Capítulo 14- Quando o coração escolhe

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Olá pessoal. Mais um capítulo postado. espero pelos comentários. Beijos. Os erros eu corrijo depois.



ANNE

Anne olhava para a tela onde fizera uma mistura de cores ousadas, e franziu a testa ao observar o resultado. Não estava certa se gostava do que estava vendo, mas era uma tentativa de recuperar sua antiga forma, pelo menos o estilo era parecido com as fotos dos quadros que costumava pintar que Cole lhe enviara junto com as telas e as tintas que ela estava usando.

Ele ficará de vir pessoalmente, mas, tivera um compromisso de trabalho inadiável, assim como Marilla e Matthew que tiveram que cancelar a visita que fariam a ela na última hora, porque Matthew se resfriara e fora proibido de viajar pelo médico naquele fim de semana.

Esse fato chateara Anne bastante, pois estava saudosa de seu pai do coração, e também queria ver Marilla de quem sentia muita falta, mas entendia que ambos não eram mais tão jovens, e por isso os limites de saúde impostos por sua idade deveriam ser respeitados

Ela espalhou mais um pouco de tinta sobre a tela e examinou o efeito, com algumas pinceladas, sua obra parecia estar chegando no tom certo que queria, e pela primeira vez, desde que começara aquela pintura, ela deu um pequeno sorriso de satisfação

- Que incrível o seu trabalho, Anne. Nunca tive a oportunidade de conhecer uma artista de verdade, e te observando posso dizer que você tem muito talento.- Daniel disse olhando a pintura de perto

- Acha mesmo que está ficando bom? - ela perguntou com ar de dúvida.

- Está formidável, Anne, assim como tudo o que você faz.- Daniel disse afagando-lhe os cabelos, fazendo com que Anne se sentisse tímida com o elogio.

Daniel começara a lhe fazer pequenos carinhos, como se tentasse fazer com que se acostumasse com a presença dele. O rapaz não tocara mais no assunto do namoro, mas, Anne sentia no ar o interesse dele. Era uma pena que o coração dela já estivesse ocupado por outra pessoa, porque se não fosse isso, talvez não fosse tão difícil se apaixonar por ele. O amigo era um rapaz bonito, educado e a tratava com carinho, e pela convivência com ele, Anne acreditava que seria um bom namorado, porém seu coração já tinha escolhido, ainda que fosse uma escolha totalmente errada

- Porque você gosta tanto de pintar borboletas, Anne? Elas estão até em seus quadros antigos

- Não sei, acho que é porque me dão uma sensação de liberdade que gostaria de ter .- ela confessou ao pensar sobre a pergunta

- Quer dizer que lhe quebraram as asas, Srta. Cuthbert?- Daniel disse em tom de brincadeira

- Talvez. Eu não sei dizer, pois não me lembro de tudo de minha vida antiga, mas a sensação que tenho é que os sentimentos trancados dentro de mim seguiriam outro rumo se eu pudesse alcançar a mesma liberdade que as borboletas que os meus quadros me inspiram a pintar

- E é disso que precisa? Ser livre?- Daniel perguntou intrigado

- Sim, mais do que qualquer coisa

- E o amor

- O que tem ele?- Anne perguntou voltando a usar mais tinta na tela.
- Não tem vontade de amar e ser amada de verdade?- Daniel perguntou enquanto a observava pintar o quadro com total concentração.

- No meu ponto de vista no amor se constitui em uma prisão também.

- O que quer dizer?

Não quero generalizar, mas em alguns casos, amar alguém implicar abrir mão de algumas coisas que são importantes para nós, e acabamos perdendo um pouco da nossa liberdade como indivíduos.

Broken Hearts-  Anne with an eOnde histórias criam vida. Descubra agora