Capítulo 27

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Emily...

Acordei sentindo um peso em cima de mim, e quando fui ver, percebi que era o braço do meu namorado que estava em volta de mim, me virei e vi sua figura dormindo, ele estava tão sereno e calmo.

Ontem ao ouvi suas palavras, eu morri de medo do que ele poderia fazer com Jhon, não quero de jeito nenhum que ele faça alguma besteira e acabe sendo prejudicado por minha causa, ou que aquele monstro faça alguma coisa com ele, só de pensar Carlos machucado...

Não, não vou pensar nisso. vou me concentrar no aqui e agora, na pessoa que está fazendo de tudo para me manter segura, e feliz, isso vou pensar de que já está na hora de me entregar de corpo e alma, para ele, confiar que ele não me fará mal, que com ele eu sempre estarei segura e amada.

Com esse pensamento em mente, eu sorri, e comecei a fazer carinho em seu rosto, logo ele começou a se mexer e abrir os olhos, quando ele me olhou eu sorri, e fui recebida com um sorriso também.

- Bom dia! - falei ainda fazendo carinho em eu rosto.

- Bom dia! - ele falou apertando ainda mais o abraço. - E tão bom acordar e você ser a primeira pessoa que eu vejo. - ele sussurrou e eu sorri mais ainda.

- E bom também que você seja a primeira pessoa que eu vejo. - falei sorrindo.

Mas logo escutamos um miado baixinho e a coberta começou a se movimentar, e de dentro dela surgiu uma pequena bolinha de pelos preta com olhinhos verdes, logo eu ri da careta que o Carlos fez ao ver o pequeno Banguela.

- Esqueci que você tinha dormido aqui. - meu namorado falou fazendo carinho na cabeça do gato.

- Oi meu amor, você dormiu aqui a noite toda? - perguntei pegando o gato no colo e colocando em meu peito.

O pequeno miou e colocou a patinha em minha boca, como se pedisse comida.

- Ta com fome bebê. - falei passando meu nariz em seu rostinho, recebendo um miadinho em troca. - Won, você é muito fofo.

- Hunf, esse gato vai ficar insuportável, escreve o que eu digo. - Carlos bufou vendo a cena.

- Há deixa de se chato, Banguela é nosso bebezinho. - falei dando um selinho no meu namorado, que frisou os olhos para mim e depois se jogou na cama.

Banguela saiu do meu colo e subiu no peito dele e virou a cabecinha de um jeito muito fofo, então não me contive e peguei meu celular para tirar uma foto.

- Ta olhando o que, gato de Salem? - Carlos perguntou olhando para o pequeno, e quando viu que eu tirei uma foto me olhou com as sobrancelhas juntas. - Porque tirou foto?

- Por que é meu novo papel de parede do celular. - falei sorrindo.

Ele gargalhou, me fazendo rir também, e depois me olhou culpado, e fez carinho em meus cabelos.

- Desculpa. - ele sussurrou. - Não queria te assustar.

- Tudo bem, mas tive medo, na verdade eu tenho medo de que você faça alguma besteira por minha causa. - falei olhando para o Banguela, para evitar o seu olhar.

- Amor, olha para mim, por favor. - ele pediu suplicante. - Eu nunca quis te assustar, só que eu fiquei apavorado, de que aquele monstro te tirasse de mim, por que eu não consigo mais viver sem você, e se... se te acontecesse alguma coisa, eu... acho que surtaria. - ele falou angustiado.

- Eu também não consigo mais viver sem você. - falei com a voz embargada de alegria.

- Me perdoa, por favor. - ele falou colocando a mão em meu rosto e tocando seu nariz no meu.

- Não tem o que eu perdoar. - falei acabando com a nossa distancia.

Quando o beijo estava prestes a se aprofundar, a porta foi escancarada pelo Oliver que chegou gritando.

- Ora do neném comer. - Oliver falou entrando no quarto, e quando viu a situação que estávamos, colocou a mão na cintura e nos olhou com cara feia. - Vamos parar de putaria na frente de crianças, não está vendo que tem um menor no meio de vocês?

Meu namorado juntou as sobrancelhas confuso e olhou para o nosso amigo ainda zangado.

- Que criança, que eu não estou vendo? - Carlos falou e eu dei uma risadinha.

- Ora Carlitos, eu estou no Planguela. - o moreno falou vindo ate a gente pegando o gatinho da cama.

- Plan... oque? - perguntei confusa.

- Ora minha linda nórdica, Planguela, mistura de Plagg com Banguela. - ele falou mexendo com as patinhas do gatinho que miou em protesto.

- Há, mais essa. - Carlos falou se jogando na cama frustrado.

- Não vou deixar você chamar meu gato de Planguela. - falei com as sobrancelhas juntas.

- Não tem querer, agora me de licença, que já que os pais não o alimenta, o tio Oliver vai alimentar, passar bem. - Oliver saiu do quarto carregando meu gato, e eu olhei para o meu namorado que estava rindo da situação.

- Ele roubou meu gato mesmo? - perguntei confusa.

- Roubo sim. - Carlos falou rindo.

- Eu mereço. - falei balançando a cabeça negativamente.

- Então vamos comer? - ele perguntou me olhando.

- Vamos. - Sorri e nos levantamos para ir para cozinha.

Chegamos na cozinha, e vimos que estava uma guerra para ver quem alimentava o pequeno gato preto, que só olhava a cena entediado, então o Carlos foi até o pote de ração, o pegou colocando uma porção pequena, entregando para o pequeno que atacou esfomeado. Quando todos viram que o gatinho estava comendo, olharam para o meu namorado e começaram a murmurar em reprovação.

Comemos nosso café em meio de muita conversa e descontração, mas eu percebi que todos estavam tensos pelo que estava acontecendo, e tentavam me distrair da melhor forma possível, e isso me fez muito feliz.

Logo depois do café os seguranças que o Carlos tinha contratado chegaram, e enquanto eu fui me arrumar, para podermos ir para faculdade, o meu namorado ficou na sala lhes dando instruções de como eles deveria proceder. Assim que eu terminei de me arrumar, fui no quarto da única pessoa que poderia me ajudar no momento.

- Entra. - Bella falou assim que bati na porta do quarto que ela dividia com Mike.

- Oi. - falei sorrindo, assim que abri a porta.

- Oi Emys, entra. - minha amiga falou se sentando na cama. - O que posso te ajudar?

- Bom, eu queria ajuda em uma coisa. - falei tímida.

- Em que? - ela perguntou curiosa.

- Como você sabe, eu e o Carlos, bem nós nunca transamos. - falei ficando vermelha.

- Sim, eu sei, e sei também que ele te respeita muito, ao ponto de não te força a isso. - ela falou compreensiva.

- Sim, e eu o amo muito por isso, mas eu acho que já está na hora de passarmos para o próximo passo. - falei decidida.

- Você está querendo dizer, o que eu acho que é? - Bella perguntou confusa.

- Sim, estou querendo dizer que quero transar com Carlos Molina, e preciso da sua ajuda para que torne isso especial. - falei olhando para os olhos da minha amiga.

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora