Capítulo 32

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Anteriormente...

- Você não vai se safar dessa. - ele falou pegando a arma, e apontando para a Emily, que deu um grito assustada. - Se eu não posso ter você, ninguém mais terá.

Foi tudo em câmera lenta, corri para frente da Emily, ao mesmo tempo que o tiro ecoou por todo o apartamento.

- Carlos. - ela falou em um fio de voz, e pude escutar a risada do Jhon e os sons da sirenes em frente ao prédio.

Olhei para minha namorada, e sorri.

- Vai ficar tudo bem.

Não, não ia, pois comecei a cuspir sangue, e tudo ficou preto.

Emily...

NÃO, NÃO, NÃO, não acredito que tudo está se repetindo, que aquele desgraçado atirou de novo em quem eu amo. Ver o Carlos desmaiado no chão, e sangrando, foi como um grande flashback em minha cabeça, era como no dia que minha mãe morreu, mas o sentimento parecia muito mais potente, mais forte, era como se tivessem arrancando uma parte da minha alma.

- Carlos, Carlos, por favor, acorda. - falei desesperada o colocando em meu colo, e o abraçando com toda minha força.

- Há larga ele. - Jhon falou esnobe. - Vamos, temos que ir, antes que a policia chegue.

Ele pegou meu braço tentando me fazer levantar, mas o puxei e o fulminei com o olhar.

- Eu não vou a lugar nenhum com você. - falei abraçando Carlos com mais força, sem me importar se estava sujando minha roupa de sangue.

- Você não sabe o que está falando, vamos AGORA. - ele falou apertando meu braço.

- Não, nunca. - falei tentando sair de seu aperto.

- Garota insolente. - ele me deu um murro no rosto, me fazendo cuspir sangue. - Você vai comigo por bem ou por mal.

Então me deu um puxão, me fazendo levantar e deixar o Carlos no chão, mas foi em vão, eu o chutei na canela e voltei para o meu namorado, sentindo sua respiração fraca e entrecortada.

- Garota insolente, já que não vai comigo, então morrerá junto com o seu namoradinho. - Ele apontou a arma para mim, e destravou o gatilho.

Então quando ele estava prestes a atirar a policia aparece e o prende, foi quando tudo ficou em câmera lenta, os policiais o interceptando, e o prendendo, os paramédicos me tirando de cima do Carlos e o socorrendo, eles me tirando do apartamento, meus amigos me abraçando e fazendo mil perguntas, mas quando o Carlos foi levado para dentro da ambulância um estralo surgiu dentro de mim, e eu corri para ele.

- Não, por favor não o tire de perto de mim. - supliquei para os médicos.

- Senhora por favor, se acalme, precisamos levá-lo para o hospital, ele está em estado grave. - o paramédico disse.

- Então deixe eu ir junto. - implorei para ele.

- Amiga, se acalme, precisamos ter calma. - Ross falou tocando em meu ombro, mas eu tirei na ora, e olhei zangada.

- NÃO, não vou ficar longe do Carlos, ninguém vai me impedir de ficar perto dele. - falei zangada.

- Mas, Emys... - ele tentou argumentar, mas eu já estava me dirigindo para ambulância.

- Deixa ela, é o melhor agora, precisamos avisar a família dele sobre o ocorrido. - Escutei Oliver falando para o meu amigo.

Depois disso as portas se fecharam partimos para o hospital, correndo contra o tempo para salvar o amor da minha vida.


......................


Reggie...

Hoje eu acordei com um aperto no peito, e uma sensação ruim, eu sentia que iria acontecer algo, e que não era nem um pouco bom, e parece que todos da família estavam sentindo a mesma coisa. O clima na casa estava diferente do habitual, em vez da alegria e festança que normalmente tem, o lugar estava com um clima pesado, e até as crianças estavam tristes.

- Estou tentando ligar para o Carlos faz tempo, mas ele não atende. - papi falou me tirando dos meus pensamentos.

- Talvez ele deve está na aula. - Alex o tentou acalmar, mas dava para sentir que nem ele mesmo acreditava na sua fala.

- Isso não é normal dele, mesmo em aula ele responde as mensagens que enviamos, mas nem visualizar ele visualizou. - Julie falou angustiada. - Isso não é do feitio dele.

- Eu não estou com uma sensação boa desde que eu acordei. - mamá falou com a mão no peito.

- Vamos ter fé, ele pode nos ligar depois. - Flynn falou passando a mão na barriga.

- Não sei, vou ligar para ele de novo. - falei pegando meu celular, mas então ele começa a tocar, e eu vejo o nome do Olive, um dos amigos do Carlos, na tela. 

Ligação on...

- Alô? - falei sentindo a sensação ruim no peito aumentar.

- Reggie, é o Oliver. - o rapaz fala angustiado no outro lado da linha

- Oi Oliver, no que eu posso ajudar? - perguntei preocupado.

- Desculpa ligar deste jeito, mas é que... o Carlos. - ele falou afoito.

- O que tem o Carlo? - perguntei me sentando no sofá, e vi o Alex pedindo para colocar no viva voz, e eu fiz.

- O... o Carlos, está no hospital, ele, ele levou um tiro do ex padrasto da Emily, e está em estado critico. - quando ele falou isso meu mundo caiu.

Como assim meu menino levou um tiro? Como isso aconteceu?

- V-você s-só pode está brincando, d-diz que isso não passa de uma brincadeira. - falei desesperando, e quando eu olhei para minha família, todos estavam com um olhar apavorado, sem acreditar que isso estava acontecendo.

- Sinto muito, mas eu nunca brincaria com uma coisa dessas. - Oliver falou suspirando.

- C-como aconteceu? P-porque o ex padrasto da Emily atiraria no Carlos? - Luke perguntou tremendo.

- A historia é longa, a-acho melhor contar tudo pessoalmente. - ele falou nervoso.

- Estamos indo para Boston agora. - papi falou serio.

- Ok, aguardaremos vocês. - ele falou e desligou.

Nos levantamos em uma velocidade impressionante, e fomos arrumar nossas coisas para irmos a Boston, iremos esclarecer essa historia tintim por tintim.



Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora