Broken Hearts- Anne with an e

Capítulo 50- Segredos

Olá, pessoal. Estou postando mais um capítulo de broken, e vou dizer pela milésima vez. Eu amo esse casal, e a maneira como o amor deles é tão verdadeiro realmente me inspira a escrever cada capítulo. Espero pelos comentários. Muito obrigada por tudo. Beijos.

ANNE

Anne olhava para Irina sem poder acreditar nas palavras da amiga. Ela tinha que estar enganada, aquilo não podia estar acontecendo, era grande demais, pesado demais para que ela pudesse lidar com aquela situação naquele momento.

Ela olhou para a própria barriga, lisa e sem sinal nenhum de que ali havia um bebê se desenvolvendo, mas, o teste na mão de Irina lhe provava o contrário e ela não podia negar isso a si mesma, embora ela rezasse para que estivesse sonhando.

- Anne, você vai ter um bebê. Não está feliz, querida?- Irina perguntou, estranhando o comportamento da ruivinha

- Eu não posso estar grávida, Irina. Esse exame não pode estar errado? - ela disse com os olhos marejados.

- Querida, a margem de erro é bem pequena. É lógico que terá que consultar um médico para um exame completo, mas, tudo indica que você está mesmo grávida. - Anne a olhou desolada, e depois se sentou no sofá com as mãos na cabeça murmurando:

- Isso não pode estar acontecendo.

- Anne, querida, eu não sei se estou entendendo. Você não quer esse bebê?- Irina parecia chocada com aquela possibilidade, e Anne tratou logo de esclarecer:

- Como posso ter um bebê se mal consigo tomar conta de mim mesma nesse momento? Eu adoro crianças, Irina. Não me entenda mal, mas eu não estou em condições de enfrentar isso agora. Um bebê precisa de amor, dedicação, um lar estabilizado e uma mãe equilibrada, ou seja, tudo o que não sou.- ela começou a chorar, enquanto pensava no quanto o destino era cruel em lhe dar um presente tão lindo no meio de seu caos emocional. Ter um filho de Gilbert sempre fora seu sonho, mas, não da forma como estava acontecendo. Seu bebê merecia a melhor mãe do mundo, e Anne sabia que da maneira como andava se sentindo, ela não tinha condições nenhuma de levar uma gravidez adiante da forma como deveria ser.

- Querida. Eu sei que está assustada, mas, você não está sozinha. Eu posso te ajudar nesse período difícil pelo qual está passando, e além do mais, você tem o Gilbert. Já imaginou a felicidade dele quando souber que vocês vão ter um bebê?- Irina disse, tentando fazer Anne entender que aquela gravidez era uma benção, que ela e Gilbert poderiam resolver toda a situação que os estava separando, e formarem finalmente juntos a família que tanto desejaram antes.

- Ele não pode saber, Irina.- Anne disse com lágrimas ainda escorrendo por seu rosto.

- Como assim, querida? Ele é o pai e tem o direito de saber.- Irina estava cada vez mais preocupada com a reação de Anne ao descobrir que estava grávida. Ela pensara que sua menina ficaria feliz, mas o que via ali era um desespero infinito, como se o fato de ter um bebê a deixasse pior emocionalmente do que já estava, e não era para ser assim.

- Eu não quero que ele saiba, pelo menos por agora. Gilbert já está sobrecarregado com muitas coisas no momento, e não precisa de mais um fardo para atrapalhar a vida dele.- Anne disse de cabeça baixa. Ela conhecia Gilbert, ele largaria tudo para assumir aquele bebê que não fora planejado por nenhum  dos dois, e não era isso que ela desejava. Ele ia ter um filho com Josie, e Anne abrira mão do seu amor para que ele pudesse se concentrar naquele bebê que nasceria dali a algum tempo, e precisaria dele por mais que ele não amasse a mãe da criança, e Anne não queria carregar aquela culpa em seu coração.

- Como pode pensar assim, meu bem? Aquele rapaz te ama tanto, e vai amar ainda mais quando souber que vai ser pai de um filho seu. Um bebê não é um fardo, Anne, e sim uma bênção imensa. Eu digo por experiência própria. Você sabe que nunca pude ter um filho , e teria dado tudo por uma alegria dessas em minha vida.- Irina disse com a voz emocionada. Anne a olhou sensibilizada e ralhou consigo mesma ao pensar na sua falta de tato ao falar sobre aquele assunto. Era muito egoísmo pensar só em si mesma naquele momento, quando aquela mulher maravilhosa ali na sua frente sofrera a vida toda pela sua incapacidade de gerar uma criança. Por isso, ela se levantou, abraçou Irina com carinho e disse: