Emily...
- Tem certeza que é isso que você quer? - Bella perguntou hesitante, procurando algum indicio de hesitação, mas não havia nenhum.
- Tenho sim, eu quero isso, nunca tive tanta certeza do que eu queria na minha vida, do que agora, Carlos é tudo para mim, e eu acho que estou pronta para dar o próximo passo. - falei confiante.
Minha amiga suspirou angustiada, mas balançou a cabeça sorrindo.
- Ok, ok, o que você não pede sorrindo que eu faço chorando. - Bella falou jogando as mãos para o lado rendida, e eu rir.
- A frase não é bem assim. - falei fazendo uma careta.
- Minha vida, minha frase, e não me julgue por isso. - ela falou fingindo raiva.
- Ok, ok, não está mais aqui quem falou. - levantei as mãos em rendição.
rimos, escutando alguém bater na porta do quarto, e Ross passar a cabeça pela mesma.
- Há querida você está aqui, já ia te chamar. - Ross falou abrindo mais um pouco a porta. - Já está na hora de irmos para delegacia, e de lá vamos para faculdade.
- Ok. - falei respirando fundo e me levantei da cama para sair do quarto então virei para Bella. - Combinamos mais tarde tudo direitinho. - e depois virei para o meu amigo. - E você, converso depois, Bella pode te contar tudo quando eu tiver fora.
Após terminar de falar eu fui para o meu quarto pegar minhas coisa, e me dirigir para sala, chegando no hall, encontrei meu lindo latino me esperando sentado no sofá brincando com a chave.
- Vamos. - falei ansiosa.
Ao ouvir minha voz ele se levantou, pegou a mochila e veio em minha direção, beijando minha testa.
- Você está linda. - ele sussurrou pegando minha mão e beijando meus dedos.
- Obrigada, você também. - falei sorrindo tímida.
- Vamos, os seguranças estão esperando. - ele falou me puxando para o elevador.
- Não vamos esperar o resto? - perguntei o seguindo para dentro na caixa de metal.
- Não só nos dois que vamos para delegacia, os outros achara melhor irem logo pra faculdade, que ai não eles não atrapalham. - Carlos falou segurando minha cintura.
- Ok. - falei olhando para as portas, que assim que chegamos ao subsolo, abriram mostrando a garagem.
Assim que entramos na garagem, o Carlos me puxou para direção oposta a dos carros, o que eu estranhei.
- Os carros são pra lá. - falei apontando a direção oposta.
- Eu sei, mas nós não vamos de carro. - meu namorado falou sem me olhar.
- Então vamos de que? - perguntei.
- Nós vamos de moto. - ele falou sorrindo para mim.
O olhei confusa, e o seguir, e ao chegamos a uma parte da garagem onde se guardava os capacetes, ele pegou dois, me entregando um, o que eu peguei confusa, e depois me guiou até uma moto, não sei identificar o modelo, mas posso dizer uma coisa, ela é ENORME, olhei assustada para o meu namorado, que sorriu para mim.
- Vamos nesse monstro? - perguntei surpresa.
- Ela não é um monstro. - ele falou ofendido.
- Há, não, só é enorme e perigosa, eu não subo ai. - falei temerosa.
- Há gata, não exagera, eu prometo ser cuidadoso. - ele falou chegando perto de mim, pegando o capacete da minha mão e colocando na minha cabeça.
- Promete? - perguntei temerosa.
- Prometo. - ele falou sorrindo para mim.
- Ok. - concordei hesitante.
Ele subiu na moto me dando a mão para subir na garupa, e assim que subi, me agarrei a ele fortemente, e fechei os olhos, o que o fez rir da minha atitude, então ele deu partida e saiu devagar da garagem. Conforme andávamos, ele ia acelerando mais, e eu ia relaxando, com o vento passando pelos meus cabelos, então resolvi abrir os olhos e apreciei a vista.
Eu via, os carros passando devagar, ou nós que estávamos indo rápido, não sei, mas sei que me senti em paz, e segura nos braços do meu amado.
Chegamos a delegacia, e descemos da moto, quando eu olhei para o prédio, as lembranças daquela noite que eu o denunciei, automaticamente me bateu uma angustia, e comecei a tremer, mas tudo isso foi para os ares quando senti o Carlos me abraçar de lado, foi quando eu lembrei que diferente daquela época, eu não estava sozinha.
- Está tudo bem, eu estou com você. - ele falou no meu ouvido.
- Eu sei, por isso eu me sinto mais segura. - falei sorrindo.
Ele pegou minha mão, entrelaçando meus dedos, então nos entramos no prédio, onde ele falou com um policial, que nos guiou ao delegado, e a dois detetives, que nos recebeu muito bem, e então nos sentamos em frente da sua mesa, para ele colher meu depoimento.
- Pois bem, primeiro irei me apresentar. - o delegado falou calmo. - Sou o delegado Cox, esses dois que estão atrás de vocês são os detetives Price e Parry, eles que ficaram com o seu caso, e como conversamos com o seu namorado e seus amigos, sobre o seu ex padrasto, então deu para adiantar bem a investigação, mas precisamos do seu relato, saber de toda a historia.
Fiquei apreensiva, por ter que contar toda a historia de novo, mas eu entendia que precisava fazer isso, para que aquele monstro fosse preso, então eu apertei a mão do meu namorado, pedindo apoio, e o mesmo fez carinho por cima da minha palma, para me dar apoio, então comecei a relatar tudo, desde quando Jhon começou a se relacionar com a minha mãe, até quando ele me tocou pela primeira vez e que isso se arrastou durante cinco anos, até minha mãe descobrir e ele a matar, e depois disso, a denuncia, como foi o julgamento, e também quando eu vi ele no bar, o inicio das mensagens e o presente que ele enviou ontem, e o significado dele.
O delegado Cox e os detetives escutaram tudo atentamente, e fizeram mais algumas perguntas, e mesmo temerosa, e envergonhada eu respondi tudo com cautela, e após isso tudo o delegado falou.
- Certo por hoje é só, nós já pedimos a reabertura do seu caso, e os documentos todos, além de que entramos em contato com o presidio que Jhon Williams estava, para sabermos se ele fugiu. - Cox falou calmamente. - Só peço que nos mantenha informado se ele entrar em contato com você, ou qualquer outra coisa.
- Pode deixar, só quero que ele volte pra cadeia. - falei firme.
- Ok, então até outro dia. - Cox falou estendendo a mão e cumprimentando meu namorado.
- Até. - Carlos falou, e saímos da sala.
Quando saímos do prédio, eu soltei a respiração que nem sabia que tinha prendido, encostei na parede do prédio e fechei os olhos, logo senti as mãos delicadas do meu namorado passando em meus cabelos e rosto.
- Você está bem? - ele perguntou preocupado.
- Estou, só estou cansada, tem muita coisa passando em minha cabeça agora. - falei ainda de olhos fechados.
Ele ficou um tempo calado, e então abri os olhos para confirmar se ele ainda estava lá, e ele se encontrava calado, e pensativo, então ele pega minha mão e me puxa para a moto, colocando o capacete na minha cabeça novamente.
- O que está fazendo? - perguntei confusa.
- Hoje, iremos matar aula, quero te levar para um lugar. - ele falou sorrindo, e subiu na moto, me ajudando a subir na garupa.
Então meu latino gato deu partida, e rumamos para onde quer que fosse.
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Sombras do Passado
Romance11 anos se passaram desde que o Carlos conheceu a banda, e sua família cresceu. Com seu amor acido e um sorriso no rosto, ele consegue esconder uma grande ferida em seus peito, que está cicatrizada há muito tempo, mas que foi aberta e aumentada por...