Enzo
— Tínhamos acabado de parar o carro em frente do sítio dela,tudo ao redor parecia tão calmo como se as mentiras da Anna tivessem chegado à um novo nível só que não sei dizer se era a convivência em si porém acreditava em suas palavras,quando Marcelo vai na frente falo baixo o nome de Anna.
Enzo:– Espero que saiba que se estiver inventando essa loucura toda não vou perdoá-la entendeu?
Anna:– Sei o que quer dizer só que nesse caso não estou mentindo apenas gostaria que Agatha não tivesse chegado tão longe.
— Observo seus olhos,é quando vejo um pouco da amiga de antes e me pergunto se Anna está mesmo sendo sincera porém lembro da conversa que minha mãe teve comigo antes de partir para o Brasil e como colocava em questão que perdoasse as pessoas porque sempre erramos e meu pai estaria precisando de ajuda quando ela não estivesse mais aqui,claro que sempre se expressava como se algum dia fosse fazer uma grande viagem ou coisa parecida é óbvio que se soubesse suas verdadeiras intenções nunca à teria deixado partir,Maria estaria comigo e crescido com sua família e não com gente que fazia questão de tratá-la como algo insignificante pela sua cegueira.
Anna:– Antes de entrar espero que saiba que eu amo você e não era minha intenção machucar a Nina e se essa foi a impressão que teve de mim peço que me perdoe.
— Tavez ouvisse os conselhos da minha mãe naquele momento só que era difícil me esquecer e fingir que o passado era apenas uma folha em branco e assim voltar ao que éramos antes só que nada poderia ser do jeito que foi um dia.
Enzo:– Acredito no que está dizendo só que não posso te aceitar na minha vida de novo.
Anna:– Posso entender sabe não vai ser fácil abrir mão de tudo porém espero que seja feliz com aquela lá.
Enzo:– Minha esposa.
— Ela revira os olhos e começa a falar novamente.
Anna:– Que seja Enzo não estou tão evoluída assim.
— Era essa a garota que tinha me conquistado desde que me lembro,que parecia estar de volta,uma pena que máquinas do tempo só existiam na ficção e não em nossa realidade,me pergunto se assim mesmo teríamos coragem o bastante para voltar e fazer tudo diferente?Antes de continuar à pensar em certas coisas ouvimos um tiro vindo do interior daquele enorme casarão e meu coração para quando penso que aquilo poderia ter sido nela.
Enzo:– Nina!
— Corro à passos largos até a sala onde Anna também tinha me acompanhado e a cena poderia ser descrita como bizarra já que Agatha que normalmente estava sempre vestida à caráter e elegante está totalmente alterada e despenteada com as roupas desalinhados e segurava uma pistola em sua mão e no chão ferido no braço Marcelo permanecia até um tanto quieto porém o sangue escorrendo por sua mão só confirmava que essa mulher não estava de brincadeira.
Agatha:– Eu avisei que não iria devolver ela.
Anna:– Agatha me escuta por favor.
Agatha:– Parada aí!
— Ela aponta a arma na direção da própria irmã e mesmo assim Anna permanece firme sem dar qualquer sinal de que estaria desistindo e voltando,pelo contrário permanecia na minha frente como uma espécie de barreira caso Agatha tentasse atirar novamente.
Enzo:– Aonde está a Nina?
Agatha:– Dormindo lá em cima.
— Aquilo poderia ser interpretado de várias formas porém a única que vinha até meus pensamentos,me deixava transtornado era a hipótese dessa maluca ter...Deus!Não posso pensar assim,Nina está aqui e viva.
Agatha:– Parece assustado Enzo só que não se preucupe com isso,eu não mataria minha filha dessa maneira.
— Novamente os devaneios e loucuras porém precisava ser cauteloso até porque estava armada e poderia atirar em outra pessoa,mesmo Marcelo ter sido levantado por Marcos e estar com um olhar mortal para Agatha sei que não poderia fazer nada.
Enzo:– Por que minha filha?
Agatha:– Ela não é sua mas minha.
Anna:– Agatha querida?Lembra de mim?
— Ela olha desconfiada para a própria irmã só que sorri de qualquer maneira,nem parece que estava dando um gelo em Anna.
Anna:– Baixa essa arma e vamos juntas buscar sua filha?O que acha?
Agatha:– Viu só?Ela acredita em mim,melhor falar pra Leticia que ela não tem mais filha.
— Como nunca notei essa loucura vindo de Agatha só que todas as vezes que a via circulando pelo colégio estava com um sorriso acolhedor e brincando com as crianças inclusive minha filha droga!
Me sinto um idiota por não ter percebido nada.
Anna:– Então podemos ir?
Agatha:– Claro.
— Anna dá um sorriso gentil para ela,em seguida lhe abraça,percebo em seguida suas intenções depois que consegue retirar finalmente a arma das mãos de Agatha que está se acalmando então ela me dá um aceno com a cabeça para que subisse até lá em cima atrás de Nina,é exatamente o que faço e apenas no terceiro quarto à direita encontro meu anjinho dormindo em uma cama de solteiro infantil,provavelmente essa mulher queria sustentar a mentira usando essa parte que lembrava seus filhos,não posso julgá-la por isso,o que houve apenas é que pessoas nem sempre estão preparadas para viver sem seus corações.
Enzo:– Droga!
— Estava cobrindo Nina com o cobertor enquanto seu peito subia e descia devagar e aquele tiro me desperta diversos sentimentos e é quando retorno para a sala que a sirene da polícia começa à tocar fraca e com o tempo vai aumentando e a cena que se desenrola à minha frente me deixa chocado para dizer o mínimo,Marcos tinha levado um tiro e estava desacordado enquanto Agatha que tinha conseguido pegar novamente a arma de alguma maneira conseguiu dar um tiro em si mesma e ceifar sua própria vida e Anna estava chorando baixo sobre o corpo da irmã e Marcelo mesmo com um braço apenas bom tinha conseguido discar para a emergência e contado que precisava de ajuda.
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Pelas tuas Aparências (Série IMPERFEIÇÕES)
RomanceLeticia Boaventura trabalha como prostituta em São Paulo mas um pequeno"acidente de trabalho"lhe faz repensar tudo que acreditava com isso seu destino vai cruzar com o de Enzo Giuseppe que é o meio-irmão da sua melhor amiga e bom moço que parece sem...