2 - Um pequeno favor

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Enzo
         — Meus avós tinham acabado de parabenizar à nós dois e sentia a mão  dela ainda gelada e tremendo na minha não conseguia entender o motivo já estávamos casados mesmo e apesar de uma possível desistência quase acontecer fico feliz que tenha conseguido convencê-la do contrário.
Leticia:– Do que está rindo?
Enzo:– Nada.
          — Continuava girando seu corpo tão fino contra o meu era uma garota muito bonita e exuberante que parecia insegura com tudo e todos e não era para menos.
Leticia:– Acho que vou vomitar.
Enzo:– Quer ir no banheiro?
Leticia:– Volto logo.
          — Há alguns meses atrás só estava buscando minha irmã no Brasil era óbvio que precisava ir o quanto antes quando li a mensagem dela meu coração explodiu de alegria já que minha mãe em seus últimos momentos nunca tinha mencionado essa irmã e para minha surpresa quando pude conhecê-la soube que era uma versão jovem da dona Bárbara e também não sabia que era cega provável que tudo tivesse sido diferente se ela não tivesse ido embora para São Paulo mas agora são águas passadas e em seguida tive o prazer de conhecer Leticia uma moça que parecia sempre ficar sem graça quando me via achava isso extremamente adorável nela e não sabia por que puxei conversa mas queria conhecê-la mais à fundo talvez por lidar com problemas e dilemas diários com meus alunos na maioria especiais como a pequena filha dela foi o primeiro passo para me envolver depois fiquei sabendo de como ganhava a vida e me preocupei bastante saber que poderia sofrer qualquer tipo de violência me deixava pertubado então quando sua mãe acabou falando comigo e me contado da forma que estava vendo sua filha se acabando nesse tipo de vida falei aquelas mentiras o que à deixou extremamente chateada comigo mas poderia lidar com seu mau humor depois pelo menos sabia que estava mais segura ali conosco e assim à protegia daquela mulher.
Maria:– Me daria a honra dessa dança?
            — E com certeza Maria espirituosa sempre sabia como e quando usar as palavras desde que à convidei para morar com sua família soube que não se negaria pelo que sofreu com aquelas pessoas que cuidavam dela desde que era bebê.
Enzo:– Mas com toda certeza.
           — John seu namorado que também tinha a mesma profissão que Leticia no Brasil veio junto já que Maria esperava um filho e logo seria tio Deus!
Maria:– Vocês dois fazem um casal muito bonito.
Enzo:– Como pode saber disso?
Maria:– Posso ser cega mas conheço bem as pessoas e Nina adora você mesmo tendo passado pouco tempo e se tem uma coisa que aprendi é que não dá para enganar crianças.
          — Estávamos valsando e mesmo assim a rodopiei lhe arrancando risadas.
Maria:– Palhaço!
Enzo:– Obrigado.
Nina:– Maria!
          — De repente temos essa mocinha se jogando nas pernas dela e assim Maria pega a criança do chão e começa à dançar.
Maria:– Desculpa meu irmão primeiro as damas.
Enzo:– Com toda certeza se me derem licença vou atrás da minha esposa.
        — Tinha entrado na casa que pertencia a meus avós e que tinha o banheiro mais próximo nos fundos da cozinha.
Enzo:– Leticia?
Leticia:– Aqui!
Enzo:– Tá tudo bem aí?
Leticia:– Mais ou menos.
Enzo:– Como assim?
Leticia:– Não se preucupe já estou saindo!
Enzo:– Certo.
         — Não tinha idéia se estava mesmo bem o que sabia era que conseguia me tirar do controle quando bem quisesse então resolvi esperar até a porta ser destrancada.
Leticia:– Você ficou por aqui?
Enzo:– Não poderia deixar minha garota sozinha.
Leticia:– Acho que está levando essa brincadeira muito à sério.
        — Como poderia esperar que eu fizesse de outra maneira?Era minha responsabilidade a maioria das coisas e mentiras que tinha contado Leticia nada me deve mas resolveu embarcar nessa pelo que descobriu da família do cara falecido quem diria que as fazendas eram tão perto uma da outra?
Leticia:– Enzo?Tá tudo bem?
Enzo:– É uma brincadeira seria pra mim.
Leticia:– Tá certo.
         — Novamente aquele sorriso fazendo o que fazia de melhor que era remexer com meu interior de alguma maneira ela tinha descoberto que meu ponto fraco estava em parte nos seus sorrisos fáceis.
Leticia:– Melhor a gente voltar não acha?
Enzo:– Antes quero te levar para mostrar algo.
Leticia:– Agora?
Enzo:– É vem. 
         — Pego a mão dela que está firme na minha mas tremendo e gelada ao mesmo tempo.
Leticia:– Que foi?
Enzo:– Nada.
         — Subo com ela até a biblioteca que era dos meus avós onde cada livro italiano ou de outra língua contava uma história diferente e aquele presente tinha ficado muito tempo guardado e já era hora de ser dado à alguém.
Leticia:– Carambolas!
Enzo:– O que?
Leticia:– Já viu a quantidade de livros que tem nesse lugar?
          — Ela apontava para as três fileiras de livros nas estantes de madeira.
Enzo:– Quando formos pra nossa casa vou te mostrar a minha biblioteca.
Leticia:– Não acredito!Você também tem!?Mas deve tá em italiano!Credo!Eu não sei falar essa língua!
Enzo:– Tudo bem posso te ensinar.
Letícia:– É sério?Você me ensinaria?
Enzo:– É claro posso te ensinar qualquer coisa é só me pedir com gentileza.
         — Leticia me olha com um meio sorriso no rosto como se não esperasse esse tipo de resposta mas continuo firme com isso faria e faço qualquer coisa que pedisse era só ter jeito para falar e nisso sabíamos o quanto era boa.
Enzo:– Está aqui.
         — Não tinha dado aquela medalha para ninguém até agora mas acho que é um bom momento para isso desde que ganhei da minha mãe quando era pequeno mesmo sabendo que não poderia vê-la novamente essa jóia não devia ser guardada apenas.
Leticia:– Meu Deus!
Enzo:– É seu.
Leticia:– Esse santo qual é?
Enzo:– São Francisco de Assis ele é padroeiro da Itália"caro."
Leticia:– É muito bonito mas do que me chamou!?
Enzo:– Primeira aula de hoje caro significa querida entende?
Leticia:– Ah certo mas não posso aceitar parece ser um presente que se daria para alguém especial e nem de longe sou esse tipo!
            — Ela me devolve rapidamente como se tivesse com algo contagioso nas mãos.
Enzo:– Estou te dando.
Leticia:– Sem querer ofender Enzo mas não acho que seja uma boa idéia me dar qualquer coisa logo que isso passe vamos nos separar e não precisa sério!
Enzo:– Tem razão.
           — Ela sorri como concordância e e sorrio de volta porque não aceitaria essa insanidade nem agora e muito menos depois.
Leticia:– Viu?
Enzo:– Vai me ofender bastante se não aceitar caro.
           — Me coloco atrás dela e afasto seus cachos aquilo enrijece seus ombros me deixando feliz por estar tocando sua pele já tínhamos feito isso quando o padre falou aquela famosa frase mas admito que gostaria mais do que Leticia tinha me dado mas sou paciente e aquilo era tudo muito novo ainda pra ela.
Enzo:– Pronto está bonita sabia?
Leticia:– Valeu.
Enzo:– E também vermelha.
Leticia:– Calado Enzo!

Pelas tuas Aparências (Série IMPERFEIÇÕES)                                Onde histórias criam vida. Descubra agora