Capitulo 8- os 100 pontos

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Harumi

Levar a roupa até o banheiro nem é tão difícil assim, no segundo dia aqui eu já deveria ter em mente que não tenho mais um quarto só meu. De qualquer forma, pelo menos serviu para me dar tempo de pensar sobre como explicar sobre a fotografia.

Não menti inteiramente, ocultei alguns detalhes como: além de amigos nós namoramos por 2 anos. Um pequeno detalhezinho. Porém, como sou péssima em mentir, vou acabar com isso hoje, assim que ele questionar.

Nara Shikamaru, como você pode estar sempre complicando em algo na minha vida? Se bem que, devo uma a ele depois de ontem, eu provavelmente teria que envolver a faculdade já que não consideraria pedir ajuda ao Naruto ou ao Kiba.

Bom, o que passou, passou. Agora, o importante era terminar de me arrumar e entrar num táxi. Parecia até coisa de filme, eu estava mesmo vivendo nessa moderna capital e indo conhecer mais um dos locais da minha lista. Uma lista de desejos que venho aumentando desde que consegui minha vaga em jornalismo aqui há seis meses.

Ao ouvir a porta bater, inclinei-me despreocupada para pegar minha calça skinny de cintura alta clara e uma blusa verde militar de manga longa, onde o decote se amarrava no meio. O tecido era leve, apropriado para o dia e como a abertura era um pouco reveladora demais, eu completei o vão com dois colares finos de prata (um longo e outro mais curto).

Prendi o cabelo num alto rabo de cavalo, passei um perfume suave de lavanda e pus um tênis de cano baixo branco. Por fim, coloquei minha carteira, chave do quarto e celular numa bolsa preta transversal e fechei a tarraxa do meu brinco pequeno de prata. Coloquei as roupas sujas e a toalha molhada no cesto e saí do dormitório, encontrando Inuzuka encostado na parede do corredor.

- Vamos?- tranquei a porta e perguntei.

- Meu Deus, eu mereço tudo isso?- colocou os óculos de sol no cabelo e olhou-me de baixo para cima, incrédulo.

- Eu não me arrumei só pra você, não seja tão convencido.- pus a mão na cintura e sorri, provocando-o.

- Poxa, nem um pouquinho?- deu um passo à frente e franziu as sobrancelhas.

- Ok...talvez uns 50%- desviei o olhar, ruborizando um pouco com a aproximação repentina.

- Hmm, agora podemos ir.- sorriu pegando o celular do bolso e abrindo o app da uber.

- Ah se for assim eu retiro, vai tentar encerrar sem nem um elogio, Inuzuka? Menos 10 pontos.- comentei balançando a cabeça em negação.

- Dizem que um olhar vale por mil palavras, Matsuno.- colocou os óculos de novo.

- Menos 5 pontos por tentar escapar com essa desculpa esfarrapada.

- Me dá um crédito, estou tentando funcionar com fome aqui, Harumi.- me ofereceu o celular para preencher a barra de destino em branco.

- Certo, devolvo os 5 últimos pontos.- peguei o celular da mão dele para digitar o endereço que memorizei.

- E que negócio são esses de pontos?- cruzou os braços, impaciente.

- Um método meu, você começa com 100 pontos e aí vai perdendo a cada mancada.- continuei olhando para a tela, que agora procurava um motorista.

- Interessante, o que acontece se eu zerar? Não que isso seja uma possibilidade comigo.- afirmou como se fosse algo óbvio.

- Você estaria descartado como interesse amoroso, eu paro de investir com 50 pontos.- expliquei, devolvendo o aparelho dele.

- Não acha que é meio frio julgar seus "candidatos" com cálculos?

Consequências || Kiba x OcOnde histórias criam vida. Descubra agora