Uriel Castro
Termino de tomar meu banho e me enrolo na toalha felpuda. Meu peito ainda dói, minha cabeça parece pesar uma tonelada e sinto que estou ficando um pouco febril. Saio do banheiro e não me surpreendo ao ver Dylan parado em frente à porta, pronto para entrar caso acontecesse algo comigo.
Percebi o quanto ele ficou assustado com toda a situação, assim como eu. Eu entendo que Dylan têm um medo muito grande da perda e não quero que ele sinta isso comigo.
- Ei, eu estou bem, amor. - Sorrio para ele, mas meu namorado não parece convencido.
- Não me parece. Vai se trocar, meu tio vai examinar você. Ele está falando com seus pais agora. - Ele diz e isso me faz suspirar.
- Eles vão enlouquecer. - Falo, frustrado.
- Vão sim. - Dylan diz e deixa um beijo em minha testa, me deixando livre para trocar de roupa.
Respiro fundo e sigo até o pequeno closet que há no quarto. Coloco meu pijama quentinho, pois não tenho a menor vontade de sair do quarto e sinto que vou dormir em pouco tempo.
Volto ao quarto minutos depois e encontro não só Dylan no quarto, mas também Marcos e Alfredo.
- Como se sente, querido? - Meu sogro pergunta, claramente preocupado.
- Minha cabeça está um pouco pesada e meu peito dói. E acho que estou com febre. - Falo e levo minha mão até minha testa, querendo sentir minha temperatura.
- Eu vou te examinar, tudo bem? Já conversei com sua mãe e ela me disse quais remédios posso te dar. - Alfredo diz e eu assinto, um pouco surpreso por saber que ele é médico. Breno nunca me disse esse fato.
- Tudo bem. - Respondo e sigo até à cama de casal, me sentando na beirada.
Chamo Dylan com minha mão e ele vêm até mim, se sentando ao meu lado. Sua mão se entrelaça na minha e esse gesto me deixa mais seguro.
- Eles querem que eu volte, não é? - Pergunto após alguns segundos, vendo Alfredo abrir uma maleta que está em cima da cômoda.
- Não vou mentir, seus pais surtaram quando contei sobre o afogamento. Eles queriam sim que você voltasse, seu pai até propôs vir te buscar, mas eu consegui convencer os dois que está tudo bem por enquanto. E, se caso você der algum sinal de que há algo errado, nós vamos embora. - Marcos explica e eu concordo com um aceno.
- Me desculpem por isso, eu nem sei como fui me afogar de uma maneira tão boba. Eu sei nadar desde os quatro anos e hoje foi algo surreal. - Falo em um suspiro.
- Uriel, pelo amor de Deus! Por que está pedindo desculpas? Isso poderia acontecer com qualquer um, anjo. - Dylan diz ao meu lado e me abraça, me aconchegando em seus braços.
Não o respondo, ainda não consigo aceitar o que houve e só de me lembrar daquela sensação horrível de falta de ar, eu sinto todo meu corpo se arrepiar.
Fico alguns segundos abraçado a Dylan, até que me afasto, deixando Alfredo me examinar. Isso leva alguns minutos e após ele me dá um remédio para dor e febre que começou.
Assim que termina a minha pequena "consulta", Alfredo e Marcos deixam o quarto, me fazendo prometer que se eu sentir algo, chamar por eles.
Me deito na cama confortável e puxo o endredom grosso para cima do meu corpo, me ajeitando melhor na cama. Olho para Dylan, que me observa calado. Arqueio uma sobrancelha para ele, que balança a cabeça em negação e ri.
- Vou tomar banho, ok? - Ele diz e eu concordo com um aceno.
O observo seguir até o banheiro do quarto e fecho meus olhos quando a porta bate. Me sinto um pouco sonolento e quase pego no sono, mas o barulho do meu celular me impede.
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Maktub | Livro 01 - Trilogia Destinos [DEGUSTAÇÃO]
RomanceLIVRO COMPLETO DISPONÍVEL PELA AMAZON!!!! Um segundo pode mudar tudo. Pode ser o fim de uma vida, mas também a continuação de outra. Uriel e Dylan nunca se viram na vida, mas a ligação deles começa no mesmo instante em que Uriel recebe uma parte im...