Capítulo 11- shikamaru nara

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Harumi

Seu passado amoroso era traumático, o que justifica a fama de cafajeste na universidade. Quem gostaria de se envolver num relacionamento depois disso? Ser traído e ainda expectar a cena, ou ele reagiria dessa forma ou fugiria de todas as mulheres.

Sabe, ainda que eu devesse escutar ambos os lados da história para julgar corretamente, eu queria ficar ao lado dele.

Quando nos abraçamos, quis prometer que comigo, ele nunca teria de se preocupar. Porém, seria precipitado demais, eu provavelmente o assustaria. Senti raiva da Ino por tê-lo feito sofrer tanto, do Sai por não ter tido consideração, e de Sarah por apoiar a mentira até hoje. Se tem algo que não suporto, é traição.

"Deus, como eu fui escolher cursar jornalismo? Não sou capaz de me manter imparcial nem nessas situações...Sarah também é minha amiga"

Limpamos os cacos de vidro deixados pelo porta-retrato e os embalamos adequadamente com papéis, para que não cortasse ninguém na retirada. Kiba insistiu em fazer curativos em minha mão, sentamos na cama dele enquanto ele passava o antisséptico e cortava o esparadrapo em pedacinhos.

- Pronto.- preencheu os leves cortes em minha mão com facilidade.

Era o mínimo a se esperar de um estudante de medicina veterinária, mas mesmo assim, ele me impressionou. Inuzuka tinha um toque suave, contrastando com o que sua personalidade, muitas das vezes, indicava.

- Obrigada, Kiba.- sorri singela- Não precisava se preocupar.

- Precisava e foi super simples também, não vou nem te cobrar.- respondeu sorrindo e recolhendo o frasco.

- Você tá me devendo pelo almoço!- disse para perturbá-lo e ele logo mudou a expressão.

- Ei...eu vou pagar tudo no próximo encontro, ok?- franziu as sobrancelhas, falando nervoso.

- Era brincadeira!- peguei sua mão e dei risada- Você sabe que eu não me importo.

- Ainda faço questão de pagar.- fez um bico e desviou o olhar.

Obviamente, eu não vou permitir que ele pague tudo. Só que, era uma discussão que prefiro deixar para resolver na hora. Vou mudar de assunto:

- Você é muito bom nisso.- levantei a mão machucada- Se eu quebrar algum osso, vou fazer questão de pedir que você me enfaixe.- pisquei e ele riu.

- Hmm, vou atender só porque você é muito bonita.- ele brincou.

- Ah é? Menos 8 pontos.- soltei a mão dele.

- Esse negócio ainda tá valendo?- se aproximou do meu rosto- E isso nem faz sentido, eu te elogiei!- sua voz emanava preocupação e fingi uma cara de decepção.

- Quer dizer que você vai selecionar suas pacientes assim é, Inuzuka?- perguntei, me aproximando também.

- Harumi sinceramente, eu estudo para atender animais.- caímos na gargalhada.

- Ok, eu vou devolver seus 8 pontos.

- Amém.- suspirou, fazendo sinal de reza com as mãos.

Kiba se afastou para guardar o antisséptico e a caixinha de esparadrapos. Aproveitei para responder a mensagem do grupo da família, mentindo que saí com minha colega de quarto. Meu pai era ciumento, seria complicado explicar que no meu segundo dia aqui já estou saindo em encontros.

- Kiba, você não quer procurar uma maquininha de comida?

- Você já está com fome?- pôs a mão na nuca e parou em frente a cama.

Consequências || Kiba x OcOnde histórias criam vida. Descubra agora