Capítulo 34

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Emily...

Esse dia não pode ficar pior, agora além de que o amor da minha vida ter piorado, agora está estampado para todas a mídias sociais a identidade dele, e a quem ele era ligado, sua vida privada estava estampado para quem quisesse ver.

- Como isso foi acontecer? - Alex perguntou zangado.

- Tenho até uma ideia de quem foi que vazou essa pequena informação. - Bella falou irônica.

- Dios mio, a única coisa que eu quero é paz, é pedir muito? - Julie falou desesperada.

- Vamos ter calma, precisamos resolver uma coisa de casa vez, primeiro, irei ver o que aconteceu com o Carlos, enquanto isso acho melhor alguém falar com a imprensa. - Willie falou calmo.

- E-eu posso falar com a imprensa. - Luke falou serio.

- Você não está em condições de fazer isso, acho melhor eu fazer. - Alex falou tocando no ombro do amigo.

- Não, eu preciso fazer, é a única coisa que posso fazer. - ele falou e foi para saída, onde os repórteres já se amontoavam.

- Eu vou para sala de cirurgia. - Willie falou indo para sala de cirurgia.

- E-eu não posso perdê-lo, não posso. - falei me desesperando.

- Ele vai ficar bem, Carlos é forte, confie nele. - Ross falou me abraçando de lado.

- E-eu acho melhor vocês irem para casa, e descansar, e-eu posso ficar aqui, e dou noticias. - Ray falou abraçando a esposa.

- Não, eu não vou ficar longe dele. - falei me alterando.

- Querida, você precisa descansar, trocar de roupa, você passou por muitas coisas hoje. - Sara falou vindo em minha direção e pegando minhas mãos. - Eu também estou preocupada com meu menino, só Deus sabe o tamanho da minha dor, mas o que meus anos de vida me mostraram, é que em horas como essa precisamos se fortes está em condições para enfrentar tudo isso.

- Mas eu não quero deixá-lo. - falei chorando.

- Eu sei, eu também não quero, mas a única coisa que se pode ser feita agora é ir para casa, descansar e rezar para que Deus o proteja. - ela falou fazendo carinho em meu rosto.

- E-eu tenho medo de perdê-lo. - sussurrei para ela.

- Não vai, nenhum de nos iremos perdê-lo. - ela falou sorrindo terna. - Vamos?

Sara levantou e esticou a mão para mim, hesitantemente peguei sua mão e fomos para saída do prédio, sendo acompanhado pelas crianças, Flynn, Julie, Bella e Ross, os outros ficaram ajeitando algumas pendencias, Mike, Alex e Reggie foram para delegacia resolver o resto da papelada, enquanto isso Ray e Oliver ficaram para ter algumas noticias e ajudar o Luke com os repórteres.

Ao sair pelas portas do hospital fomos atingindo por flashs, e ficamos rodeados por vários repórteres fazendo inúmeras perguntas, tentei me desvencilhar, mas a cada passo eles ficavam mais e mais insistentes, eu estava quase surtando, quando senti uma mão em meu ombro, olhei para ver quem era, e vi Luke me protegendo e me guiando para o carro que eles alugaram.

Luke me ajudou entrar no carro e fechou a porta assim que entrei, assim que todos entraram nos carros, seguimos para o apartamento do Carlos. Quando o elevador que dava acesso ao apartamento abriu, as lembranças vieram como raio, todo o acontecimento desta tarde atingiu minha mente como um raio, ver a poça de sangue seco do Carlos no chão e o apartamento todo em volta de fitas.

- Dios mio. - Julie falou surpresa ao ver o estado do local.

- F-foi horrível, ver ele sangrando em meus braços. - falei lembrando de tudo como se tivesse acontecendo no momento.

- Há querida não consigo nem imaginar pelo que você passou, mas agora vai ficar tudo bem, ele vai ficar bem. - Sara falou a ultima parta mais para convencer ela mesma do que me convencer.

- Ele é forte, né? - perguntei olhando para a poça de sangue.

- Sim querida, ele é. - Julie falou sorrindo entre lagrimas.

- Mamãe o que aconteceu aqui? - Clara perguntou para Flynn olhando a bagunça.

- Uma coisa muito ruim querida, mas agora vai ficar tudo bem. - Flynn respondeu para a filha.

- Jake, meu amor, porque não leva sua irmã e seus primos para o quarto de vocês? Tenho certeza que Lucy vai adorar ver os brinquedos que tem aqui. - Julie falou para o mais velho, que olhou para a mãe e pegou a mão da irmã e dos primos indo em direção ao quarto que um dia o Carlos me apresentou como sendo o que as crianças ficavam quando vinha a Boston.

- Acho melhor limparmos isso aqui. - Sara falou assim que as crianças saíram.

- Com todo o prazer, por que esse cheiro de sangue está me fazendo mal. - Flynn falou tapando o nariz.

- Por que vocês não descansam e eu e Ross cuidamos desta bagunça. - Bella falou e meu amigo concordou.

- Não sei... - Sara falou indecisa.

- Pode deixar com a gente, damos conta. - Ross falou serio.

Olhamos para os meus amigos e suspiramos derrotados, seguimos para os quartos onde poderíamos nos trocar e descansar, e assim que pisei no quarto, o cheiro dele me atingiu em cheio, como uma flecha atingindo seu alvo, e as lagrimas que eu achei que tinha acabado vieram com todas as forças.

Depois do que pareceu uma eternidade, eu me levantei do chão e fui tomar um banho, tirei minha roupa e entrei no chuveiro, assim que a água caiu em meu corpo pude ver o sangue do Carlos escorrendo em meus pés. Após o banho eu me vesti e deitei na cama abraçando o travesseiro que ele dormia, e aos poucos o sono me pegou.

.........

Acordei em um sobressalto, as lembranças do que aconteceu com o Carlos não saia da minha cabeça. Levantei da cama e sai do quarto, em passos apressados, precisava ir para o Hospital, precisava ter noticias dele, então assim que cheguei na sala e encontrei todo mundo falei seria.

- Preciso voltar para o Hospital.

- Querida você precisa comer. - Sara falou se levantando e vindo em minha direção.

- Não preciso comer, preciso ver o Carlos. - falei seria.

- Queri... - Ela começou a falar mas foi interrompida pelo seu celular.

Depois que a ligação foi finalizada ela olhou para mim, depois para as meninas, e não foi preciso palavras para entender que precisávamos voltar para o hospital, Julie pediu para que Ross e Bella cuidasse das crianças e fomos. Assim que chegamos a recepção do hospital, encontramos Willie conversando com o resto do pessoal, e pelo jeito a conversa era seria.

- O que aconteceu? Como está meu filho? - Sara falou preocupada.

- Ele vai ficar bem, a cirurgia foi um sucesso, mas como perdeu muito sangue ele precisará de uma transfusão. - Willie explicou.

- Eu não posso doar, por que tive hepatite. - Ray falou triste.

- E depois do acidente eu fiquei impossibilitada de doar. - Julie falou desesperada.

- Ainda tomamos remédio controlado, então também estamos fora. - Reggie falou derrotado.

- Qual é o tipo sanguíneo dele? - perguntei para o Willie.

- O positivo. - ele respondeu.

- Eu sou O positivo, e posso doar. - falei confiante.  

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora