Cap 37

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Brenda;

Sabe quando você leva um susto tão grande, que até a alma saí do corpo.

Foi bem isso que aconteceu.

Pl: Se segura aí maluca. - levantou rápido e eu encostei minha cabeça na parede do lado da janela.

Estava eu plena escalando a parte de trás aqui de casa, pra pular a janela aqui do quarto.

E do nada esse ser abençoado espirrou, bem na bendita hora que eu fui entrar.

Resumindo, quase cai com a janela e tudo. Lá em baixo.

Brenda: Acho que minha pressão caiu até. - respirei fundo saindo dali - Não faz mas isso não, quase morri.

Pl: Foi mal gatinha, não foi minha intenção. - ele está nitidamente segurando a risada.

Brenda: Quer ver eu jogar você, por essa janela? - bufei sentando na cama - Tá fazendo o que aqui?

Ele riu sentando do meu lado.

E agora sim, eu estou com total vergonha. Socorro!

Pl: Teu pai, veio falar comigo. - concordei e o nervoso já subiu - Tá liberado e pá.

Brenda: Liberado o que? - sorri nervosa.

Pl: Larga mão de ser otária, tu sabe pô. Nós dois. - apontou - Coé Brenda, primeiro que eu tretei com tua mãe, segundo teu pai me quebrou e terceiro, tu me deu um fora na frente deles. E eu vim de novo aqui, se não quer fala logo.

Respirei fundo sem ter o que falar.

Tem momentos em que meu cérebro trava. Momentos como esse de agora.

Brenda: Deixa eu só assimilar tudo, um minutinho. - ri olhando pro chão.

Pl: Brenda. - encarei ele - Não tenho todo tempo do mundo garota.

Brenda: Não mesmo. Quanto tem na sua conta? - cruzei os braços e ele riu - Tenho que garantir meu futuro né.

Pl: Não tenho muito pô, mas é suficiente pra nós dois. - sorriu e eu fiquei mais nervosa ainda.

Brenda: Isso foi tão fofo. E eu não faço idéia do que dizer. - suspirei sentindo meu rosto esquentar.

Pl: Se eu sair daqui, tu bota na cabeça que eu não quero mais. Manda o papo porra.

Que situação.

Respira, inspira, pensa e decide.

Brenda: Porque não, né? - ri baixo - Tá, eu quero.

Pl: Eu não fazia idéia. - debochou e veio pra perto de mim - Posso?

Brenda: Uhum. - balançei a cabeça e ele juntou nossas bocas.

Pelo menos dessa vez, é um beijo de verdade. E eu tô retribuindo.

Um beijo lento, muito gostoso e que se durar muito, vai acabar em muito mais que só um beijo.

Pl: Opa, vai com calma e deixa essa mãozinha quieta. - segurou minha mão se afastando.

Brenda: Chatinho em. - reclamei encarando ele - E então?

Pl: Então o que? - dei risada me deitando na cama - Tá com sono?

Brenda: Muito sono. Vai ficar por aqui? - balançei minhas pernas colocando em cima dele.

Pl: Quer que eu fique? - tirou meu tênis e jogou no chão.

Brenda: E você quer ficar? - ele riu e bateu na minha coxa.

Pl: Vai pro canto, gosto de dormir na beirada. - rolei para o canto me encostando na parede.

Brenda: Eu gosto de dormir agarrada em alguém, ou no travesseiro. - sorri pra ele - E alguém tem que apagar a luz.

Ele levantou reclamando e foi apagar a luz.

Demorou um pouco, pelo que eu ouvi ele tava tirando a roupa. Então só fiquei quietinha e esperando.

Pl: Quarto escuro do caralho. - reclamou depois de bater o pé - Vem pra cá.

Fui me ajeitando com a cabeça no ombro dele e a mão do outro lado, no pescoço.

É tão diferente isso. Tão novo e estranho.

...
NÃO REVISADO.

Pecado Capital  - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora