Capítulo 12

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Carlos...

- Não acredito que esta me levando para fazer compras. - ela parou no sinal e olhei para cacheada que me olhou indignada.

- Eu não posso querer passar um tempo a só com meu irmãozinho? - Julie perguntou se fazendo de ofendida.

- Você brigou com o Luke, não brigou? - olhei entediado para ela, que fez um bico e cruzou os braços em cima da barrigona de oito meses.

- Ele não me entende. - ela limpou uma lagrima, e eu revirei os olhos cansado.

- Porque brigaram desta vez? - perguntei me arrependo na mesma hora de ter feito essa pergunta.

- Eu estou gorda, feia, e ele vai me deixar por uma mulher magra e mais bonita do que eu. - ela fala fungado. - Ele acha que eu não vejo todas essa mulheres darem em cima dele, e eu sei que uma hora ele vai se cansar de mim e me deixar. - Ela começou a chorar e eu olhei para ela.

- Hermana, olha para mim. - falei serio e ela me olhou fungando. - Isso é só coisa da sua cabeça, aquele carrapato é louco por você, e eu acho mais fácil, você deixá-lo do que ele te deixar.

- Você acha? - ela perguntou fungando.

- Não acho, tenho certeza. - sorri para ela, e ela me retribuiu com um sorriso feliz, então ela virou para frente e viu sinal ficou verde, e deu partida.

Foi então que senti um baque, e vi tudo virar, uma, duas, três, e quatro vezes, quando o carro parou de cabeça para baixo, olhei para o lado, e vi Julie ao meu lado sangrando desacordada.

- Julie? - a chamei.

- Julie, acorda. - pedi desesperado.

- Hermana, por favor, não me deixe, por favor, acorda. - a balancei apavorado.

- JULIEE...

.........

- JULIE.

Acordei assustado e me sentei na cama, passando a mão no rosto, esse maldito sonho de novo, sonho não, lembrança, ela me persegue desde o dia o acidente. Sai dos meus pensamento com uma mão passando em meu ombro e um beijo no meu ombro.

- Desculpa, não queria te acordar. - falei sem olhar para ela.

- Tudo bem, teve um pesadelo? - Emily perguntou passando a mão no meu cabelo que estava melado de suor.

- Foi mais uma lembrança ruim. - falei me deitando e ela deitou em meu peito.

- Me conta, talvez isso possa te ajudar. - ela falou ainda fazendo carinho em meus cabelos.

Olhei para cima e suspirei cansado.

- A sete anos, eu e minha irmã tínhamos saído para dar uma volta, pois a mesma tinha brigado pelo que parecia ser a vigésima vez com o meu cunhado, pois ela estava gravida e sensível. - suspirei tentando segurar as lagrimas. - Então paramos num sinal, e conversamos um pouco, depois que consegui acalmá-la, o sinal ficou verde, e ela deu partida no carro, foi nesta hora que um motorista bêbado ultrapassou o sinal e bateu na gente, fazendo nosso carro capotar. - Eu já não conseguia mais conter as lagrimas. - Fomos para o hospital, eu quebrei algumas costelas, e fraturei o fêmur, já hermana teve que fazer um parto prematuro de urgência, e teve que retirar o útero, porque um estilhaço perfurou, causando hemorragia.

- Carlos... - Emily começou a falar, mas não conseguiu terminar, só limpou minhas lagrimas, beijando meu rosto.

- Esse dia, foi horrível, eu acordei pendurado de cabeça pra baixo, preso no cinto, e ela desacordada e sangrando, eu achei que a tinha perdido. - coloque as mãos no meu rosto chateado.

- Ei, ei, ei, calma, vocês estão bem, o nenê está bem. - ela falou me abraçando.

- Você não pode nem imaginar, como foi doloroso, ver a reação da minha irmã ao saber que depois disto, ela não poderia mais ter filhos. - falei com a voz embargada de choro.

- Não, não sei, mas eu posso imaginar sua dor, nenhuma mulher merecer ser privada de ser mãe. - ela falou beijando meus cabelos.

Ficamos em silencio até eu me acalmar, então me virei para ela, e a beijei, automaticamente fui retribuído, nossas línguas dançavam em uma sincronia eletrizante, me fazendo viciar em seu beijo. A Puxei para o meu colo, encaixando-a mim, e beijei seu pescoço, fazendo uma trilha de beijos até seu colo, e subindo até seu maxilar, apertei sua cintura, a apertando mais contra mim, nos fazendo gemer quando nossas intimidades se chocaram, mas quando minha mão passou por dentro de sua blusa ela se assustou e me afastou.

- O... o que foi? - perguntei preocupado.

- Des... Desculpa. - ela falou encolhida, e eu a abracei.

- Ei... tudo bem, eu que tenho que me desculpar, não deveria ter avançado o sinal. - falei beijando seu cabelo.

- Não, eu que sou quebrada, aquele crápula me quebrou. - ela falou chorando.

- Olha para mim. - a afastei e segurei seu rosto olhando no fundo de seus olhos. - Você não está quebrada está bem, não repita isso de novo.

- Como eu não estou quebrada? Se eu não posso ficar muito tempo perto de homens, e não posso fazer sexo com cara que eu gosto. - ela falou chorando.

- Você só está traumatizada, só isso, e quanto ao sexo, você só precisa pegar mais confiança, vamos trabalhar nisso aos poucos, não precisamos ter pressa. - falei sorrindo para ela.

- Você vai se cansar de mim, e vai embora. - ela falou triste.

- Só se eu fosse um louco, para te largar. - falei a fazendo rir, mas então depois ela fez uma careta.

- Mas e a Alice? - perguntou me fazendo revirar os olhos.

- Serio que vamos falar daquela copia mal feita de Carrie Wilson? - falei me jogando entre os travesseiros com ela ainda sentada no meu colo rindo.

- Quem é Carrie Wilson? - ela perguntou entre risos.

- Carrie Wilson, uma das melhores amigas da minha irmã, mas depois virou uma vaca, e começou a infernizar a vida dela, e transou com o ex namorado da minha hermana. - ela arregalou os olhos quando eu falei a ultima frase.

- Ela fez oque? - Emily perguntou com as mãos em meu peito, e rebolou inconscientemente, me fazendo gemer.

- Ruiva, pode para por favor. - falei entre dentes e segurei sua cintura parando seu movimento.

Ela olhou para meu rosto e depois olhou para onde estava sentada, e seu rosto enrubesceu ficando quase da cor de seus cabelos, e então ela desceu do meu colo e sentou ao meu lado ainda vermelha.

- Desculpa. - falou sorrindo envergonhada.

- Tudo bem. - falei enfim respirando. - Então está afim de comer alguma coisa?

- Agora? - ela perguntou confusa.

- Sim, já... - virei para o relógio no criado mudo para ver as horas. - ... São quase 8 da manhã, então acho que já está na hora de comer. - Falei olhando para ela e sorrindo.

- Então, ta bom. - ela falou pulando da cama e eu pude ver sua bunda rebolando em direção do banheiro.

Afundei minha cabeça nos travesseiro frustrado e resmunguei, essa garota ainda vai me matar de bolas roxas. Minha lamentação acaba quando escuto múrmuros, pelo que parecia ser uma discussão, vindos da sala.

- Mas que merda. - Resmunguei e levantei da cama para ver o que é.

Quando eu cheguei pude ver uma loira muito puta brigando com a Bella, Mike estava segurando a namorada, enquanto Oliver e Ross tentava acalmar a loira.

- Mas que merda é essa na minha casa a essa hora da manhã. - falei puto olhando para a Alice.

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora