O relógio que adornava o pulso da agente de autoridade exibia um horário próximo da meia noite e meia quando a própria e Mário — o seu parceiro em cada cumprimento do expediente —, que dominava o volante da viatura alegórica à força de segurança que os empregava, aproximavam-se do parque exterior, destinado ao estacionamento de veículos, e onde se encontrava o da propriedade da natural da cidade capital, imobilizado em uma vaga das inúmeras vagas disponíveis, passível de apropriação.
— Vemo-nos amanhã, Vilela. — O adepto do clube sob a presidência do médico Frederico Varandas apresentou as suas despedidas para com a morena, no momento em que blocou o automóvel azul e branco próximo do que pertencia à apaixonada pela modalidade do surf.
— Conduz com cuidado, Fortuna. E avisa-me assim que chegares a casa. — O membro da força policial demandou o colega de profissão, enquanto lhe apontava o dedo indicador, provocando a risada que escapuliu por entre as cordas vocais do sócio da instituição verde e branca.
— Sim, mãe. — Não obstante o pitoresco sorriso que lhe ornava os lábios, o originário de Sesimbra manifestou-se inábil a camuflar o seu aborrecimento, conquistando como imediata reação o erguer do dedo do meio, por parte da primogénita do casal Pedro e Luíza.
Assim que a de azuis íris pisou o asfalto repassado de água, e fechou a porta do passageiro atrás de si, expectou que o veículo cujo volante era controlado pelo, igualmente, amigo, desvanecesse do seu campo de visão, antes de ser confrontada pela imagem de Mateus que, até então, se havia conservado sentado num espaço acobertado, com o intento de proteger-se da ligeira precipitação que, intermitentemente, assolava a "menina e moça".
Um breve risada escapuliu por entre as cordas vocais da neta dos brasileiros Isaac e Manoella, assim que as suas órbitas cativaram os sacos de papel alegóricos à mais famosa cadeia mundial de hambúrgueres — a empresa norte-americana McDonald's —, e dos quais emanava um aprazível aroma, integralmente, de ampliar o apetite que, por consequência do cumprimento do expediente, surgira.
— Como é que conseguiste fazer com que o Ribeiro te levasse ao Mac? — Com humor, a morena inquiriu, mencionando o parceiro do irmão, no decorrer do tempo em que abancava à ilharga do mesmo, segurando o objeto que encerrava a refeição e desobstruía o acesso ao interior daquele. — Ah, compraste-me o BigTasty! — Não concedendo qualquer oportunidade para o rapaz conceder uma réplica à anterior questão por si apresentada, Mariana exclamou, resgatando o alimento da caixa de cartão de uma exígua dimensão. — E não te esqueceste do meu amor pela tarte de maçã! — Aditou, sendo brindada pela imediata gargalhada do nascido no ano civil de mil novecentos e noventa e oito, que a contagiou. — É impressão minha ou o hambúrguer ficou, subitamente, maior?
— Não, Mar', acho que é apenas a tua fome. — Patentemente recreado, o amante do desporto-rei replicou, enquanto cravava os dentes no pão do CBO, a sua escolha de eleição, e conduzia um diminuto número de batatas fritas em direção à boca.
— Ok, talvez, tenhas razão. — A primeira herdeira da parelha luso-brasileira reconheceu, reproduzindo os exatos gestos do rapaz e mordendo o primeiro pedaço da sua refeição. — Como foi a tua noite? — Interrogou, após ingerir um trago da sua água, e certificar-te que a sua questão seria inteligível para o funcionário do Estado.
— Calma, como usual. — Mateus outorgou-lhe uma consecutiva réplica, na companhia de um erguer de ombros. — E a tua? Algum episódio caricato como aquele em que tu e o Fortuna correram, que nem loucos, atrás de um grupo de adolescentes? — Ao rememorar a recente narração da irmã, o sócio da instituição objeto de fundação por Cosme Damião inquiriu, não contendo uma fraca risada.
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Morena | Rúben Dias
FanfictionOnde Mariana reencontra o amor que nunca lhe souberam mostrar nos braços do rapaz que, de melhor, o soube dar. "Ela é sol, é verão É poema, é canção que alegra o meu coração Morena, me encantei com o seu jeito de olhar"