Capítulo Trinta e Nove

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Uriel Castro

Termino de me trocar, usando agora uma roupa mais leve, shorts e regata. Volto para o quarto e encontro Dylan usando apenas uma bermuda de pano mole, mas sem camiseta. Já percebi que ele ama estar nu da cintura para cima.

Deve ser para me causar um infarto mais cedo, porque não é possível!

- Vamos? Os meninos querem ir ao rio. - Dylan diz assim que nota minha presença e sorri para mim.

- Vamos andando? - Pergunto, me sentindo cansado só de pensar na ideia.

- Não, vamos de cavalo ou, no nosso caso, égua. - Ele brinca e pega um frasco de protetor solar, estendendo em minha direção. - Passa pra mim? Ainda não alcanço minhas costas.

- Ah, claro! - Falo e pego o frasco, me aproximando dele.

Coloco uma boa quantidade de protetor em minha mão e então começo a passar pelas costas de Dylan, sentindo sua pele um pouco quente. E, nossa! É bom tocar ele assim.

Ok, quando nós nos beijamos ou nos abraçamos, eu toco ele, mas sou um pouco tímido ainda, então sempre cálculo meus movimentos, por assim dizer.

- Agora tira a regata pra eu passar em você. - Dylan diz, assim que termino meu trabalho.

- Ah, não precisa. - Falo e chego a dar um passo para trás, mas ele revira os olhos para mim.

- Sem vergonha, Uriel, eu já te vi sem camisa antes. E se você volta queimado para casa, é capaz do seu pai me xingar. Então não dificulta as coisas, amor. - Ele diz e eu solto um suspiro, me dando por vencido.

- Ok! - Concordo e tiro minha regata, ficando apenas de shorts.

Dylan sorri satisfeito e então começa a passar protetor solar em mim como se eu fosse uma criança pequena. Ele não passa só nas minhas costas, e sim em todos os lugares possíveis que possa queimar.

- Eu me sinto um bom namorado fazendo isso. - Ele diz, assim que termina, realmente orgulhoso da sua tarefa e é impossível não rir.

- Você é um bom namorado. - Falo e pego seu rosto em minhas mãos, deixando um beijo rápido em sua boca. - Agora vamos, não quero ouvir piadinhas.

- Impossível! - Meu namorado retruca e pega uma mochila em cima da cama, entrelaçando nossas mãos em seguida.

Descemos até o andar debaixo e encontramos todos na sala de estar, já prontos para irmos. Seguimos até o estábulo e há uma comoção para escolher os equinos. Dylan e Breno são os primeiros a pegar um animal, já que cada um já tem o seu.

Fico encantado com a água de Dylan, que é totalmente branca, os pelos chegam a brilhar. Os olhos são de um caramelo intenso e eu fico totalmente apaixonado pelo animal.

- Posso tocar nela? - Pergunto ao meu namorado, que está colocando a sela nela.

- Sim, mas toma cuidado. Ela não é agressiva, mas ainda não te conhece. - Ele responde e eu assinto, me aproximando aos poucos do animal.

Sorrio para Iris e lentamente estendendo minha mão, tocando seu rosto com cuidado. Ela parece um pouco desconfiada no começo, mas então empurra seu rosto contra minha mão, como se pedindo mais carinho.

- Pronto, vamos? - Dylan chama minha atenção e percebo que ele já terminou seu pequeno trabalho.

Concordo com um aceno e saímos do estábulo, vendo que os outros já escolheram seus animais. Menos Camilo.

- O quê? Não me olhe assim, não sei andar nisso não! - Meu amigo diz, estando bem agarrado as costas de Marcos.

- Sei! - Falo com deboche.

Maktub | Livro 01 - Trilogia Destinos [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora