Capítulo 18

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Carlos...

Eu me contorcia de tanto rir ao ver os quatro parados na porta da cozinha com raiva. Todos olhavam para eles chocados, e eu pude ver minha namorada passar os olhos deles para mim ainda sem acreditar no que estava vendo.

- O que você está rindo seu encapetado? - Luke perguntou rosnando.

- Da cara de vocês, está muito engradado. - falei ainda rindo e limpando as lagrimas que tinha caído dos meus olhos.

- Ora seu... - Alex rosnou e veio em minha direção seguido pelos outros três.

Eu parei de rir na hora e me levantei correndo, sai em disparada sendo seguido pelos quatro, e pelo resto do pessoal que ainda estavam chocados. Mamá, Flynn, Julie e Willie tentava acalmar seus maridos e eu corria deles como o diabo foge da cruz. Por que eu fui fazer isso? Há é por que eu gosto de atentar, e de ver a cara de idiota deles, sempre foi assim, desde que eles se mudaram para minha casa, gostava de os infernizar, principalmente o boboca do meu cunhado, já meu pai é só um bônus que eu gosto de meter no meio.

- VOLTA AQUI SEU PIRRALHO. - Alex gritou dos fundos da casa. - NÃO ACREDITO QUE VOCÊ PINTOU MEU CABELO DE NOVO.

- ME VERÁS CON TU TOPO. - papi gritou para mim.

- VOCÊ ME PAGA, CARLOS. - desta vez foi Reggie. - O que diabos ele usou para colar essas penas? Esse troço coça.

- HÁ SEU PESTINHA, QUANDO EU TE PEGAR, VOCÊ VAI SE ARREPENDER DE TER NASCIDO. -Luke gritou parando na minha frente.

Tentei fugir, mas vi que estava totalmente sem saída, olhei para os lados e estava totalmente cercado, MERDA.

- Agora você não escapa. - papi falou com um sorrido macabro que me fez engoli em seco.

- Achou que iria escapar desta tão fácil? - Reggie perguntou sorrindo também.

- O... olha podemos con... conversar. - falei sorrindo amarelo.

- CONVERSA O QUE SEU PESTE? OLHA SÓ O QUE VOCÊ FEZ COM A GENTE. - Luke falou puto.

- Meu lindo cabelinho, foi pintado de novo. - Alex choramingou tocando no cabelo e eu tive que me segurar para não rir.

- Foda-se seu cabelo, eu estou coberto de penas do pé a cabeça. - Reggie falou se debatendo que nem uma galinha, ai que não me segurei mesmo, comecei a rir de novo e eles olharam para mim me fazendo engoli em seco.

- Há, está achando engraçado? - Papi falou irônico. - Quero ver se ainda vai achar engraçado quando eu te castigar feio, e não fique imaginando que é só porque é maior de idade e não mora mais embaixo do meu teto que eu não posso te dar uma lição seu moleque impertinente.

- Cal... calma papi, só foi uma pequena brincadeira. - falei suando frio. - Só para lembrar os velhos tempos.

- Só uma brincadeira? - Luke perguntou puto. - SÓ UMA BRINCADEIRA? - ele ameaçou vir em minha direção, mas foi impedido pelo meu pai.

- Calma Luke, ainda vamos o castigar, mas tenha paciência. - papi falou para o meu cunhado.  

- O... o que vocês vão fazer? - perguntei temeroso.

- Você vai saber, mas por enquanto vamos deixar com o pior castigo de todos, o medo. - ele sorriu macabro pra mim e saiu puxando meu cunhado e sendo seguido pelos outros.

Engoli em seco e me joguei no chão não me aguentando mais em pé. Me fudi.


....


O resto do dia passou como uma lentidão torturante, toda vez que eu olhava para os quatro era como um enorme castigo, eles me olhavam e me davam um sorriso de que estavam se deliciando com a minha tortura e isso era o pior. Não se foi comentado da cena que ocorreu pela manhã, o que foi pior, e piorou mais ainda quando as mulheres saíram juntas, e levaram as crianças, me deixando com os traíras dos meus amigos e quatro pessoas com total sede de sangue.

E vocês podem imaginar como estava meu estado de espirito, não conseguia relaxar sequer um segundo, por que como eu conheço os quatro a muito tempo eu sei que eles estão tramando algo igual ou dez vezes pior comparado ao que fiz com eles, e isso me deixa em um estado de nervos do tamanho do Everest.

Só me senti aliviado quando no fim da tarde as mulheres voltaram, e quando eu olhei para minha linda ruiva perdi a fala, ela estava mais linda do que já era, e isso me deixou totalmente sem fala, ela parecia uma anjo, com o tamanho que estava sua beleza.

- Você está deslumbrante. - sussurrei assim que cheguei perto dela.

- Obrigada. - fui retribuído com um sorriso que tirou meu ar, de tão lindo que era.

- Não precisa agradecer, só disse a verdade. - falei beijando os dedos de sua mão e lhe dando um beijo na testa.

Ficamos sorrindo um para o outro e trocando caricias até sermos chamado por minha madrasta para comermos. O jantar foi tranquilo, cheio de conversas e brincadeira, o que me fez relaxar, pois parecia que o acontecimento de manhã foi totalmente esquecido.

Reles engano, parecia que os sanguinários estavam esperando que eu baixasse a guarda, pois quando eu entrei no meu quarto para tomar banho fui atingido por um balde de tinta preta, depois escorreguei em bolinhas de gude e cai em um montinho de penas que grudaram em meu corpo, e para piorar quando eu olho para porta os quatro estavam rindo de mim com os celulares na mão gravando e tirando fotos, e atrás deles minha namorada olhava tudo aquilo com as mãos na boca chocada, já meus amigos estavam chorando de tanto rir.

- É, aqui se faz aqui se paga. - mamá falou balançando a cabeça em sinal de negação com a cabeça parecendo desapontada.

Olhei para todos ainda atordoado e comecei a rir também.

É realmente eles me pegaram feio.

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora