Cap 47

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Brenda;

Nem me lembro quando foi que me deram banho, pela última vez.

E cá estou eu, esperando o Pedro terminar de me ensaboar.

Pl: Posso? - aí que vontade de socar a cara dele, lerdo demais.

Brenda: É pra isso que tu tá aqui né? Vai logo. - suspirei balançando a cabeça.

Pl: É assim? - concordei mordendo meu lábio e segurando um belo de um gemido.

Ele com certeza, não sabe como lavar. Mas tá perfeito desse jeitinho.

Pl: Que horror, se aproveitando do meu coração e das minhas humildes intenções. - riu levantando.

Brenda: Você que se aproveitou da minha ingênua pessoa. E isso pode ser considerado es.. - ele botou a mão na minha boca.

Pl: Tá falando merda já. - me abraçou pela cintura, levemente me apertando.

Brenda: Tá me machucando. - reclamei e ele me soltou um pouco - Dá um beijinho.

Fiz bico e ele me beijou cheio de cuidado. Achei até fofo.

Pl: Vou me secar e tu espera um pouco aqui. Beleza? - concordei.

Observei ele sair do box, pegar a toalha e se secar rápido. Aí colocou a toalha na cintura e veio desligar o chuveiro.

Tô me sentindo uma boneca. Só falta me carregarem, até comida alguém tem que me dar.

Pl: Vai vestir o que? - passou a toalha com cuidado nos meus braços.

Brenda: Uma camisa sua, seria perfeito. - ele ficou me olhando mais um tempão - Qual foi?

Pl: E o que mais? - dei risada - Só a camisa? Nem uma calcinha de bichinho?.

Neguei rindo.

Brenda: Só a camisa mesmo, hoje é dia da Brendinha respirar ar puro. - gargalhei alto observando a expressão dele.

A coisa mais linda.

Pl: Vou pegar, já vou aproveitar pra limpar teu pescoço.

Saiu andando para fora do banheiro, já eu me sentei no vaso fechado e fiquei esperando.

Até que o bonito demorou. Quase dez minutos, não sei porque.

Pl: Querida, cheguei. - parou na porta fazendo a tal pose de bandida - Deixa eu limpar logo isso aí.

Nem falei nada, só deixei ele limpar pra poder colocar outro curativo.

Porém, eu não controlo e nunca controlei a minha língua. Então eu tive que perguntar.

Brenda: Demorou por que? - perguntei enquanto ele prendia o curativo.

Pl: Demorei? - aí que sonso - Foi mal, tava trocando um papo com tua mãe. Relaxa.

Brenda: E eu posso perguntar para ela? - levantei deixando a toalha que estava em volta do meu corpo cair no chão.

Ergui meus braços e ele colocou a camisa em mim.

Brenda: Eu tô falando com você Pedro. - segurei o braço dele - Tá querendo fugir do assunto por?

Pl: Tu que fica com paranóia, enchendo meu saco. - pendurou a toalha.

Concordei com ele e fui direto para a minha cama. Que idiota.

Pl: Gosta de fazer drama né? - riu e eu só encarei ele.

Não tô vendo graça alguma.

Brenda: Mete o pé. - apontei pra porta - Vai embora, não quero tu aqui. Vai.

Pl: Qual foi? Vai ficar nessa putaria mesmo? - sentou na minha frente - Porra, não complica.

Brenda: Tá me achando com cara de otária? É isso? - falei um tanto alto, minha garganta ardeu inteira - Hum?

Pl: Tu vai se machucar caralho. Eu atendi a Nika pô, foi só isso. - segurou minha mão.

Claro, tinha que ser a Nika.

Brenda: Ela te liga e você atende.. Algo me diz que não é a primeira vez. - puxei minha mão.

Pl: Converso com ela direto, só na amizade. E ela ligou pra saber de tu, pô. - balançei a cabeça.

Porque diabos eu quero chorar? Pior, na frente dele.

Brenda: Nossa, você é muito otário. Vai embora, vai. - suspirei desviando o olhar - Só saí daqui..

Pl: Tu não tem maturidade pra conversar, desse jeito fica difícil caralho.

Brenda: Se não tá satisfeito, a porta da rua é serventia da casa. Acabou.

Engoli em seco e segurando o choro. Ele só levantou e saiu, ainda fez questão de bater a porta.

...
NÃO REVISADO.

Pecado Capital  - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora