Capítulo 33- Como em um conto de fadas.

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Olá, pessoal. Estou atualizando Broken hearts, e espero que gostem do capítulo que escrevi com todo meu coração apesar do momento pelo qual estou passando. Quero muito agradecer pelos incentivos de todos, e por eu ver como a história vem crescendo com novos leitores. Para aqueles que acompanham todas as minhas histórias quero deixar aqui minha gratidão, e para aqueles que vem conhecendo minhas histórias aos poucos deixo também meu muito obrigada, e dizer que amo todos vocês por isso, pois cada leitor e comentário significa muito para mim. Beijos, vou corrigir depois. Vou deixar uma perguntinha nas notas finais, e ficaria grata se vocês pudessem respondê-la.



ANNE

"Mais um dia perfeito", Anne pensou ao olhar para o horizonte e ver quanta luz havia ali. Ela escolhera aquele lugar estratégico para iniciar mais um de seus quadros, e se sentia infinitamente inspirada pelo cenário que seus olhos não cansavam de contemplar.

Ela tinha acordado bem cedo, antes mesmo de Gilbert, tomara seu café da manhã, e fora em direção aquele ponto que não ficava muito longe da fazenda, pois ainda não tinha coragem de se aventurar para lugares mais remotos, uma vez que não conhecia muito bem o terreno extenso que cercava aquele território, temendo se perder e depois não saber como voltar. Ela não era muito boa com direções, por isso, tinha pavor de estar em lugares desconhecidos. Desde criança que tinha essa dificuldade de orientação, então, evitava situações nas quais poderiam colocá-la em certo risco. Seus próprios sonhos sempre a colocavam em um labirinto onde corria para o nada, e não mais conseguia sair de lá.

Talvez fosse um caso para conversar com seu psiquiatra, e tentar entender a razão de tanto medo. Nunca explorara essa questão em uma terapia, e quem sabe não estava na hora de colocar isso para fora finalmente? Seus pesadelos com Roy sempre a colocavam em lugares onde nunca estivera, correndo na escuridão a esmo, sem saber onde estava indo. Ela nunca parara para pensar no significado desses sonhos, e também nunca falara sobre eles para Gilbert, pois não achava que fossem tão importantes assim, e também porque sempre lhe causavam um sensação desagradável da qual preferia não se lembrar, mas, agora pensando com mais lucidez, talvez devesse dar mais atenção a esses sinais que pareciam apontar para algum tipo de caminho alternativo fora daquela loucura de sua cabeça.

Anne continuou a fazer seus esboços, enquanto pensava naqueles dias em que estava passando com Gilbert na fazenda. Os amigos dele já tinham ido embora na segunda-feira, e ela e Gilbert permaneceriam ali até próximo fim de semana quando as curtas férias de Gilbert chegariam ao fim. Ela se sentiu triste ao pensar em deixar aquele lugar tão lindo, pois a cada dia que passava ali, ela se apaixonava mais um pouco por aquele paraíso perdido na terra. Se fosse por ela, eles ficariam na fazenda para sempre, pois Anne não sentia nem um pouco de falta da vida na cidade. Ali ela encontrava a calma e harmonia que precisava para continuar com suas obras, ao mesmo tempo em que ia descobrindo coisas acerca de si mesma que nunca parara para prestar atenção.

Aqueles dias ao lado de Gilbert estavam sendo tão mágicos, que ela quase acreditava estar vivendo um conto de fadas daqueles sobre os quais costumava a ler quando era adolescente. Gilbert era carinhoso e cuidadoso demais com ela, fazia de tudo para que ela se sentisse feliz, a incluía em todas as suas atividades ali na fazenda, e raramente a deixava sozinha. Com exceção daquela manhã, que ela mesma resolvera se dar um tempo sozinha para poder pintar, pois nunca fora muito boa com expectadores olhando-a trabalhar, mesmo que fosse um certo moreno atraente de olhos castanhos incríveis que a fazia tremer na base só de olhar para ele.

Partilhar a cama de Gilbert vinha sendo uma novidade agradável para ela. Desde que fora morar com ele no apartamento, não dormira uma só noite sozinha. Era engraçado como estava se acostumando a ter os braços dele em volta de sua cintura, e a respiração quente em seu pescoço. Anne sentia-se bem em tê-lo ao seu redor durante a noite, pois era uma sensação boa sentir-se protegida de sua vulnerabilidade. Depois que passaram a dormir juntos, os pesadelos de Anne quase não a perturbavam mais, e por isso começou a considerar Gilbert como seu talismã de boa sorte.

Broken Hearts-  Anne with an eOnde histórias criam vida. Descubra agora