Capítulo 19- Evidências e Consequências

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Olá, pessoal. Espero que gostem desse capítulo e comentem porque eu acho que ficou um pouco emocional demais, pelo menos para mim. Não sei se ficou como vocês imaginariam, mas, coloquei aqui mais uma vez meu coração, me posicionando justamente no lugar dos personagens, e imaginando como se sentiriam em tal situação. Não sei se ficou um bom capítulo, mas foi escrito com toda a verdade e sinceridade do meu coração. Obrigada por tudo. Beijos

ANNE

Ela estava em um parque de diversões, caminhando sem rumo, atraída pelas luzes que a arrastavam para o meio da multidão que se aglomerava por todos os lados, rindo, conversando, se divertindo em todas as atrações feitas especialmente para aquele tipo de evento. Porém, o barulho a incomodava, a fazia sentir o medo se espalhar por seu sangue da mesma maneira que o suor escorria pelo seu rosto, e tudo o que ela queria fazer era fugir, andar o mais rápido que pudesse, se misturar com todo o tipo de gente, pois sentia que o perigo estava logo atrás dela. Anne continuou a andar sem uma direção exata, seus pés a levando para mais longe que conseguisse ir, porque enquanto estivesse caminhando, ele não a alcançaria. Ela virou em uma curva e entrou em uma sala onde se perdeu em meio a um milhão de espelhos que projetavam sua imagem de todas as formas e tamanhos, e foi então que ouviu uma voz que congelou seu coração de horror:

- Pensou que escaparia de mim, ruivinha? Não adianta fugir, pois vou te encontrar onde quer que esteja.- a risada horrenda a fez tapar os ouvidos, enquanto as imagens no espelho mudavam para olhos verdes macabros, se misturando com o reflexo de Daniel.  Ela queria sair dali, mas, estava presa ,não encontrava a porta da libertação, assim como o som das gargalhadas entrava em sua cabeça enlouquecendo-a aos poucos. Ela gritou, e então, sentou na cama banhada de suor, seu corpo inteiro tomado pela febre que a fazia tremer.

Anne olhou ao seu redor e entendeu que estava na segurança de seu quarto, e que as lembranças de minutos atrás faziam parte de um pesadelo criado por seu subconsciente para jogá-la de novo nas garras da sua loucura. Respirando fundo, ela se levantou e encheu um copo com água tomando-o de uma só vez, sedenta por conta do calor que crescia dentro dela, enquanto a febre chegava a picos assustadores. Ela apertou a campainha de seu quarto, e Irina veio a seu encontro rapidamente. Um olhar e ela notou o rosto de Anne corado demais, assim como seus lábios adquiriam uma coloração vermelha sangue, que indicava a alteração da temperatura em seu corpo. Assim, ela colocou o termômetro e após alguns segundos, Irina notou que a febre chegava a quarenta graus, dando-lhe uma clara indicação de febre emocional.

Deste modo, a boa enfermeira fez Anne tomar a medicação própria para esse tipo de situação, e enquanto esperavam a temperatura baixar, Irina perguntou:

- Anne, sabe o que causou seu atual estado febril?- normalmente ela não perguntaria esse tipo de coisa a um paciente, pois em casos de febre alta assim, eles se mantinham em um estado de delírio, e não saberiam explicar os sintomas e sensações que tomavam conta de seu corpo, como também não saberiam dizer qual foi o gatilho que desencadeou a crise, mas, Anne parecia bem lúcida apesar do rosto corado e os olhos brilhantes.

-Eu tive um daqueles pesadelos. - Ela explicou batendo os dentes de frio e se enrolando na manta que Irina colocara sobre seu corpo apesar do ar abafado próprio da estação.

- Você sonhou com seu perseguidor de novo? - Irina perguntou e Anne apenas balançou a cabeça. às vezes ela evitava de dizer o nome Roy Gardner, porque o pavor daquele nome tinha um peso enorme dentro ela aumentando-lhe a inquietação.

- Sim. – Ela respondeu, mas, não acrescentou que Daniel estava também nesse pesadelo, confundindo ainda mais sua cabeça que estava a ponto de fundir-se com tantos enigmas que ela não sabia mais o que pensar.

Broken Hearts-  Anne with an eOnde histórias criam vida. Descubra agora