Cap 52

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Brenda;

Acho que fiquei fora de mim por alguns segundos. Não me mechi e nem falei um a.

Pl: Brenda. - gritou me chacoalhando. - Tá doendo?

Brenda: O que? - perguntei e só aí me dei conta que meu braço tava sangrando. - Não..

Deixei ele falando sozinho e fui em direção aos meus pais.

Brenda: Pai.. - me abaixei. - Mãe a gente tem que levar ele pra casa e chamar a Emily..

Rafa: Brenda, não dá mais.. - neguei empurrando ela.

Brenda: Dá sim, o meu pai não vai morrer. Liga pra ela, por favor.. - ela concordeu pegando o celular.

Ok, eu consigo.

Posicionei minhas mãos no peito dele dele e fiz o que aprendi na aula de primeiros socorros.

Até que ele abriu os olhos e um alívio imenso surgiu.

Gw: Mas que porra. - reclamou baixo e me olhou todo assustado.

Sentei do lado dele ainda em choque, abraçei meus joelhos e tentei me acalmar.

Minha mãe veio rápido e começou a conversar com ele. Parece que ele tá bem confuso.

Ergui um pouco a minha cabeça e encarei o Bruno no chão. Ele morreu por mim.

Caralho.

Pl: Ei. - abaixou na minha frente. - Levanta pô, tu vai comigo. Eles vão levar teu pai lá pro morro, a médica tá indo pra lá.. vem.

Me ajudou a levantar e foi me puxando.

Brenda: Eu quero falar com ele. - senti meu braço doer um pouco.

Pl: Amor, agora não dá. Geral tem que sair daqui, se brotar mais verme nós não tem chance.

Concordei e caminhei atrás dele. Que loucura, meu Deus.

Ele abriu a porta do carro pra mim, todo bonitinho.

Entrei no carro colocando o cinto e esperando ele entrar. Pelo retrovisor vi minha mãe, meu pai e os soldados que sobreviveram.

Pl: Bora então? - balançei a cabeça positivamente e ele logo ligou o carro dando partida.

Encostei minha cabeça no vidro da janela e fiquei quietinha.

E foi nesse tempo que eu acabei dormindo e não vi o tempo passar.

...

Pl: Tá melhorando pô, é o que importa. - enfaixou a queimadura do meu braço. - Quer colocar no pescoço?

Brenda: Não precisa.. - sorri fraco observando a cicatriz no meu pescoço e ele ainda bem roxo. - Meus pais?

Pl: Teu pai tá deitado. - coçou a cabeça nervoso, lá vem.

Brenda: Uhum, depois vou falar com ele. Sabe se já mandaram alguém buscar, o corpo do Bruno?

Ele sentou do meu lado e concordou.

Pl: Ele te contou? Que tava apaixonado? - cruzou os braços.

Brenda: Contou e me beijou. - falei ainda em choque. - Foi tão do nada, você sabia como?

Pl: Ele me contou pô, tem uns dias já. Disse que tinha que contar pra alguém e ia ser eu mermo. - riu.

Brenda: Ele me deu um papel cheio de números e uma correntinha. - ele balançou a cabeça sorrindo fraco.

Pl: É uma conta, ele dizia que ia deixar uma grana foda contigo. Sem mulher e sem filhos, sobrou pra tu.

Assenti ainda notando o nervoso dele. Coisa que já tava me deixando nervosa.

Brenda: Que foi em? - abraçei ele de lado. - Tá tão inquieto..

Pl: Teu pai pô.. ele não lembra de porea nenhuma desde quando tua mãe engravidou e aconteceu aquelas porra toda.

Soltei ele devagar procurando humor nas palavras dele.

E aí eu percebi que ele tá realmente falando sério.

...
NÃO REVISADO.

Pecado Capital  - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora