Broken Hearts- Anne with an e

Capítulo 8- Anjo perdido

Olá, pessoal. Este capítulo ficou bastante emocional, e espero que gostem. Por favor comentem, é muito importante para a continuação da história. Obrigada por tudo. Beijos.

GILBERT

O ambiente estava completamente escuro, e apenas a luz da lua que vinha de fora iluminava o quarto que se mantinha em uma penumbra suave e sedutora.

Gilbert mordeu o lábio inferior tentando controlar as reações de seu corpo ao toque feminino que subia as mãos macias pelo seu peito, deixando que seus fios rubros caíssem sobre ele acompanhando-a escalada acima em uma carícia enlouquecedora até alcançar seus lábios, os quais ela não beijou imediatamente, deixando seus rostos muito próximos e encarando o olhar dele com seus maravilhoso olhos azuis.

Ela sorriu, e Gilbert sentiu como se um vulcão explodisse dentro dele, deixando-o tão quente que era quase impossível se controlar. A garota estava completamente nua assim como ele, e pelo tato Gilbert sentia-lhe a pele aveludada, seu cheiro de lírios invadindo o sistema dele, e quando ela sussurrou baixinho em seu ouvido:

- Gilbert, me ame agora - ele perdeu todo o controle de vez. Seus lábios desceram sobre os dela inebriados pelo contato tão doce, e quando suas mãos iam ousar um pouco mais, e tocá-la intimamente ele acordou com seu corpo todo banhado em suor, e respirando tão rápido que seu coração batia descontrolado.

Ele se sentou na cama, passando as mãos pelos cabelos desarrumados, tentando entender o que acabara de acontecer, e se dando conta para seu próprio desespero que acabara de ter um sonho erótico com Anne.

Maldição! Como perdera a cabeça desse jeito? Nunca tivera aquele tipo de sonho com mulher nenhuma, nem mesmo Ruby a quem ele amara tanto, então, por que tinha que ser Anne a leva-lo por esse caminho.

Gilbert se sentia desconfortável ao perceber que aquela garota tinha entrado em seu sangue, e mesmo sabendo que fora errado o que se passara em sua cabeça, ele sentia ainda os efeitos do sonho sobre o seu corpo.

Inquieto, ele se levantou e foi até a cozinha tomar um copo de água gelada, na esperança de que conseguisse acalmar o ardor que sentia por dentro, mas logo entendeu que apenas o líquido gelado seria insuficiente para fazê-lo voltar ao normal, por isso foi direto para o chuveiro onde tomou a ducha mais fria de toda a sua vida.

Em seguida, incapaz de voltar a dormir, ele se sentou na sala e ligou a televisão, tentando se concentrar em um filme de suspense que passava naquele momento, mas seu cérebro insistia em capturar-lhe a atenção com fragmentos do sonho recente.

Ele não conseguia esquecer o calor do corpo dela contra o seu, mesmo que aquilo tivesse sido somente um sonho, ele já a segurara em seus braços mais de uma vez, e não pôde deixar de pensar que passar a noite com ela deveria ser uma loucura.

Gilbert quase se estapeou diante do próprio pensamento estúpido. Anne não era uma de suas ficadas ocasionais, ela era sua paciente e lhe devia respeito. Entretanto, a verdade era que seu auto controle não estava sendo de grande ajuda e diante daquele cenário complicado não havia outra coisa a se fazer.

Gilbert sentiu uma sensação de tristeza ao pensar na decisão que tomara. Precisava se afastar dela antes que colocasse tudo a perder, pois Anne precisava de tratamento médico, e não ser seduzida no divã do psiquiatra. O que precisava fazer estava claro, mas seu coração não concordava com ele e insistia em trazer-lhe lembranças do sonho que o deixara completamente desnorteado.

O jovem psiquiatra desligou a televisão, voltou para o quarto e ligou o ar condicionado na potência que deixasse o ambiente frio o bastante para que ele pudesse dormir em paz sem aquela quentura toda que o estava incomodando. Deste modo, ele voltou a se deitar, e fechou os olhos, mas ela estava lá de novo entre suas pálpebras semicerradas incitando-lhe a imaginação, fazendo-o desejar algo que não podia ter.