Enzo
— Tinha chegado na escola há uma hora e meia desde que dormi com ela e a sensação de cada parte do seu corpo ainda era viva na minha memória.
"— Enzo você está aí!?"
— Era chamado a atenção por Anna outra professora que me ajudava e dava suporte com algumas crianças já que ensinamos alguns alunos de até sete à dez anos,já tinha mencionado o LUCE DEllA MIA VITA assim chamado desde sua inauguração à uns dez anos atrás para Leticia queria que Nina viesse para cá aprender com crianças especiais que poderiam ajudá-la com seu desenvolvimento mas quando mencionava sequer o assunto mudava rápido de opinião ou simplesmente não falava nada como se de alguma forma fosse perder sua filha ou achasse que a escola seria perigosa para uma criança como ela.
Anna:– Muito bem crianças hora do desenho!Peguem seus pincéis na prateleira da frente!
— Anna veio trabalhar nesse lugar depois que à tinha indicado para o diretor que gostou bastante do currículo da moça.
Anna:– Elas estão bem elétricas hoje não acha?
— Continuava sentado na cadeira preparando agumas perguntas que iriam ser dadas para eles responderem em seguida.
Enzo:– Como sempre.
— Eles não paravam muito especialmente os mais novos que geralmente tinham energia extra.
Anna:– Soube da sua esposa.
Enzo:– Você não é a única.
Anna:– Que?
Enzo:– Desculpa estou um pouco aéreo hoje.
Anna:– Estou vendo.
— Geralmente era bem focado nas coisas que fazia no meu trabalho mas de uns tempos pra cá meu pensamento sempre queria saber como Leticia ou a filha estavam,parecia ser sempre no modo automático da história era só pensar em uma criança especial que lembrava dos cuidados com a Nina ou quando via alguma pessoa na rua e até aqui mesmo discriminando outra por qualquer tipo de diferença eram pequenos detalhes que me puxavam até elas.
Anna:– Estava pensando se não queria almoçar comigo?
Enzo:– Na verdade não Anna vou voltar para comer com ela.
Anna:– Certo entendi.
— Sempre soube que minha colega tinha uma queda por mim mas apesar de gostar da sua amizade nunca alimentei suas esperanças e ao ter contado que iria me casar sinto que à magoei mas agora tenho certeza que superou isso ou pelo menos não dava indícios que tinha ciúmes.
— Quando a hora das lições acaba e colocamos as crianças para lavarem as mãos para o almoço outro professor se encarrega do meu turno enquanto saia e ao ligar para seu celular Leticia atende no primeiro toque.
Enzo:– Como vai"amore?"
Leticia:– Estamos bem.
Enzo:– Sua filha está com você?
Leticia:– Amor fala com o amigo da mamãe!
Nina:– Tio Enzo!
Enzo:– Oi querida!
— Não sabia como explicar a animação e emoção que sentia por aquela garotinha mas a simpatia existia como se pudesse fazer qualquer coisa por sua felicidade.
Enzo:– Passa para a mamãe por favor?
Leticia:– Minha mãe falou que poderia ficar com a Nina Deus!
Enzo:– Nossa estou muito feliz por você e quero almoçar com vocês duas agora topa?
Leticia:– Sim com certeza!
Enzo:– Certo estou chegando na fazenda então.
Leticia:– Na verdade Enzo estou na casa dela.
— Quando Leticia me contou que tinha voltado para o mesmo lugar que houve ameaças contra seu filho que nem mesmo havia nascido fiquei um pouco confuso.
Enzo:– Certo já estou indo aí!
Leticia:– Beleza.
— A senhora em questão era mãe do falecido que por um acaso não foi no nosso casamento mesmo Leticia indo deixar o convite pessoalmente mas essa atitude parecia que era uma bandeira da paz como se não quisesse mais brigas ou qualquer palavra que envolvesse justiça ou prostituta Deus!Era ela que devia um pedido de desculpas por duvidar de Leticia dessa forma.
— Quando entra no carro com a filha meio sem graça achando que talvez isso me tiraria do sério mas o que ela não sabia é que pouca coisa no mundo me deixava dessa maneira com certeza isso não era uma.
Leticia:– Podemos ir?
Enzo:– Claro.
— Nina me abraça com um sorriso no rosto e retribuo lhe dando outro de volta.
Enzo:– Pode me dizer o que quer com ela?
Leticia:– Não achei que voltaria Enzo mas não sei do nada quando levei minha pequena de volta me bateu a vontade de compreender o por que de não gostar de mim.
Enzo:– Chegou à alguma conclusão?
Leticia:– Ainda não mas tivemos uma conversa franca de mulher para mulher.
Enzo:– O que ela disse?
Leticia:– Que sentia muita falta do filho e que não era esse tipo de destino que planejava para ele e o erro já começa por aí!
— Notei que muda o tom da conversa ficando mais seria até pararmos em uma padaria.
Leticia:– Gostei.
Enzo:– Vem vamos escolher alguma comida.
— Ajudo Nina à tirar o cinto e sair do carro e em seguida a danada sobe em minhas costas.
Leticia:– Querida?
Enzo:– O que está fazendo?
Leticia:– Tirando ela de cima isso deve te incomodar não é?
Enzo:– Vamos perguntar à ela,Nina?Você quer sair de cima das minhas costas!?
— O aceno de cabeça em negativo da garota já respondeu a pergunta.
Enzo:– Você perdeu querida ela fica!
Leticia:– Tudo bem vocês dois são impossíveis!Agora continuando de onde tinha parado ela me contou que o plano era do cara ser padre acredita?E que por aquilo que tinha feito sua alma estaria queimando para sempre no fogo do inferno!
Enzo:– Que!?
— Não conseguia conter minhas risadas especialmente pelos absurdos que tinha me contado droga!
Enzo:– Aquela mulher é louca!
Leticia:– Pra dizer o minimo!
Nina:– Pão!
Enzo:– Tem razão"caro."
Leticia:– Olha só não deixa ela te encantar sabe minha filha é ótima em fazer as pessoas caírem de amores por ela.
— Estava começando à compreender que quando desejava algo essa garotinha fazia seu famoso charme infantil e conseguia sempre.
Enzo:– Como a mãe.
— Não entendia por que não ligava os pontos e sempre dava um jeito de escapar como se o que eu falasse fosse demais ou nem correto.
Leticia:– Já escolhi o que vou comer venham logo para a mesa vocês!
Enzo:– Não foge!
Leticia:– Não estou fugindo!
— Tínhamos sentado numas cadeiras mais afastadas das pessoas e Nina comia uma casquinha de morango enquanto Leticia tinha pedido uma macarronada com uma porção de pães doces e eu comia alguns pedaços de lasanha com um rossini que estava uma delícia e sempre que podia tomava.
Leticia:– Me dá um pouco?
— Antes que pudesse pegar no copo seguro seu pulso com firmeza.
Leticia:– Que foi?
Enzo:– Não vai beber isso.
Leticia:– E por que não?
Enzo:– Tem álcool nessa bebida.
Leticia:- Droga!
- Rio pelo seu embaraço e da maneira que queria tomar algo que por agora pelo menos não podia.
Leticia:- Amo meus filhos mas depois desse não quero mais ter um tão cedo!
Enzo:- Tem certeza?
- Depois da risada ficamos nos olhando fixamente até ter entendido do que estou falando e ficar bem corada.
Enzo:- Você ficou sem jeito.
Leticia:- É por sua causa!Valeu mesmo!
Enzo:- Disponha.
- Em seguida o silêncio chega mas quando achei que não iria falar qualquer coisa ela me surpreende.
Leticia:- Por que você adora brincar comigo Enzo!?
- Aquela pergunta me pega desprevenido mas não por surpresa ou qualquer choque aparente porque eu à queria e sabia que Leticia entendia isso mas não assumia.
Enzo:- Porque eu quero você.
Leticia:- Droga!Que é isso!
Enzo:- Que foi de repente você ficou surpresa?Não me diga que nem imaginava essa hipótese?
Leticia:- Não!Quero dizer sim!Na verdade achei que só queria me ajudar mesmo.
Enzo:- É exatamente o que estou fazendo mas não posso negar que me sinto atraído por você.
- Já que tudo que fazia não à fez entender o quanto lhe desejava espero que mandando a real sobre essa situação lhe faça abrir os olhos.
Leticia:- Deus!Por que está sendo tão direto assim!?
Nina:- Quero outro!
- Mas antes de me responder Leticia já estava se levantando para levar a filha até o canto oposto para pegar mais uma casquinha.
Enzo:- Ei Leticia!
- Ela se vira com raiva e querendo me fuzilar com seu olhar se pudesse.
Leticia:- Que é!?
Enzo:- Essa conversa entre a gente ainda não terminou.
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Pelas tuas Aparências (Série IMPERFEIÇÕES)
RomanceLeticia Boaventura trabalha como prostituta em São Paulo mas um pequeno"acidente de trabalho"lhe faz repensar tudo que acreditava com isso seu destino vai cruzar com o de Enzo Giuseppe que é o meio-irmão da sua melhor amiga e bom moço que parece sem...