pai conversando com os soldados dele, um movimento do caralho. Cheio de gente.

Voltei minha atenção total para minhas roupas, peguei um pouco de tudo e enrolei cada peça com rapidez.

Joguei o meu secador e uma necessaire básica dento da mala. Separei alguns dos meu produtos e dois tênis.

Depois disso, corri me trocar antes que minha mãe surtasse de vez.

Gw: Tá pronta porra? - concordei - Cadê teu celular?

Olhou em volta e eu quase esqueci dele, tirei do carregador e peguei meu fone.

Porém, meu pai tirou o celular da minha mão e tacou longe. Ainda fez questão de pisar em cima.

Brenda: Que porra foi essa? - perguntei indignada.

Gw: Usa o meu. - pegou minha mala - Anda porra, tá esperando o que? Vai pro carro.

Expulsa do meu próprio quarto.

Saí do quarto e desci as escadas rápido, andei até chegar lá fora e quase me jogarem dentro do carro.

Tem coisa muito errada nessa merda.

Rafa: Coloca o cinto. - entrou no carro batendo a porta - Anda William Gabriel.

Gritou pela janela da porta.

Brenda: Mãe, o que foi em? Vocês tão me deixando com medo.. - suspirei colocando o cinto.

Rafa: Agora não Brenda, por favor. - assenti me encostando no banco.

Observei meu pai dar a volta no carro para guardar minha mala e mais sei lá o que.

E depois entrou no carro mechendo no celular.

Gw: Tua mãe e os três mosqueteiros, acabaram de decolar. - disse para a minha mãe.

Como se não fosse NADA demais.

Brenda: Pai, que porra tá acontecendo? Eu até deixaria quieto, mas do jeito que tá.. realmente não dá.

Gw: Tu quer mesmo saber? - virou me encarando - Graças aos Backyardigans, que foram brincar de matar professor. A porra da polícia do Brasil inteiro tá querendo exterminar a nossa raça. Tá satisfeita?

Fiquei quieta e minha mãe, começou a discutir com ele por ter gritado comigo.

E a culpa nem é minha e dos meninos.

Brenda: A culpa é de vocês. - falei mais alto - É óbvio que eles não iam deixar barato, pelo que eu sei vocês dois mataram a gente deles. Sem contar que você mãe, traiu eles e a polícia federal. E você pai, além de matar, querer matar e tentar matar, acabou de leiloar a cabeça deles. Sério que a culpa é minha?

Bufei abrindo a janela e procurando o imbecil do Pedro.

Brenda: E só pra constar, eu matei um pedófilo em legítima defesa. - suspirei - Cadê o Pedro?

Voltei minha atenção para os dois, não sabem nem o que falar. Eu tô certa mesmo.

Gw: No carro de trás. - concordei virando um pouco e nem dava para ver.

Vidro escuro, tanto o dele como o nosso.

Me ajeitei no banco, bem mais aliviada. Porém ainda estou com um puta medo.

Sei muito bem que a polícia não desiste fácil. Ainda mais quando é por um deles.

E principalmente, se é alguém importante ou que vale muita grana.

E se parar pra pensar por um minuto, o meu pai é o traficante mais procurado do Rio de Janeiro.

Importante e automaticamente, muito valioso. Tanto vivo..

Ou morto.

...
NÃO REVISADO.

Pecado Capital  - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora