Capítulo onze

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"—Okaa-chan... —O garotinho chamou ao se aproximar da mãe, levantando os braços curtinhos em um claro pedido de colo. Kushina, sem hesitar, pegou seu filho nos braços, abraçando o corpo pequeno com carinho e sorrindo ao sentir o cheiro de bebê de seu pequeno herdeiro.

Por mais que tentasse não mimar demais seu loirinho, ele era seu dengo; amava tê-lo no colo, amava ler para ele, dar banho e acarinhar seus cabelos dourados. O futuro herdeiro, por mais que já tivesse quase seis anos, seria para sempre seu bebê.

—Diga, querido... —Sussurra baixinho, ouvindo ele soltar um muxoxo antes de perguntar;

—Como você sabe que ama o otou-chan? —Ele pergunta com a voz abafada, já que sua bochecha está esmagada no ombro da ruiva.

Por alguns segundos, há silêncio. Então, Kushina ri.

—Ora, que pergunta profunda, Taiyou... —Ela suspira, ninando seu filho calmamente enquanto começa a dizer; —Bom...acho que, para simplificar, seu otou-chan cuida de mim, ele me deixa forte, me trata com carinho, e assim, me faz feliz todos os dias. Por isso, eu o amo.

—Kaa-chan...mas não foi isso que eu perguntei —O loiro responde emburrado, completando; —Muita gente me deixa feliz. Comer lámen me deixa feliz! Como eu vo' sabe' quando eu ama' alguém, então? Porque se ela me fizer feliz, eu vo' acha' normal.

—Você é espertinho demais para sua idade, sabia? —A mulher riu; crianças eram curiosas, mas Naruto sempre tinha dúvidas daquele tipo, que a deixavam sem palavras. Então, usou sua melhor resposta;

—Quando acontecer, você vai saber, Naruto."

[...]

Naruto soube.

Comer lámen o fazia feliz, assim como estar com seus pais ou com Shikamaru e Konohamaru.

Mas nada se comparou a explosão em seu interior quando a beijou.

Hinata.

O toque na pele macia. O cheiro floral. Os cabelos lisos tocando seu rosto. A respiração quente. O gosto da boca dela. Tudo, absolutamente tudo e qualquer outro detalhe daquele momento era perfeito. E fazia Naruto feliz.

Muito feliz...

Era como se fosse um festival de sentimentos em seu interior, não haviam só borboletas em seu estômago, possivelmente havia um zoológico inteiro. Seu coração parecia prestes a parar, ao mesmo tempo que parecia ir rápido demais. A ponta dos seus dedos, tocando a pele dela, formigava. Sentia tudo, e ao mesmo tempo estava tão envolvido que não sentia nada.

Aquela era a sensação que sua mãe não conseguiu explicar a anos atrás. Aquela era a sensação que ninguém conseguiria explicar.

Pensou que, quando se afastasse, sentiria um vazio enorme. Mas, abrir os olhos e ver Hinata ruborizada e ofegante apenas conseguiu deixar o loiro mais ansioso. Seu corpo inteiro reagiu, estava queimando.

—Hinata-chan, eu-... —Pensou em dizer algo, mas o par de luas cheias o encarou profundamente até sua frase morrer.

Então, ela sorriu. Mas sorriu de maneira diferente; seus lábios se curvaram de maneira sapeca, como se fosse uma criança que acabará de aprontar uma travessura.

—Shhh... —Ela sussurrou, gesticulando com graciosidade. Naruto arfou. —Acho melhor não dizer nada.

E então, sentiu a explosão mais uma vez, quando ela se aproximou corajosamente, selando seus lábios e descansando os braços nos ombros do loiro.

HantaiOnde histórias criam vida. Descubra agora