Emily...
Acordo com o sol batendo no meu rosto pela fresta da janela, abri meus olhos devagar e olhei o cômodo que eu estava, estranhei por não ser meu quarto no dormitório, então as lembranças voltaram com força na minha mente e automaticamente enfiei minha cara no travesseiro e grito de vergonham, e então um cheiro amadeirado invade meu nariz, o cheiro do Carlos, arregalo os olhos surpresa, me levanto e examino o quarto, não acredito que eu dormi no quarto dele, como isso é possível?
Me levanto da cama e foi no banheiro, quando me olho no espelho levo um susto, meu cabelo está pior que um ninho de rato, todo bagunçado, meus olhos parecem olhos de panda, pela maquiagem borrada, minha roupa está toda amarrotada, por ter dormido com ela.
- Arg, não posso deixar ele me ver assim. - me toco na hora o que eu disse. - Como assim Emily? Você não está afim do Carlos. - falo pra mim mesma no espelho. - Ta que ele é fofo, carinhoso, atencioso, gato, muito, muito gato, além de ter aquele ar de mistério, mas você não pode está afim dele. - Me olhei no espelho e fiz uma careta. - Ou será que posso?
Balancei a cabeça negativamente tentando tira esse pensamento, então lavei meu rosto para tirar os resquícios de maquiagem, depois prendi meu cabelo em um coque frouxo o que acabou ficando estiloso, tentei desamassar minha roupa, então peguei a pasta de dente que tinha em cima do balcão, passei no meu dedo e tentei pelo menos tirar o mau hálito matinal, e quando eu vi que estava ao menos apresentável, sai para procurar os outros, se eles ainda estivessem aqui, e eu espero que ainda estejam.
Quando estava próxima a cozinha eu senti um cheiro maravilhoso, então o seguir e quando eu passei pelo batente da porta, eu vi que todos estavam lá, sentados na mesa, e Carlos e Bella estavam preparando o café da manhã.
- Bom dia! - desejei tímida.
- Bom dia! - falaram juntos.
- Senta, as panquecas já estão prontas. - Carlos falou levando dois pratos de panquecas e Bella o seguiu com uma bacia de salada de frutas. - Dormiu bem? - ele se virou para mim assim que sentei na mesa ao lado do Mike timidamente.
- Sim, obrigada. - respondi ficando vermelha com a sua aproximação.
- Que bom. - ele sorriu de lado, me tirando o folego um instante.
- Então Carlos, o que você costuma fazer no final de semana? - Alice chamou sua atenção tentando ser meiga.
- Coisas. - ele falou cético para minha amiga.
- Então que tal nós dois sairmos para um encontro? - ela o chamou ignorando sua grosseria.
- No dia que nevar no deserto do Saara ai saímos. - Carlos falou pegando o melado e jogando em cima da sua panqueca.
- Hmm, não seja tão arisco gatão, vamos, eu não mordo, só se você pedi. - ela tentou encostar nele, e me subiu uma raiva tremenda, mas quando eu iria falar alguma coisa Bella tomou a frente agarrando seu braço.
- Chega Alice, isso já foi demais, está deixando o cara desconfortável, na própria casa, se toca que ele não quer nada com você.
- Que foi? Está com ciúmes? - a loira falou com desdenhosa.
-Querida ela não falou isso por ciúmes, e sim por bom senso. - Ross respondeu por Bella. - O Cara nos convidou para sua casa, nos deixou usar e abusa da sua biblioteca, nos deu um jantar maravilhoso, agora esse café da manhã divino, ajudou Emily quando ela teve uma crise, e nos permitiu dormi aqui. - então ele se aproximou mais da loira e a fuzilou com o olhar. - Ele não precisava fazer nada disso, mas fez, então tenha bom senso e o respeite, que é o mínimo que você tem que fazer.
A loira engoliu em seco e abaixou a cabeça, então ficou um clima estranho na mesa, até o Oliver limpar a garganta chamando nossa atenção.
- Hrm, Acho que está na hora de irmos, acho que já abusamos demais da hospitalidade, e como diz minha mãe, visita tem prazo de validade.
- É verdade, mas antes vamos ajudar a deixar a casa do jeito que encontramos. - Mike falou se levantando começando a tirar a mesa.
- Não precisa se preocupar gente, a faxineira já deve esta chegando. - Carlos falou tendo impedi a gente.
- Que isso, nos que somos os invasores aqui, deixe que ao menos arrumamos nossa bagunça. - falei pegando na sua mão, e ele abaixou os ombros vencido.
- Ok, ok, tudo bem. - ele falou rendido.
- Ótimo. - sorri e comecei ajudar o pessoal.
Depois de tudo pronto, nos despedimos do Carlos, e voltamos para o dormitório, quando chegamos cada um foi para seu canto, e depois que eu cheguei no quarto que eu divido com as meninas, tomei meu banho e fui fazer o trabalhos que tinha para fazer, depois que terminei, peguei as coisas que tinha que pegar e fui para centro social.
O centro social e um lugar onde fornece aulas para jovens e crianças, lá tem de tudo, dança, lutas, jogos e muitas outras atividades para o publico de baixa renda, quando eu entrei em Harvard, descobri esse centro, foi o que me salvou, é minha valvular de escape, e sempre que preciso pensar eu vou para lá, obvio que todo final de semana dou aula de ballet para crianças, e isso é muito bom.
Depois que eu cheguei no centro e fui para sala onde minhas lindas meninas estavam me esperando, fui recepcionada com muita alegria e amor, por elas, comecei a aula, e quando a turma foi liberada me vi sozinha na sala, olhei tudo em volta, e comecei a pensar em tudo, na minha vida e em tudo o que aconteceu nestes três dias, e como uma só pessoa conseguiu bagunçar minha cabeça, quando eu vi já estava dançando.
Quando a musica acabou eu olhei para porta, e lá estava a rasão de toda minha confusão, perfeito, com um sorriso molha calcinha mais lindo que já vi.
- O que você está fazendo aqui? - perguntei, então ele entrou com as mãos no bolso e disse.
- Quero tenta uma coisa.
- O que? - perguntei confusa.
- Só me segue gata. - ele tirou seu moletom, ficando um uma camisa sem manga branca, que moldava seu lindo peitoral, e colocou uma musica para tocar.
Dançamos em uma sincronia incrível, e assim que terminamos de dançar, Carlos me beijou, e o que eu posso dizer, foi simplesmente incrível.
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Sombras do Passado
Romance11 anos se passaram desde que o Carlos conheceu a banda, e sua família cresceu. Com seu amor acido e um sorriso no rosto, ele consegue esconder uma grande ferida em seus peito, que está cicatrizada há muito tempo, mas que foi aberta e aumentada por...